Missão

Nossa missão é divulgar artigos de pesquisas científicas a respeito da arqueologia, antropologia, geografia, sociologia, cronologia, história, linguística, genética e outras ciências relacionadas à cultura de “O Livro de Mórmon - Outro Testamento de Jesus Cristo”.

O Livro de Mórmon conta a verdadeira história dos descendentes do povo de Leí, profeta da casa de Manassés que saiu de Jerusalém no ano 600 a.C. (pouco antes do Cativeiro Babilônico) e viajou durante 8 anos pelo deserto da Arábia às margens do Mar Vermelho, até chegar na América (após 2 anos de navegação).

O desembarque provavelmente aconteceu na Mesoamérica (região que inclui o sul do México, a Guatemala, Belize, El Salvador, Honduras, Nicarágua e parte de Costa Rica), mais precisamente na região vizinha à cidade de Izapa, no sul do México.

Esta é a região onde, presumem os estudiosos, tenha sido o local do assentamento da primeira povoação desses colonizadores hebreus.

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29 julho 2018

HISTÓRIA - Expansão da População Nefita e Lamanita


por Alan C. Miner

Tradutor: Elson C. Ferreira – Curitiba/Brasil – 2007



“E [o povo de Néfi] estavam espalhados sobre grande parte da face da terra, assim como os lamanitas”. (Jarom 1:6).

Jarom fez o comentário de que não apenas os nefitas, mas também os lamanitas “estavam espalhados sobre grande parte da face da terra”.

É possível que no tempo de Jarom a população lamanita havia se espalhado muito mais que a população nefita, possivelmente até ao ponto de haver uma população mestiça em algumas partes da terra.

20 “E testifico que o povo de Néfi procurou diligentemente reconduzir os lamanitas à verdadeira fé em Deus. Nossos aesforços, porém, foram vãos; seu ódio era implacável e eles eram guiados por sua natureza iníqua, de modo que se tornaram selvagens e ferozes e um bpovo sanguinário, cheio de cidolatria e imundície, alimentando-se de animais predadores, habitando em tendas e vagando pelo deserto, com uma curta faixa de pele ao redor dos lombos e a cabeça rapada; sua habilidade consistia no manejo do darco e da cimitarra e do machado. E muitos deles não comiam senão carne crua; e procuravam continuamente destruir-nos.” (Ênos 1:20)
De acordo com Garth Norman, os nefitas haviam fortificado muitas de suas cidades por causa dos lamanitas hostis que eram mais numerosos que os nefitas, e também se espalharam muito sobre a face da terra. Neste cenário alguém pode considerar como o centro templário da cidade de Izapa, bem como numerosos outros ao longo dos altiplanos [da Guatemala], pode ter sido construído e controlado pelos nefitas, enquanto grandes áreas vizinhas no deserto podem ter sido de domínio dos lamanitas.
Após o êxodo de Mosias da terra de Néfi para a terra de Zarahenla, quando “os mais indolentes dos lamanitas” viviam no deserto e habitavam em tendas (Alma 22:28), pode-se visualizar como alguns destes centros templários podem ter se tornado as sinagogas dos lamanitas sob o controle e influência dos nefitas apóstatas.  (Garth Norman, Archaeological Digest, Fall 1991, p. 16)

Aarão ensina os amalequitas a respeito de Cristo e sua expiação—Aarão e seus irmãos são aprisionados em Midôni—Após sua libertação, eles ensinam nas sinagogas e fazem muitos conversos—Lamôni concede liberdade religiosa ao povo, na terra de Ismael. Aproximadamente 90–77 a.C.

1 Ora, quando Amon e seus irmãos se asepararam nas fronteiras da terra dos lamanitas, eis que Aarão seguiu viagem para a terra que os lamanitas denominavam Jerusalém, em memória da terra natal de seus pais; e ficava distante e confinava com as fronteiras de Mórmon.

2 Ora, os lamanitas e os amalequitas e o povo de aAmulon haviam construído uma grande cidade, que se chamava Jerusalém.

3 Ora, os lamanitas já eram, por si mesmos, bastante obstinados; porém os amalequitas e os amulonitas eram-no ainda mais; conseguiram, portanto, fazer com que os lamanitas endurecessem o coração, com que aumentassem suas iniqüidades e abominações.

4 E aconteceu que Aarão foi à cidade de Jerusalém e começou primeiro a pregar aos amalequitas. E começou a pregar-lhes em suas sinagogas, porque haviam construído sinagogas segundo a aordem dos neores; porque muitos dos amalequitas e amulonitas pertenciam à ordem dos neores.

5 Assim, quando Aarão entrou em uma das suas sinagogas para pregar ao povo e enquanto lhes falava, eis que se levantou um amalequita e começou a discutir com ele, dizendo: O que é que testificaste? Viste tu um aanjo? Por que é que os anjos não nos aparecem? Eis que este povo não é tão bom quanto teu povo?

6 Tu também dizes que, a menos que nos arrependamos, pereceremos. Como conheces o pensamento e o intento de nosso coração? Como sabes que temos motivos para nos arrependermos? Como sabes que não somos um povo justo? Eis que construímos santuários e reunimo-nos para adorar a Deus. Nós cremos que Deus salvará todos os homens.

7 E aí Aarão lhe disse: Crês tu que o Filho de Deus virá redimir a humanidade de seus pecados?

8 E o homem respondeu-lhe: Não acreditamos que saibas de tais coisas. Não acreditamos nessas tradições tolas. Não acreditamos que saibas de acoisas futuras nem tampouco cremos que teus pais ou nossos pais tivessem conhecimento das coisas de que falaram, daquilo que está para vir.

9 E Aarão começou a explicar-lhes as escrituras a respeito da vinda de Cristo, como também sobre a ressurreição dos mortos; e que anão poderia haver redenção para a humanidade a não ser pela morte e sofrimentos de Cristo e a bexpiação de seu sangue.

10 E aconteceu que quando começou a expor-lhes essas coisas, ficaram zangados com ele e começaram a zombar dele; e não quiseram dar ouvidos às palavras que ele proferia.

11 Portanto, quando ele viu que não dariam ouvidos a suas palavras, saiu da sinagoga e foi a uma aldeia que se chamava Ani-Ânti e aí encontrou Mulóqui pregando-lhes a palavra; e também Amá e seus irmãos. E discutiam com muitos sobre a palavra. (Alma 21:1-11)
Apesar de que é difícil saber exatamente a que extensão da “face da terra” se estendeu durante o tempo de Jarom, alguém pode se maravilhar de que terra de Jaron se estendeu até ao que finalmente se tornou a terra de Zarahenla. Pode-se maravilhar também como muito dessa terra se tornou familiar aos nefitas antes do êxodo de Mosias 1.  (Alan C. Miner, Notas Pessoais)

Jarom faz um comentário chave de que “estes (os lamanitas) eram muitos mais numerosos que os nefitas” (Jarom 1:6).  De acordo com John Sorenson, esta situação, que é um crescimento desproporcional da população de lamanitas, é contrária ao registro da história humana e não pode ser aceito. 

Tipicamente, povos caçadores não conseguem suficiente alimento na forma de caça, além de plantas alimentícias não cultivadas que colhem para alimentar tão grande ou tão densa população como os agricultores podem. Quase invariavelmente os assentamentos agrícolas sustentam com sucesso uma população um número de vezes maior.
Seria incrível para os lamanitas, vivendo apenas sob o regime econômico registrado por Ênos, ter sustentado uma população superior, que ele credita aos lamanitas. Como podemos explicar seus números?

Apenas uma explicação é plausível.

Os lamanitas deviam ter incluído ou dominado outros povos que viviam do cultivo da terra. Suas colheitas teriam sido essenciais para sustentar o crescimento no todo da população “lamanita”.

Tal situação não é incomum na história; grupos de guerreiros caçadores frequentemente tem chegado ao controle de populações agrícolas de cuja produção se alimentam via taxação ou por tributo.

Além de tudo, que é o que os lamanitas fizeram depois aos zenifitas, fixando uma taxa da metade da sua produção (veja Mosias 7 e 9). Mas este cenário funciona somente se um assentamento de população não leíta já tivesse existido nas terras da promissão quando Leí chegou.  (John Sorenson, When Lehi's Party Arrived, Did They Find Others in the Land?, no Journal of Book of Mormon Studies, F.A.R.M.S., p. 26)


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