William J. Hamblin
Provo, Utah - Maxwell Institute - P. N/A
Tradutor: Elson C. Ferreira – Curitiba/Brasil – Maio/2011
Fotografia do que se acredita ser um document de 1830 conhecido como Transcrito de Anthon.
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Este documento é parte de uma série de artigos da Foundation for Ancient Research and Mormon Studies - FARMS que foram escritos com a intenção de dar claras e concisas respostas ao criticismo que tem se levantado contra O Livro de Mórmon.
Como podemos ver nas notas de rodapé, muito é creditado a prévios pesquisadores que têm feito essas críticas. A Fundação deseja agradecer a Matthew Roper por sua ajuda em reunir e resumir grande parte do material para esta série de artigos.
Críticos d'O Livro de Mórmon afirmam que não há uma linguagem conhecida como “egípcio reformado”.
Os críticos que levantam tal objeção parecem estar certos sob a falsa impressão de que o “egípcio reformado” é usado n'O Livro de Mórmon como um nome próprio. Na verdade, nesse contexto a palavra reformado é usada n'O Livro de Mórmon como um adjetivo, significando “alterado, modificado ou mudado”. Isto é deixado claro por Mórmon, que escreveu:
“E agora, eis que escrevemos este registro de acordo com nosso conhecimento, em caracteres denominados por nós egípcio reformado, sendo transmitidos e alterados por nós segundo nossa maneira de falar. Mas o Senhor sabe as coisas que escrevemos e também que nenhum outro povo conhece nossa língua; e porque nenhum outro povo conhece nossa língua, ele preparou, portanto, meios para a sua interpretação.” (Mórmon 9: 32, 34, grifos do tradutor)
O que é o egípcio reformado?
Primeiro devemos enfatizar que Mórmon está descrevendo os caracteres ou o que hoje chamaríamos de sistema de escrita.
A forma ou o formato dos caracteres (ou símbolos) é que foi alterado pelos nefitas. O egípcio reformado nefita é, portanto, uma forma única de escrita derivada do sistema de escrita egípcio, mas então foi modificado e adaptado para ser adequado à linguagem e aos materiais de escrita disponíveis aos nefitas.
É irrelevante o fato de que os linguistas e filósofos não conhecerem uma escrita chamada de egípcio reformado, já que Mórmon disse que a escrita era chamada de egípcio reformado por nós, (ou seja, pelos nefitas) que pode ser o único povo a usar esta frase descritiva. Por exemplo, ambos os termos cuneiformes e hieróglifos são termos não-egípcios para designar a escrita da antiga da Mesopotâmia e do próprio Egito.1
A tradução do alfabeto cuneiforme da Mesopotâmia para o alfabeto atual é uma invenção atribuída aos fenícios.
O povo da Mesopotâmia não chamava sua escrita de cuneiforme, nem os egípcios chamavam seu sistema de escrita de hieróglifos,2 no entanto não deveríamos insistir em que os povos da Mesopotâmia e Egito nunca existiram só porque eles não chamavam seus sistemas de escrita pelos mesmos nomes usados pelos historiadores, filósofos e arqueólogos modernos.
Pergunta: A afirmação de Mórmon de que os nefitas tomaram caracteres egípcios e os modificaram para escrever palavras hebraicas, faz sentido histórico e linguístico?3
É um fenômeno comum que sistemas básicos de escrita passem por mudanças significativas no curso do tempo, especialmente quando eles são escritos com (e sobre) novos materiais.4
Voltando especialmente ao egípcio, há numerosos exemplos de caracteres modificados (ou reformados) sendo usados para escrever linguagens não egípcias, nenhuma das quais eram conhecidas na época de Joseph Smith.
Exemplos de "Egípcio Reformado"
1 - Egípcio Hieroglífico, Hierático e Demótico
A linguagem egípcia foi escrita de três maneiras relacionadas, mas distintas entre si. A mais antiga delas é a escrita Hieroglífica, datando de aproximadamente 3000 a.C. Ela era essencialmente uma escrita monumental, para uso em inscrições na pedra.
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A escrita Hierática é uma forma de hieróglifos usados para escrever em documentos formais sobre papiro com pincel e tinta.
O sistema Hierático (do grego γράμματα ἱερατικά - grámata hiératiká - escrita sacerdotal) é relativo às coisas sagradas ou religiosas.
Na arte, o hieratismo é o estilo que obedece aos parâmetros religiosos do tema, sempre com acentuada majestade e rigidez. Na literatura, diz-se hierática a escrita de difícil compreensão porque é destinada ao leitor iniciado ou à classe sacerdotal.
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Hierático é um sistema de escrita cursiva que foi usado pelas linhagens dos faraós do Egito e da Núbia, que se desenvolveu junto com o sistema hieroglífico, 2.01[1] ao qual é intimamente relacionado. Foi inicialmente escrito com pincel sobre papiro, permitindo aos escribas escreverem rapidamente sem que fosse necessário recorrer aos hieróglifos, que consumiam muito tempo.
No segundo século depois de Cristo o termo hierático foi usado pela primeira vez por Clemente de Alexandria.12[2] Ele deriva da frase grega γράμματα ερατικά (grammata hieratika; literalmente "escrita sacerdotal"), enquanto naquele tempo a escrita hierática era usada somente em textos religiosos, como havia acontecido por vários milhares de anos.
O exemplo mais antigo de escrita hierática usada num documento médico cirúrgico datado é de 1600 a.C.
A Demótica é uma escrita cursiva5, por isso tanto a escrita Hierática quanto a Demótica deve ser considerada uma versão “reformada” ou modificada, originária da escrita Hieroglífica original.
Esses são exemplos de linguagens egípcias escritas em versões “reformadas” da escrita egípcia Hieroglífica. Há também vários exemplos do uso de caracteres egípcios modificados ou “reformados” para escrever linguagens não-egípcias.
2 - Textos Silabários de Byblos
Biblos (βύβλος) é o nome grego da antiga cidade fenícia Gebal (outrora Gubla) localizada junto da costa da atual cidade do Líbano; era conhecida pelos antigos egípcios como Keben e Kepen. Aparentemente, os gregos chamaram-lhe Byblos devido ao fato de ser através de Gebal que o byblos (βύβλος "o papiro egípcio") era importado para a Grécia.
Embora continue a ser referido como Byblos pelos escolásticos, a cidade é agora conhecida pelo nome árabe de Jubayl (جبيل), de raiz cananéia. Esse nome foi a origem da palavra grega "biblion" que significa "livro", da qual derivaram palavras familiares como "bibliografia" e "Bíblia". Em resumo, “biblos” é quase um sinônimo de escrita.
Ironicamente, a cidade de Biblos também foi o local de origem de uma escrita ainda muito pouco compreendida, empregada aproximadamente durante metade do segundo milênio antes de Cristo. Há apenas uns poucos e curtos exemplos dessa escrita, principalmente sobre pedra e metal. Esta escrita contém aproximadamente uma centena de sinais, o que concorda com o número de sinais necessários para formar um silabário, ou seja, a lista (cartilha) de caracteres dispostos de forma metódica e sistemática que representam sílabas, usadas para ensinar a ler por esse sistema. A gravura abaixo é um exemplo da escrita de Biblos:
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A cidade de Biblos situa-se na costa mediterrânica do atual Líbano, a 42 quilômetros de Beirute. É um foco de atração para arqueólogos devido às camadas sucessivas de destroços resultantes de séculos de habitação humana.
Em 1860, o escritor francês Ernest Renan iniciou uma escavação no local, mas não ocorreu qualquer trabalho arqueológico sistemático até 1920. O local foi povoado primeiramente durante o período Neolítico, por volta do ano 5000 a.C.
Segundo o filósofo e historiador Fílon de Alexandria, Biblos era famosa por ser a mais antiga cidade do mundo. Durante o terceiro milênio antes de Cristo puderam observar-se as primeiras características de uma cidade, com os restos de casas edificadas com um tamanho uniforme. Foi este o período em que a civilização Fenícia começou a se desenvolver. Os arqueólogos descobriram artefatos de fabrico egípcio datados da Quarta Dinastia Egípcia. A cidade em desenvolvimento, indubitavelmente, prosperava.
Foi encontrada uma prova arqueológica de Biblos datada de 1200 a.C. que mostra aquilo que seria considerado um alfabeto de vinte e dois caracteres. Um notável exemplo destas inscrições é o sarcófago do rei Ahiram. Um dos monumentos mais importantes deste período é o templo de Resheph, um deus cananeu da guerra, mas este ruiu na época do governo heleno e da chegada de Alexandre, o Grande, em 332 a.C. A moeda já era utilizada e há vestígios evidentes de comércio com outras cidades mediterrânicas.
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Sarcófago de Ahiram, hoje no Museu Nacional de Beirute
O primeiro exemplo conhecido de linguagem semítica misturada com caracteres hieroglíficos egípcios são as inscrições Biblos Silábicas, do Século XVIII a.C.), originário da cidade de Biblos, que fica na costa fenícia.6 Esse sistema é descrito como um "silabário [que] claramente é inspirado no sistema Hieroglífico egípcio e, de fato, é a mais conhecida e a mais importante ligação entre os alfabetos Hieroglífico e Cananita."7
Curiosamente, a maioria dos textos Biblos Silábicos são escritos sobre placas de cobre. Então, não seria despropositado ou pouco razoável descrever os textos Biblos Silábicos como uma linguagem semítica escrita sobre placas de metal com “caracteres egípcios reformados”, que é exatamente o que O Livro de Mórmon descreve.
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3 - Hieróglifos Cretenses
Creta (em grego moderno, Κρήτη, transliteração - Kríti) é a maior ilha e uma das treze periferias da Grécia. Está no sul do mar Egeu e é a segunda maior ilha do mar Mediterrâneo oriental e a quinta maior de todo aquele mar. A capital da ilha é a cidade de Iráclio.
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Antiga forma de escrita usada na ilha de Creta, aparentemente desenvolvida a partir de uma combinação de “hieróglifos egípcios e sinais cuneiformes mesopotâmios e fenícios convertidos numa nova e única escrita pictográfica."9 Observe que há uma mistura de sistemas de escrita semítica (mesopotâmia e fenícia) e egípcia, precisamente como é descrito no Livro de Mórmon.
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Há alguns anos costumava-se dizer simplesmente que a escrita cretense constituía um enigma insolúvel. Hoje, graças ao trabalho de modernos “Champollions”, que paciente e infatigavelmente dedicaram e dedicam parte de suas vidas à decifração dos misteriosos sinais com que os habitantes da antiga ilha de Creta materializavam seus pensamentos. O problema da escrita cretense parece encaminhar-se para uma solução que, mais cedo ou mais tarde, trará revelações interessantes no que concerne à História da Egeida.
É a escrita da antiga Núbia (atual Sudão), que “foi inicialmente registrado na escrita do segundo século antes de Cristo numa forma 'alfabética' que consistia de vinte e três símbolos, a maioria dos quais foram emprestados ou pelo menos derivaram de escrita egípcia... Essa escrita tinha duas formas, a hieroglífica e a cursiva."10 Os sinais hieroglíficos meroíticos foram “emprestados do egípcio… [e] a escrita cursiva derivou principalmente da escrita demótica egípcia."11
O corpo de inscrições meroíticas conhecidas é muito maior que as proto-sinaiticas, todavia é relativamente pequeno.
Têm sido faladas através do vale do Rio Nilo sudanês e núbio, desde Philae até o norte de Naqa, perto de Kartum. As inscrições estão numa multiplicidade de contextos e materiais: paredes de templos, santuários, altares, mesas de oferendas, stelas, estátuas, vasos de cerâmica, ostracas, papiros e em graffitis sobre rocha.
O povo de Meroe juntamente com sua língua, o meroítico, tem permanecido um mistério durante muito tempo. Usaram esse sistema de escrita similar ao egípcio, porém não existe uma Pedra Rosetta que nos ajude na tradução. Os textos têm que ser estudados palavra por palavra.
Devido à proximidade dos assentamentos de Meroe, tanto afro-asiáticos (egípcio) quanto nilo-saarianos, o meroítico pode facilmente ser associado a ambas as famílias, pois à parte sua localização geográfica, a língua meroítica possui um vocabulário que lembra as línguas cusíticas (interpolação do norte da Etiópia) ou aos idiomas beja e etíope (semíticos).
Isto tem sido atribuído às conquistas etíopes de Meore e Núbia e ao pertencimento comum de ambas as sociedades a costumes religiosos comuns devido à influência do cristianismo (os núbios têm sido muçulmanos desde o período medieval tardio).
A língua beja é o único representante do ramo cusítico setentrional, contando com 100.000 falantes na Eritréia. Entre os beja do norte da Eritréia há um alto grau de multilinguismo, sobretudo com tigré e árabe. O deslocamento do povo beja desde o Sudão até a Eritréia tem sido muito marcado desde as últimas três ou quatro gerações.
O Salmo 20 escrito em Demótico Egípcio
Os estudiosos decifraram uma versão aramaica do Salmo 20: 2–6 que foi escrito em caracteres demóticos egípcios. É exatamente isso que O Livro de Mórmon declara a existência, uma versão de escrituras hebraicas na linguagem hebraica, mas escrita usando caracteres egípcios.
Proto-Sinaitico e o alfabeto
Parece que as pessoas que falavam o idioma semítico do início do segundo milênio antes de Cristo na Síria e na Palestina haviam adotado versões reformadas ou modificadas tanto dos hieróglifos egípcios e dos cuneiformes mesopotâmios num sistema de escrita silábica e alfabética. Essa escrita egípcia finalmente se tornou a base para o desenvolvimento do alfabeto fenício, do qual quase todos os alfabetos subsequentes derivaram.
"As inscrições proto sinaiticas eram escritas numa linguagem semítica e ...suas letras eram protótipos do alfabeto fenício.
As letras são alfabéticas, de origem acrofônica e consonantal, e suas formas são derivadas de hieróglifos egípcios”14 "Já que o silabárico cananita/fenício formou a base do alfabeto grego, e por sua vez o grego formou a base do latino, isto significa, nas palavras de Gardiner, que 'os hieróglifos permanecem, através de uma forma transmutada [ou poderíamos dizer, reformada?] em nosso próprio alfabeto.'"15
Num senso bem real, nosso próprio alfabeto latino é um tipo de “egípcio reformado” já que a última fonte dos nossos caracteres são hieróglifos egípcios.
O alfabeto proto sinaítico, também chamado alfabeto proto cananeu, é um dos alfabetos mais antigos. Esse é, por derivações e modificações sucessivas, a origem da genealogia da maior parte dos alfabetos usados hoje. Esse é um alfabeto linear que não deve ser confundido com as escritas "Linear A" ou "Linear B" (em oposição à escrita cuneiforme, apresenta somente 23 símbolos distintos, o que indica que não se trata de um silabário. Deriva-se dos hieróglifos, pois mais da metade dos caracteres podem ser relacionados com seus protótipos egípcios.
Alguns pesquisadores estimam que não se trata de um silabário degenerado, onde cada símbolo representaria uma consoante seguida de uma vogal qualquer, o que seria de fato um abjad. Os caracteres de letras únicas dos egípcios parecem ter influenciado muito no alfabeto proto sinaitico.
Ignora-se onde ou quem inventou esse primeiro alfabeto. Pensa-se geralmente que se trata de uma adaptação da escrita egípcia antiga criada para transliterar sua própria escrita para muitos operários que falavam uma ou mais línguas semíticas e trabalhavam no Sinai, de posse do Egito Antigo. Essa escrita deve ter surgido por volta do final Império Médio ou durante o Segundo Período Intermediário que lhe seguiu. As inscrições mais antigas datam de cerca 1700 anos a.C. e foram encontradas em 1 no Sinai. Por todo o Sinai foram localizados muitos objetos cobertos de signos inscritos.
Foi o egiptólogo inglês Alan Gardiner que, em 1916, decifrou essa escrita. Chama-se geralmente proto sinaitica, como também todas as escritas mais antigas não decifradas, datando da metade da Idade do Bronze (entre 2000 e 1525 a.C.) e proto cananeias, aquelas do fim da Idade do Bronze (1525 e 1200 a.C.), escritas em línguas semíticas.
A origem egípcia dessa escrita é corroborada por outro índice: o princípio acrofônico é verificado por um grande número de símbolos. Verificou-se que esses símbolos podem estar ligados ao símbolo egípcio donde eles são originários. Se tomarem-se os nomes semíticos de cada símbolo, constata-se que seu valor fonético corresponde ao som inicial da palavra semita (isso é a “acrofonia”). Isso é explicado supondo que os inventores desse alfabeto sejam falantes semitas que conheciam o significado dos hieróglifos.
Como exemplo, o pictograma que representa uma casa e que era chamada *bēt em semita, deriva do símbolo hieroglífico da mesma palavra, utilizada para transcrição do fonema /b/.
A comparação com o alfabeto fenício, ulterior, mostra que este último deriva do alfabeto linear proto cananeu, bem como o sul arábico que, numa visão rápida, não segue a ordem alfabética tradicional das línguas levantinas, já atestado pelo alfabeto ugarítico.
Conclusão
Há uma quantidade de exemplos históricos de linguagens semíticas, entre outras, sendo escritas com caracteres egípcios "reformados" ou modificados; O relato d'O Livro de Mórmon é inteiramente plausível nesse ponto.
Notas
1. O termo cuneiforme foi primeiramente usado no Século XIX, quando os hieróglifo era o termo grego para o sistema de escrita egípcio.
2. Para uma introgução geral sobre os hieroglíficos, ver W. V. Davies, Egyptian Hieroglyphics (London: British Museum Publications, 1987).
3. John Gee sumariza a evidência e análise do assunto, arguindo para a linguagem escrita de base hebraica numa escrita de base egípcia em seu livro La Trahison des Clercs: On the Language and Translation of the Book of Mormon, Review of Books on the Book of Mormon 6/1 (1994): 79–83, 94–99.
4. Michelle P Brown, A Guide to Western Historical Scripts from Antiquity to 1600 (Toronto: University of Toronto Press, 1990), apresenta exemplos a grande raiz de escritos do alfabeto romano, muitos dos quais são irreconhecíveis sem treinamento.
5. Davies, Egyptian Hieroglyphics, 21–24.
6. Para um resumo básico e bibliografia, ver David Noel Freedman, ed., The Anchor Bible Dictionary, 6 vols. (New York: Doubleday, 1992), 4:178–80. Para um estudo linguístico detalhado, ver George E. Mendenhall, The Syllabic Inscriptions from Byblos (Beirut: American University of Beirut, 1985). A publicação original com transcrições é de M. Dunand, Byblia Grammata: Documents et recherches sur le deoeloppement de l'ecriture en phenicie (Beirut: Direction des Antiquites, 1945); fotografias e transcrições de toos os documentos podem ser encontrados na pp. 71.
7. Anchor Bible Dictionary, 4:178b.
8. Hugh W. Nibley, Lehi in the Desert; the World of the Jaredites; There Were Jaredites, vol. 5 in The Collected Works of Hugh Nibley (Salt Lake City: Deseret Book and FARMS, 1988): 105.
9. Jan Best and Fred Woudhuizen, eds., Ancient Scripts from Crete and Cyprus (Leiden Brill, 1988), 4.
10. Davies, Egyptian Hieroglyphics, 61.
11. Jean Leclamt, The Present Position in the Deciphering of Meroitic Script, The Peopling of Ancient Egypt and the Deciphering of Meroitic Script (Ghent: Unesco, 1978), 112.
12. Stephen D. Ricks, Language and Script in the Book of Mormon, Insights (May 1992), 1; Charles F. Nirns and Richard C. Steiner, A Paganized Version of Psalm 20:2–6 from the Aramaic Text in Demobc Script, Journal of the American Oriental Society 103 (1983): 261–74; Richard C. Steiner, The Aramaic Text in Demotic Script: The Liturgy of a New Year's Festival Imported from Bethel to Syene by Exiles from Rash, Journal of the American Orientnal Society 111/2 (1991): 362–63; Para uma bibliografia completa, ver Gee, La Trahison des Clercs, 96–97, n. 147. Ver também John A. Tvedtnes, Linguistic Implications of the Tel-Arad Ostraca, Newsletter and Proceedings of the Society for Early Historic Archaeology 127 (1971): 1–5.
13. Joseph Naveh, Early History of the Alphabet (Jerusalem: Magnes, 1982). I. J. Gelb, A Study of Writing, 3rd ed. (Chicago: Universiy of Chicago Press, 1969), x–xi, apresenta uma ilustração da derivação do alfabeto fenício e todos os outros alfabetos subsequentes de hieróglifos egípcios.
14. Benjamin sass, The Genesis of the Alphabet and Its Development in the Second Millennium B.C. (Wiesbaden: Otto Harrasawitz, 1988), 106.
15. Davies, Egyptian Heiroglyphics, 60. A mesma página apresenta uma ilustração da transformação dos hieróglifos em símbolos alfabéticos de alfabeto não latinos.
William J. Hamblin é Professor de História na Brigham Young University (Provo, Utah, USA),
especializado em Oriente Médio antigo e medieval. É autor de dezenas de artigos acadêmicos e vários livros, mais recentemente a obra Solomon's Temple: Myth and History, com David
Seely (Thames and Hudson, 2007). No outono do ano de 2010 publicou seu primeiro romance (em coautoria com Neil Newell): The Book of Malchus, (Deseret Book, 2010). Um viajante fanático e fotógrafo, passou o ano de 2010 lecionado no BYU Jerusalem Center, e morou em Israel, Inglaterra, Egito e Itália, e viajou para dezenas de outros paízes. Você pode seguir e discutir "An Enigmatic Mirror" no Facebook.
Fraternalmente, Elson C. Ferreira.