Por John L. Sorenson
Tradutor: Elson Ferreira – Curitiba/Brasil – elsonfe21@gmail.com
Journal of Book of Mormon Studies of the
Foundation for Ancient Research and Mormon Studies at
Nota
Editorial: Brian Stubbs é um especialista em linguagens do Oriente Médio e
línguas nativas americanas. Ele é um lingüista especialista na linguagem da
família Uto-Asteca. Esta família consiste de aproximadamente 30 linguagens que
os especialistas têm demonstrado estarem relacionadas porque descendem de uma
linguagem comum. Esta família de linguagens está localizada primariamente nas
regiões da Califórnia, Arizona, no Grande Vale e México. Brian Stubbs examina
evidências que ligam a família das linguagens Uto-Asteca com a linguagem
semítica, que inclui os idiomas hebreu, egípcio e arábico. Em sua conclusão ele
declara: “Minha melhor hipótese, ainda sujeita a mudanças como a maioria das
descobertas que são feitas a respeito das linguagens, é que originalmente a UA
(Uto-Asteca) foi basicamente semítica, mas depois foi influenciada por outras
linguagens”. Então, quando seu entrevistador John L. Sorenson perguntou; “Suas
observações das linguagens concordam ou não, com sua leitura do Livro de
Mormon?”, ele respondeu conforme segue:
Eu não vejo conflito nenhum, e minhas observações
concordam muito bem com a descrição do Livro de Mórmon. As linguagens
mencionadas naquela escritura são: (1) o dialeto hebreu de Leí (com nomes
arábicos, hebreus e egípcios, (2) o dialeto hebreu Mulequita, (3) o idioma
egípcio e, (4) a linguagem ou linguagens desconhecidas dos jareditas. Nas
linguagens ameríndias eu encontro duas tendências do hebreu, algumas egípcias,
outras arábicas e muitas linguagens de improváveis ou desconhecidas conexões
com o Velho Mundo. Nem todas as linguagens desconhecidas seriam jareditas,
certamente. O que eu disse foi apenas uma simplificação demasiada do assunto,
já que muitas linguagens fazem parte da pré-história da América, exceto o que
está relatado no Livro de Mórmon.
Indubitavelmente as linguagens asiáticas entraram
nas Américas, seja através de pontes, navegação costeira, navegação
transoceânica, ou todas as três. Além disso, os povos jareditas estiveram nas
Américas alguns milênios antes de Leí. Os Mulequitas chegaram e deveriam estar
igualmente mais espalhados e em maior número que os que chegaram por último.
Vários desdobramentos jareditas provavelmente chegaram até as Américas do Norte
e do Sul para distanciarem-se de reinos em conflito armado, e desse modo não
estiveram envolvidos nas guerras narradas em Éter, e estão entre os ancestrais
dos ameríndios de hoje em dia, e desse modo talvez estejam primariamente em algumas das famílias
de linguagens. Talvez outros além dos asiáticos e dos povos do Livro de Mórmon,
penetraram na América pré-colombiana também. Entretanto, eu vejo evidências
suficientes em famílias de linguagens suficientes para que fique otimista em
que finalmente possamos reconstruir algumas destas linguagens do Livro de
Mórmon num grau significativo.
O texto do Livro de Mórmon diz que nele não havia espaço para contar-nos nem a centésima parte dos acontecimentos históricos, que poderiam incluir a história das linguagens desses povos. Assim, as linguagens americanas oferecem-nos um tremendo potencial para refinar e futuramente definir as linguagens do Livro de Mórmon, povos, relocações padrão como evidenciado pelas conexões de linguagem. O Livro de Mórmon contém poucos comentários sobre linguagem, exceto sua menção ao hebreu e ao egípcio. A linguagem de Leí pode ter sido um dialeto diferente do hebreu bíblico, desse modo não podemos tirar muitas conclusões a respeito das linguagens do Livro de Mórmon. Eu penso que vamos ficar surpresos de muitas maneiras, pois para mim as perspectivas nesta área de estudo são empolgantes.
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