por Alan C. Miner
Tradutor: Elson C. Ferreira – Curitiba/Brasil – 2007
“E [o povo de
Néfi] estavam espalhados sobre grande parte da face da terra, assim como os
lamanitas”. (Jarom 1:6).
Jarom fez o
comentário de que não apenas os nefitas, mas também os lamanitas “estavam
espalhados sobre grande parte da face da terra”.
É possível que
no tempo de Jarom a população lamanita havia se espalhado muito mais que a
população nefita, possivelmente até ao ponto de haver uma população mestiça em
algumas partes da terra.
20 “E
testifico que o povo de Néfi procurou diligentemente reconduzir os lamanitas à
verdadeira fé em Deus. Nossos aesforços, porém, foram
vãos; seu ódio era implacável e eles eram guiados por sua natureza iníqua, de
modo que se tornaram selvagens e ferozes e um bpovo sanguinário, cheio de cidolatria e imundície, alimentando-se de animais
predadores, habitando em tendas e vagando pelo deserto, com uma curta faixa de
pele ao redor dos lombos e a cabeça rapada; sua habilidade consistia no manejo
do darco e da cimitarra e do machado. E muitos deles
não comiam senão carne crua; e procuravam continuamente destruir-nos.” (Ênos 1:20)
De acordo com Garth
Norman, os nefitas haviam fortificado muitas de suas cidades por causa dos
lamanitas hostis que eram mais numerosos que os nefitas, e também se espalharam
muito sobre a face da terra. Neste cenário alguém pode considerar como o centro
templário da cidade de Izapa, bem como numerosos outros ao longo dos altiplanos
[da Guatemala], pode ter sido construído e controlado pelos nefitas, enquanto
grandes áreas vizinhas no deserto podem ter sido de domínio dos lamanitas.
Após o êxodo de
Mosias da terra de Néfi para a terra de Zarahenla, quando “os mais indolentes
dos lamanitas” viviam no deserto e habitavam em tendas (Alma 22:28), pode-se
visualizar como alguns destes centros templários podem ter se tornado as sinagogas
dos lamanitas sob o controle e influência dos nefitas apóstatas. (Garth Norman, Archaeological Digest, Fall 1991, p. 16)
Aarão ensina os amalequitas a
respeito de Cristo e sua expiação—Aarão e seus irmãos são aprisionados em
Midôni—Após sua libertação, eles ensinam nas sinagogas e fazem muitos
conversos—Lamôni concede liberdade religiosa ao povo, na terra de Ismael.
Aproximadamente 90–77 a.C.
1 Ora, quando
Amon e seus irmãos se asepararam nas fronteiras da terra dos lamanitas,
eis que Aarão seguiu viagem para a terra que os lamanitas denominavam
Jerusalém, em memória da terra natal de seus pais; e ficava distante e
confinava com as fronteiras de Mórmon.
2 Ora, os lamanitas e os amalequitas e o
povo de aAmulon haviam construído uma grande cidade,
que se chamava Jerusalém.
3 Ora, os lamanitas já eram, por si mesmos,
bastante obstinados; porém os amalequitas e os amulonitas eram-no ainda mais;
conseguiram, portanto, fazer com que os lamanitas endurecessem o coração, com
que aumentassem suas iniqüidades e abominações.
4 E aconteceu que Aarão foi à cidade de
Jerusalém e começou primeiro a pregar aos amalequitas. E começou a pregar-lhes
em suas sinagogas, porque haviam construído sinagogas segundo a aordem dos neores; porque muitos dos
amalequitas e amulonitas pertenciam à ordem dos neores.
5 Assim, quando Aarão entrou em uma das
suas sinagogas para pregar ao povo e enquanto lhes falava, eis que se levantou
um amalequita e começou a discutir com ele, dizendo: O que é que testificaste?
Viste tu um aanjo? Por que é que os
anjos não nos aparecem? Eis que este povo não é tão bom quanto teu povo?
6 Tu também dizes que, a menos que nos
arrependamos, pereceremos. Como conheces o pensamento e o intento de nosso
coração? Como sabes que temos motivos para nos arrependermos? Como sabes que
não somos um povo justo? Eis que construímos santuários e reunimo-nos para
adorar a Deus. Nós cremos que Deus salvará todos os homens.
7 E aí Aarão lhe disse: Crês tu que o Filho
de Deus virá redimir a humanidade de seus pecados?
8 E o homem respondeu-lhe: Não acreditamos
que saibas de tais coisas. Não acreditamos nessas tradições tolas. Não
acreditamos que saibas de acoisas futuras nem tampouco cremos que teus
pais ou nossos pais tivessem conhecimento das coisas de que falaram, daquilo
que está para vir.
9 E Aarão começou a explicar-lhes as
escrituras a respeito da vinda de Cristo, como também sobre a ressurreição dos
mortos; e que anão poderia haver redenção para a
humanidade a não ser pela morte e sofrimentos de Cristo e a bexpiação de seu sangue.
10 E aconteceu que quando começou a
expor-lhes essas coisas, ficaram zangados com ele e começaram a zombar dele; e
não quiseram dar ouvidos às palavras que ele proferia.
11 Portanto, quando ele viu que não dariam
ouvidos a suas palavras, saiu da sinagoga e foi a uma aldeia que se chamava
Ani-Ânti e aí encontrou Mulóqui pregando-lhes a palavra; e também Amá e seus
irmãos. E discutiam com muitos sobre a palavra. (Alma 21:1-11)
Apesar de que é
difícil saber exatamente a que extensão da “face da terra” se estendeu durante
o tempo de Jarom, alguém pode se maravilhar de que terra de Jaron se estendeu
até ao que finalmente se tornou a terra de Zarahenla. Pode-se maravilhar
também como muito dessa terra se tornou familiar aos nefitas antes do êxodo de
Mosias 1. (Alan C. Miner, Notas
Pessoais)
Jarom faz um
comentário chave de que “estes (os lamanitas) eram muitos mais numerosos que os
nefitas” (Jarom 1:6). De acordo com John Sorenson, esta situação, que é
um crescimento desproporcional da população de lamanitas, é contrária ao
registro da história humana e não pode ser aceito.
Tipicamente,
povos caçadores não conseguem suficiente alimento na forma de caça, além de
plantas alimentícias não cultivadas que colhem para alimentar tão grande ou tão
densa população como os agricultores podem. Quase invariavelmente os
assentamentos agrícolas sustentam com sucesso uma população um número de vezes
maior.
Seria incrível
para os lamanitas, vivendo apenas sob o regime econômico registrado por Ênos,
ter sustentado uma população superior, que ele credita aos lamanitas. Como podemos explicar seus números?
Apenas uma
explicação é plausível.
Os lamanitas
deviam ter incluído ou dominado outros povos que viviam do cultivo da terra. Suas
colheitas teriam sido essenciais para sustentar o crescimento no todo da população
“lamanita”.
Tal situação não
é incomum na história; grupos de guerreiros caçadores frequentemente tem chegado
ao controle de populações agrícolas de cuja produção se alimentam via taxação ou
por tributo.
Além de tudo, que
é o que os lamanitas fizeram depois aos zenifitas, fixando uma taxa da metade
da sua produção (veja Mosias 7 e 9). Mas este cenário funciona somente se
um assentamento de população não leíta já tivesse existido nas terras da
promissão quando Leí chegou. (John Sorenson, When Lehi's Party Arrived, Did They Find Others in
the Land?, no Journal of Book of Mormon Studies, F.A.R.M.S., p. 26)
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