John Tvedtnes
Tradutor: Elson C. Ferreira - Curitiba/Brasil - Outubro/2010
Eu fico fascinado ao ver quantas sérias atenções estão sendo dadas ao Livro de Mórmon em tempos recentes. Não quero dizer que todos vão acreditar em seus ensinamentos e pedir para serem batizados n’A Igreja, mas pelo menos na crença de que ele é objeto de sérios estudos. Nos últimos anos tem havido desenvolvimentos em sérios estudos acadêmicos a respeito do Livro de Mórmon. Por exemplo, houve uma conferência na semana passada na Universidade de Yale, dois seminários na Universidade de Nottingham, e outro na Universidade de Oxford. Estas conferências são realizadas por não-mórmons, pessoas que não acreditam, por isso é interessante ver essas conferências.
Terryl Givens, da Universidade de Richmond, Virginia, teve dois de seus livros publicados pela Universidade de Oxford. Um deles é intitulado “Viper on the Hearth” (Serpente na Lareira), que é basicamente uma história anti-mórmon. O segundo se chama “By the Hand of Mormon” (Pela Mão de Mórmon), e ele é muito bem feito. Ele vê ambos os lados do cenário: o lado dos Santos dos Últimos Dias e o lado dos críticos, e mostra como as discordâncias acontecem. Terryl é SUD, mas ele tenta não se inclinar para uma ou outra direção, mas quem conhece O Livro de Mórmon, ficará bem impressionado com o livro. Muito do que ele diz são evidências da veracidade do Livro de Mórmon.
Dois anos atrás me foi solicitado apresentar um trabalho a respeito de nomes hebreus no Livro de Mórmon para o Congresso Mundial de Estudos Judeus realizado em Jerusalém. Eu acredito que foi a primeira vez que esta organização de estudiosos de todo o mundo, a maioria dos quais são judeus, tenha convidado alguém para discutir O Livro de Mórmon como um assunto sério naquele fórum de estudiosos, e eu fiquei feliz com isso.
Vamos dar uma olhada em algumas das coisas que eu considero serem “dicas” do Livro de Mórmon , declarações que podem ser verificadas por meios externos ao mormonismo. Nós aqui, apenas estamos arranhando a superfície desse enorme tópico.
Uma Noite Sem Escuridão
Como sabemos, Samuel o lamanita profetizou que haveria uma noite sem escuridão na época do nascimento de Jesus Cristo. Há várias possibilidades de como isso possa ter acontecido. Eu não estou tentando dizer que não há uma natureza miraculosa envolvida nisso, mas o Senhor usa de meios naturais para realizar as coisas.
Há, por exemplo, nevoeiros noturnos baixos que têm sido observados em vários lugares. Sua causa é desconhecida, apesar de que se pensa que eles podem ser de natureza elétrica. Esse fenômeno foi descrito primeiramente em 1982 pelo meteorologista William R. Corliss. Ele descobriu que há várias situações em que eles ocorrem. Uma delas foi um nevoeiro luminoso que se estendeu deste a África até a Suécia e através da América do sul; foi um nevoeiro gigantesco que brilhava no escuro. Ele apareceu também em uns poucos outros lugares, por exemplo, 1783, nos Alpes e nos vales próximos. Um nevoeiro semelhante foi observado na Europa Ocidental em Agosto de 1821. Houve um nevoeiro em 1831 que cobriu quase o mundo todo. Corliss conclui que “as noites eram tão brilhantes que até as letras pequenas podiam ser lidas à meia noite”.
Em 1890, o maquinista e os passageiros do trem que viajava em Houston, Texas, relataram que viram um arco brilhante que tinha aparência de uma névoa na noite sem lua, baixa o suficiente na atmosfera que o trem passou através ou abaixo dela e saíram do outro lado. Abaixo da névoa tudo era pálido como se estivesse sob a lua cheia, mas a lua não apareceu naquela noite em particular. Uma ocorrência similar foi reportada por passageiros de outro trem na West Meridian Railroad, na Pennsylvania, em 2 de Maio de 1919. Esta névoa era transparente mas brilhava o suficiente para ofuscar qualquer estrela que estivesse abaixo dela.
Há também algo que é chamado “earthquake luminosity” (luminosidade do terremoto). Por exemplo, em 9 de Dezembro de 1731, após um terremoto em Florência, Itália, nuvens luminosas apareceram sobre a Inglaterra. Vários dias antes do terremoto que abalou a Inglaterra em 2 de Março de 1750, moradores de Londres relataram terem visto arcos avermelhados no ar que tomaram a mesma direção, como uma onda de choque, quando o terremoto finalmente chegou. Em 23 de Agosto de 1750, houve outra aurora acompanhada de um abalo em Spalding, Inglaterra. Então, um mês depois, em Northampton, houve outro pequeno terremoto (provavelmente todos relacionados). Um tal Dr. Doddridge relatou ter visto uma bola de fogo naquela manhã, o céu vermelho que seguiu à noite, e então “a mais bela aurora que jamais havia visto”.
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Os Andes
Coisas semelhantes têm acontecido em lugares como França e América do Sul. De fato, é muito comum na América do Sul, onde são chamadas “fulgor dos Andes”. Terremotos também são muito mais frequentes nos Andes do que na Europa, e então, durante tempos precedentes e durante os terremotos estes fulgores aparecem e algumas vezes seguem as cristas das montanhas por muito mais de 500 Km de distância.
Em 1908 houve um período de tempo durante o qual o céu ficou muito, muito brilhante. Aquele foi um ano em que um objeto incendiou na atmosfera e explodiu sobre a região de Tunguska, na Sibéria. Há várias teorias para explicar o que foi aquilo, mas os cientistas acreditam que tenha sido um cometa ou um asteróide. Este assunto tem sido seriamente estudado desde 1937. Apesar de que a maioria dos europeus não souberam de nada a respeito dessa explosão sobre a Sibéria até depois que a palavra voltou para a Rússia; só então isto se espalhou para outras partes da Europa; as noites ficaram muito brilhantes depois dessa explosão. Mais tarde, meteorologistas pensavam que provavelmente tenha sido a luz do sol refletida, mas, algumas vezes se prolongava por toda a noite, cobrindo a maior parte da Europa, partes da Ásia e da América do Sul. O céu brilhava com matizes de um vermelho amarelado mesmo quando nublado, então ficava brilhante o suficiente para brilhar através das nuvens. Isto também afetou o clima até no hemisfério norte.
Nas Ilhas Britânicas o céu no nordeste ficou tinto de vermelho, e as pessoas na Escócia relataram que nos ambientes voltados para o norte os objetos lançavam sombras à noite. Em Londres foi possível ler o “London Times” impresso com letras pequenas à meia-noite. Em 1 de Julho de 1908 um leitor escreveu ao “Times”, “Uma estranha luz no céu, que foi vista na noite passada por minha irmã e eu, apareceu quase à meia-noite. O céu, a alguma distância acima da luz, pareceu ser azul no horizonte como a luz do dia, com faixas de luz e nuvens de luz de uma cor rosada flutuando nos intervalos. Apenas o brilho das estrelas podia ser visto em algumas partes do céu, apesar de que quase não havia nuvens à noite. Era possível ler impressos com letras grandes dentro de casa à 1:30 da madrugada. O quarto estava tão iluminado como se fosse dia”.
Fotografias foram tiradas com esta luz natural à 1:00 da madrugada em Estocolmo, Suécia e também em Novorzhev, Rússia, e elas se pareciam com a luz de uma tarde de verão (eu vi estas fotos). Um homem russo relatou que o brilho da luz o acordou à 1:15 da manhã e ele passou metade da noite lendo com essa luz. Ele disse que à 1:45 a.m. todo o céu estava com uma cor delicada de rosa salmão. Um artista britânico em Chelsea pintou uma série de pastéis baseado na incandescência do céu à noite. Desse modo, podemos ver que é totalmente possível, mesmo em uma visão puramente naturalista, que uma noite sem escuridão na época do nascimento de Cristo, como Samuel o Lamanita havia profetizado e que realmente aconteceu.
Estocolmo, Suécia
Samuel o lamanita também profetizou que haveria grande destruição na época da crucificação de Jesus Cristo, e que haveria três dias de escuridão. Tudo o que é descrito nos primeiros capítulos de 3 Néfi, particularmente o capítulo 8, a respeito da destruição que é descrita aí, pode ser explicado em termos de uma explosão vulcânica.
A maioria de nós está acostumado a ver fotos de vulcões como os do Hawaí, onde a lava jorra para fora. Este não é o tipo de vulcão de que estamos falando, pois este é um tipo de vulcão explosivo, onde a pressão se forma abaixo, então toda a montanha simplesmente explode. o Monte Santa Helena era um desses, e era muito era muito pequena comparada a outros vulcões similares. Ainda assim, de dia, estava escuro como o breu em Yakima, Washington, quando o povo estava reunindo o pó e as cinzas. O Monte Pinatubo, nas Filipinas, também é desse tipo, como são vários vulcões no Caribe.
Aqui estão algumas das coisas que acontecem com a explosão de um vulcão: primeiro de tudo, há um forte vento da explosão que vem com ele. A explosão do Monte Santa Helena, como foi dito, não foi uma grande explosão, mas devastou algo como 200 milhões de árvores - apenas bateu sobre elas nas planícies. Coisas a mais de 70 Km foram destruídas pela onda de choque que veio da montanha. Houve também nuvens piroclásticas, ou seja nuvens de fogo que pareciam fogo misturado com fumaça que desceram das montanhas com uma velocidade de até 200 m/h. Eles queimaram e destruíram tudo em seu caminho. (Durante a erupção de um dos vulcões caribenhos, o fluxo piroclástico destruiu uma cidade inteira.)
Outras coisas que são produzidas por esses vulcões quando eles explodem são os tornados e as tempestades de fogo, que podem ocorrer sob outras condições também. Na sequência de um terremoto no Japão, muitas casas pegaram fogo porque as pessoas cozinhavam em fogões de carvão abertos. Durante os abalos, estes fogões foram derrubados e inflamaram as casas com paredes de papel entre os quartos, típicos das casas japonesas até tempos bem recentes. As pessoas se reuniram às dezenas de milhares em grandes parques em Tóquio, o que aconteceu de ser o pior lugar para irem. Apesar de que não havia fogo naquele local, o fogo veio e varreu aquele lugar e todas as pessoas ali morreram instantaneamente.
Os furacões bem como os vulcões podem gerar tornados, então pode haver vários tornados na periferia de um furacão. Os tornados podem carregar casas, veículos, animais e pessoas, como descrito no Livro de Mórmon. Estes vulcões explosivos também expelem cinzas altas na atmosfera, o que causa o escurecimento do local, e o dia pode se tornar muito escuro. Houve vários exemplos históricos dessa escuridão durar por três dias, que é a duração no relato do Livro de Mórmon.
Relâmpagos também são mencionados no Livro de Mórmon junto com estas grandes catástrofes. Eles ocorrem nas nuvens da alta estratosfera a partir dos elementos explosivos, como nas exposições piroclásticas. Havia alguns homens a uns 50 Km do Monte Santa Helena quando ele explodiu. Eles viram a nuvem vindo na sua direção, com relâmpagos cintilando pela nuvem.
A maioria destes vulcões explosivos produzem relâmpagos. Em 1964 a ilha vulcânica de Surtsey explodiu abaixo das águas do Oceano Atlântico, levando três anos e meio antes da erupção terminar. Relâmpagos foram observados nas nuvens que estavam subindo no ar.
Ilha de Surtsey, Groenlândia
Terremotos frequentemente acompanham as forças destrutivas destes vulcões explosivos, e se estiverem perto dos oceanos, podem causar tsunamis. São ondas de choque enviadas através da água numa média de 200 m/h através da vasta expansão do oceano, especialmente no Pacífico, que é bem largo. Hilo, no Hawaii, é atingido por estes choques de tempos em tempos quando há terremotos costeiros nas Américas.
Incidentalmente, o maior terremoto na história dos Estados Unidos não aconteceu em Yellowstone ou no Alaska, onde aconteceram enormes terremotos antes dos anos de 1960. Ele ocorreu em 1811, no Missouri. (Eu espero que o próximo ocorra antes que qualquer um de nós tenha que voltar para lá.) Ele foi acompanhado por tempestades que se pareciam com tornados; o céu ficou cheio de nuvens negras e ferozes relâmpagos (isto é relato de testemunhas oculares), pântanos foram drenados e áreas abaladas ficaram secas e grandes extensões de terra ou subiram ou desceram. Com o tempo, partes do Rio Mississippi realmente fluiram para cima. O epicentro ficava em Nova Madrid, direto no Rio Mississippi no sudeste do Missouri. Havia duas cachoeiras temporárias que foram criadas no rio durante este tempo. Dos quase 2 mil tremores que abalaram a área durante os próximos meses, o mais forte aplainou centenas de quilômetros quadrados de florestas, alterou o curso do rio Mississippi, transformou milhares de acres de pradarias em pântanos, submergiu ilhas inteiras, produziu grandes deslizamentos de terra e destruiu a cidade de Nova Madrid pelo rebaixamento da terra em 4,5 metros. Finalmente, o mais poderoso terremoto ocorreu em 7 de Fevereiro de 1812, e foi sentido a 2 milhões e meio de quilômetros quadrados da área continental dos Estados Unidos. Ele fez os sinos baterem em Charlotte, Carolina Carolina do Norte, em Boston e Massachusetts, de tão forte que foi este terremoto que, entretanto, não estava associado com um vulcão.
Uma das maiores erupções vulcânicas nos tempos modernos aconteceu em 1815. A ilha de Tambura, que é uma ilha vulcânica na Indonésia, cujo topo literalmente explodiu! Choques de ondas foram enviados em redor do mundo e foram sentidos em vários lugares. O nível da água subiu temporariamente na Escócia em 10 cm. O som da erupção foi ouvido a 2.500 Km no Oceano Índico. Este vulcão enviou cinzas para a estratosfera meio das correntes de ventos, na maior parte do hemisfério norte, apesar de que o vulcão estava no hemisfério sul. Ele ocasionou um ano de inverno em muitos lugares. Em partes da Nova Inglaterra, houve frio e neve todos os dias do ano, mesmo no verão. Esta foi a época em que os Smiths estavam vivendo em Vermont e não tiveram colheitas em três anos consecutivos. As pessoas nos Estados Unidos o chamaram de o ano sem verão porque realmente não houve verão naquele ano. Foi por isso que a família de Joseph Smith se mudou para Nova York, porque eles haviam perdido muito durante aqueles três anos em Vermont.
Em 1883 a ilha vulcânica de Krakatoa, também na Indonésia, explodiu. Dez mil pessoas numa cidade a 80 Km dali simplesmente desapareceram quando um enorme tsunami correu através do estreito, bateu na vila e varreu todas as pessoas e suas casas a alguma distância para o interior. Muitas das vilas da costa próxima das ilhas também foram afetadas, matando umas 30 mil pessoas. Isto foi muito parecido com o que aconteceu na época do Livro de Mórmon.
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O vulcão Krakatoa fica localizado em Rakata, uma ilha no Estreito de Sund, entre Java e Sumatra, na Indonesia. Sua erupção de 1883 foi uma das mais catastróficas jamais testemunhadas nos registros da história. Até recentemente, sua única erupção conhecida era uma moderada que aconteceu em 1680. Na tarde do dia 26 de Agosto de 1883, a primeira de uma série de incrivelmente violentas explosões ocorreu. Uma nuvem negra de cinzas se elevou a 27 Km acima de Krakatoa. Na manhã do dia seguinte, tremendas explosões foram ouvidas a 3.540 Km, além da Austrália. Cinzas foram expelidas a uma altura de 80 Km, bloqueando a luz do sol e mergulhando a região ao redor em escuridão por dois dias e meio.
Este último exemplo aconteceu no final de Abril de 1902, quando o vulcão do Monte Pelée, na Ilha Martinica começou a explodir e expelir cinza quente. Em 2 de Maio a montanha produziu uma densa e negra nuvem com raios brilhantes. Durante vários dias as cinzas caíram como neve perto da cidade de Saint Pierre. Em 5 de maio uma massa de lama em ebulição se precipitou no mar carregando 50 toneladas de pedregulho. Dois dias depois em La Soufriére, um vulcão na ilha vizinha de Saint Vincent, entrou em erupção e mandou uma nuvem de vapor a 9 mil metros de altura no ar. A queda de cinza quente destruiu a vegetação em mais de um terço da ilha. Uma massa de 15 metros de altura de lama formou um rio seco que fluiu montanha abaixo.
Monte Pelée, Martinica
Em 7 de Maio, uma nuvem negra cheia de relâmpagos se levantou do Monte Pelée. Às 7:52 da manhã seguinte, o lado do vulcão irrompeu e uma grande bola de fogo e vapor super aquecido, gases e cinzas desceram pela encosta da montanha numa velocidade aproximada de 100 m/h (isto foi filmado de um barco no porto). Enquanto a bola de fogo descia, engolfava o porto da cidade de Saint Pierre, carbonizando instantaneamente muitos objetos e matando a todos, exceto dois dos habitantes. Um deles ficou grato por estar preso na cadeia local, e o outro era um cachorro. Todas as outras criaturas vivas foram aniquiladas. Esta enorme massa de gases que desceram, quando bateram na cidade queimaram todo o oxigênio, de modo que mesmo que alguém tivesse sobrevivido aos incêndios, teria sido difícil sobreviver sem oxigênio. Tão logo a nuvem passou pela cidade, o ar se apressou em preencher o vácuo causado pela falta repentina de oxigênio, e criou fortes ventos que bateram sobre algumas das estruturas da cidade.
Hebraismos no Livro de Mórmon
Os nefitas obviamente falavam o idioma hebreu, conforme Moroni diz em Mórmon 9:33:
“E se nossas placas tivessem sido suficientemente grandes, teríamos escrito em hebraico; mas o hebraico também foi alterado por nós; e se tivéssemos escrito em hebraico, eis que nenhuma imperfeição encontraríeis em nosso registro.” (Mórmon 9:33)
Certamente que eles vieram de Jerusalém. Uma das coisas que me impressionam é que algumas palavras no Livro de Mórmon refletem um ambiente hebreu em vez de um ambiente inglês. Isto se dá devido à maioria dos jogos de palavras e aos intervalos de significado das palavras. Por exemplo, em inglês existe a palavra “neve”. Nós sabemos o que neve significa: ela pode cair do céu; ela pode ser apenas um floco; ela pode ser um aglomerado de flocos; ela pode ser bastante neve dura. Os esquimós, que têm uma quantidade maior de neve do que nós temos, têm várias palavras para definir a “neve”. Eles têm palavras para neve caindo, neve à deriva, neve que está no solo, à crosta de neve congelada na superfície, etc. Isto se dá devido ao ambiente. Por outro lado, os árabes têm apenas uma palavra que significa neve, geada, granizo, enfim, tudo o que é congelado, e isto por causa de seu ambiente. Vejamos alguns exemplos do Livro de Mórmon.
Em Alma 49 os lamanitas tentaram lançar pedras e flechas contra o topo dos muros da cidade nefita de Amonia
“Mas eis que grande foi seu desapontamento; porque eis que os nefitas haviam levantado um parapeito de terra ao seu redor, tão alto que os lamanitas não podiam atirar suas pedras e suas flechas de modo a produzir efeito; nem podiam atacá-los, senão pelo lugar de entrada.”
“Ora, quando descobriram que não poderiam dominar os nefitas pela entrada, principiaram a escavar o parapeito de terra, a fim de conseguirem passagem para seus exércitos e poderem lutar em condições de igualdade; mas eis que, nessas tentativas, foram varridos pelas pedras e flechas que lhes eram atiradas; e em vez de encherem os fossos com a terra derrubada do parapeito, encheram-nos em parte com seus mortos e feridos.” (Alma 49:4, 22)
Eu posso imaginá-los atirando pedras, mas você já tentou atirar uma flecha? Pode parecer estranho eles atirando pedras e flechas. John Sorenson sugeriu que pode ser que eles estivessem usando um atlatl, que é um atirador de lanças ou de flechas. Ele dá ao guerreiro mais comprimento ao braço, de modo que quando o braço vem ai redir e o projetil pode ser arremessado com maior velocidade do que apenas atirando sozinho, e haveria maior distância e mais força atrás dele.
Entretanto, não podemos ir tão longe, apesar de que é uma possibilidade. Mesmo que eles usassem arcos (frequentemente incluídos nos inventários das armas dos nefitas e lamanitas, especialmente no livro de Alma), que também é uma boa solução porque em hebreu, a palavra “atirar” (rdical y-r-h) é a mesma palavra que significa “disparar” uma flecha. Aqui é onde a variedade de significados da palavra se encaixa melhor em hebreu do que em inglês.
Em 1 Néfi 1:6, Leí ora ao Senhor e “vem um pilar de fogo e repousou sobre uma rocha diante dele”. Eu costumo pensar em uma “habitação” como alguém comprando ou construindo uma casa e se movendo nela. O fogo obviamente não estava habitando na rocha nesse mesmo sentido. A termo hebreu (raiz y- sh -b) significa tanto “habitar” quanto “assentar”. Elas não são palavras separadas em hebreu como são em inglês.
“E aconteceu que enquanto ele orava ao Senhor, apareceu uma coluna de fogo que permaneceu sobre uma rocha, diante dele; e foi muito o que ele viu e ouviu; e tremeu e estremeceu intensamente por causa das coisas que viu e ouviu.” (1 Néfi 1:6)
Em Helamã 9:6, um juiz nefita é “esfaqueado por seu irmão por traje de segredo.”
“Ora, logo depois que o juiz supremo foi assassinado—tendo ele sido apunhalado secretamente pelo irmão, que fugiu—os servos correram, gritando para avisar o povo do assassinato;”
Os críticos nos falam o tempo todo sobre isto. Roupa? Isto significa uma veste, uma peça de roupa? Como alguém esfaqueia alguém com uma peça de roupa? Bem, não é possível, obviamente; mas isto corresponde ao termo inglês “roupa de segredo” ou “manto de sigilo” e uns outros poucos termos similares. Entretanto, o termo hebreu (begged) provavelmente se encaixa neste caso muito melhor. A palavra pode significar não apenas “vestes” mas também “traição”. Aqui, o juiz nefita foi morto à traição.
Algo que sempre me impressionou é o termo hebreu maqom, que literalmente significa “local de surgimento”. Ele vem de um verbo que significa “levantar”, “ficar sobre os pés”, “erguer-se”, “surgir”, “originar”. É interessante que em algumas passagens da Bíblia esse termo se refere a túmulo ou sepultura, tal como em Jó 16:18; Ezequiel 39:11; Eclesiastes 3:20; 6:6. Algumas vezes é usado como um lugar para onde vãos os espíritos dos mortos. No idioma fenício que é relacionado ao hebreu, que usa o mesmo alfabeto e falado no antigo Líbano e Canaã, o termo é usado apenas por aqueles que trabalham com sepulturas. Há uma quantidade de tumbas de reis fenícios que têm uma inscrição, onde se lê “Não perturbe este maqom.” O que nos interessa aqui é que no Livro de Mórmon encontramos onze lugares onde a palavra “lugar” (que é a tradução de maqom na Bíblia) é usada somente onde há mortos, ou onde alguém foi enterrado, para onde foi seu espírito depois da morte. Então, a palavra é usada naquela variação de significados, e nos dias de Joseph Smith ninguém jamais havia sugerido que aqueles eram os significados aplicáveis para o termo hebreu. Tudo isso apareceu muito tempo depois.
Eu escrevi um artigo sobre isto há alguns anos quando eu estava fazendo um curso de etimologia do idioma hebreu com o Professor Haim Rabin, que era o presidente da Academia de Línguas Hebraicas. Ele realmente adorou quando eu empreguei algumas referências do Livro de Mórmon. Ele as usou para dar uma aula a cada ano para todos os estudantes americanos que vão estudar hebreu na Universidade de Jerusalém. (Há aproximadamente 7 mil estudantes americanos em qualquer época, com 2 mil novos estudantes a cada ano.) Sua palestra era sempre sobre a história do idioma hebreu, que era sua especialidade. Em 1970 eu recebi uma carta de um amigo que havia assistido essa palestra naquele ano e me disse sobre o que foi falado. Esse amigo me disse que o Professor Rabin havia citado uma passagem das escrituras para ilustrar o uso da conjunção “e” em hebreu. Devido ao fato de que todos esses novos estudantes são da América, a maioria deles não conhece o hebreu, então ele fez uma leitura em inglês. Foi por isso que ele a citou em inglês.
Ele desejava ilustrar que usavam a palavra “e” em hebreu em muito mais lugares do que nós a usamos em inglês. Alguns de vocês que lêm lido O Livro de Mórmon sabem que há muitas instâncias com “e isto e isto e aquilo” e continua em frente. Isto é muito comum e é uma característica típica do idioma hebreu. Como o Professor Rabin estava lendo isso, meu amigo pensou, “Espere um segundo. Ele não está citando isso da Bíblia. É uma passagem do Livro de Mórmon!” Quando Rabin terminou ele disse, “Eu sei que alguns de vocês têm lido a Bíblia e nunca viram uma passagem como esta. Eu só tenho a dizer para vocês que ela não é da Bíblia, ela é do Livro de Mórmon, mas há outros exemplos desse tipo.” Eu assisti meia dúzia de palestras do Professor Rabin enquanto eu estava em Israel e frequentemente me alegrava no fato de que eu sabia que ele gostava do Livro de Mórmon e acreditava ser ele um autêntico documento antigo.
Aqui há um exemplo de um jogo de palavras em hebreu: Em Alma 32:21, Alma diz aos zoramitas, “Se tendes fé tendes esperanças por coisas que não são vistas, que são verdadeiras”. As palavras hebraicas para “fé” e “verdade” vêm do mesmo radical. “Se tendes fé tendes esperanças por coisas que não são vistas, que são verdadeiras.” Assim isto tem mais sentido em hebreu do que em inglês. Ele sugere que não se pode ter fé em coisas que não são verdadeiras. Você pode esperar por elas, você pode acreditar nelas, mas a fé no sentido escriturístico não é o que temos em coisas que não são verdadeiras.
Egípcio Reformado
Uma das coisas que tem me fascinado através dos anos chegou até a minha atenção aproximadamente em 1969-70. É o uso de caracteres egípcios nos textos hebreus. O hebreu é parte de uma família de linguagens chamadas Noroeste Semítico. Na verdade, o hebreu, o cananita, o fenício, o moabita, edomita e amonita são todos basicamente a mesma linguagem com diferenças dialéticas, tal como o uso de diferentes acentos ou palavras algo diferentes. A linguagem cananita é a mesma hebraica, escrita com o mesmo alfabeto. Os cananeus e os israelitas podem falar uns com os outros. Em Mórmon 9:32-34, temos a declaração de Moroni sobre usarem o egípcio reformado, e ele também diz que eles também conheciam o hebreu.
“E agora, eis que escrevemos este registro de acordo com nosso conhecimento, em caracteres denominados por nós egípcio reformado, sendo transmitidos e alterados por nós segundo nossa maneira de falar.
E se nossas placas tivessem sido suficientemente grandes, teríamos escrito em hebraico; mas o hebraico também foi alterado por nós; e se tivéssemos escrito em hebraico, eis que nenhuma imperfeição encontraríeis em nosso registro.
Mas o Senhor sabe as coisas que escrevemos e também que nenhum outro povo conhece nossa língua; e porque nenhum outro povo conhece nossa língua, ele preparou, portanto, meios para a sua interpretação.” (Mórmon 9: 32-34)
Em 1 Néfi 1:2, Néfi diz “Sim, faço um registro na língua de meu pai, que consiste no conhecimento dos judeus e na língua dos egípcios.” Isto sempre me faz pensar que, na verdade, o que temos aqui é provavelmente uma combinação de coisas. Podemos ter o idioma hebreu escrito em caracteres egípcios. Ou podemos ter uma mistura dos dois. Como se vê, todas essas são possibilidades
Na realidade, o idioma egípcio tem três sistemas de escrita, cada um dos quais distinguido do outro por nomes dado a eles em grego. O primeiro deles, o qual todos indubitavelmente já devem ter visto, são os hieróglifos, que é a escrita sagrada que usa desenhos de pássaros, animais e humanos e várias partes do corpo, objetos, móveis e coisas encontradas na natureza. Eles são usados na maioria das vezes em gravações nas rochas, apesar de que também podem ser encontradas em pergaminhos e papiros.
O segundo tipo é uma forma cursiva chamada de hierática, que significa “sagrada”. Os hieráticos são um pouco parecidos com os hieroglíficos, mas é uma maneira mais rápida de se escrever, assim algumas coisas podem ser obscurecidas em nossos dias se não estudamos ambos os sistemas.
Mas a forma abreviada mais comum de escrita egípcia é chamada demótica, significando “popular”. A forma demótica passou ao uso aproximadamente em 800 a.C. Assim, ela já estava em uso por uns 200 anos antes da época de Leí.
Todos os antigos textos escritos em Israel, sejam judeus ou israelitas (no norte) usavam caracteres egípcios para os numerais. Apesar de que o alfabeto hebreu tem 22 caracteres, quando eles escrevem numerais, usam caracteres egípcios. Isto tem sido conhecido desde o princípio do Século IX a.C. O que é mais surpreendente é que há, de fato, textos que têm sido encontrados em hebreu ou em linguagens relacionadas que são escritos em caracteres egípcios e não em hebreu. Deixem-me ilustrar isso: Eu posso escrever uma palavra hebraica em inglês de modo que você possa a reconhecer mas não é a maneira que ela seria escrita em Israel. Se eu fosse escrever shalom, que significa “paz”, em hebreu, eu usaria letras hebraicas. As letras inglesas não pertencem ao alfabeto hebraico mas nós as podemos usar para representar palavras hebraicas.
O mesmo acontece com os textos que usam caracteres egípcios que representam palavras hebraicas. Por exemplo, há um Papiro Mágico em Londres do Século XIV a.C. que foi encontrado no Egito; e o Papiro Mágico Harris, encontrado no próximo século a.C.; o Papiro Anastasia I, também encontrado no Século XIII a.C; e um ostracon no Museu do Cairo (No. 25759), do Século XI a.C. Todos eles têm o idioma hebreu como escritos em caracteres egípcios. Se você conhece egípcio, você os pode pronunciar mas não saberá o que significam as palavras porque não são palavras egípcias. Se você conhece hebreu, você não as poderá ler porque os caracteres não são hebreus. Então, você deve conhecer ambas as línguas a fim de ser capaz de lê-las: o sistema de escrita bem como a própria linguagem. Isto explica porque o rei Benjamim teve que ensinar o egípcio a seus filhos, porque eles tinham que entender como o sistema de escrita funcionavaa fim de lidar com os registros que haviam sido começado por Néfi em imitação das Placas de Latão, o que é dito em Mosias , que também foram escritas desta forma egípcia.
“E aconteceu que ele tinha três filhos; e dera-lhes os nomes de Mosias e Helorum e Helamã. E fez com que fossem instruídos em todo o idioma de seus pais, para que assim se tornassem homens de entendimento; e para que soubessem das profecias que haviam sido feitas pela boca de seus pais e que lhes foram entregues pela mão do Senhor.”(Mosiah 1:2)
O que isto demonstra é que alguns escribas egípcios tinham suficiente habilidade nas linguagens semíticas do noroeste, hebreu e cananita para que fossem capazes de fazer a transliteração usando seu próprio sistema de escrita. Entretanto, agora temos escritas similares da antiga Israel, na qual textos hebreus empregam caracteres egípcios. O primeiro vem de um lugar chamado Arad, que fica a quase 35 Km a sul-sudeste de Jerusalém. Várias letras hebraicas escritas em ostraca foram encontradas lá em 1965 datando de 598 a 587 a.C. Naquele mesmo ano foi encontrado um ostracon que tinha somente caracteres hieráticos egípcios e palavas egípcias também.
Em 1967, outro ostracon que tinha uma combinação de hebreu e egípcio foi desenterrado. Ele não é um texto mas uma tradução do mesmo texto em outra linguagem. A informação foi escrita em ambos os caracteres. Há dezessete palavras nele. Dessas, sete estão escritas com letras hebraicas e dez com caracteres egípcios; mas o próprio texto é egípcio. Mesmo as palavras escritas com letras hebraicas são palavras egípcias, não hebraicas.
Antigo templo egípcio encontrado no noroeste da região norte do Mopnte Sinai. O antigo faraó egípcio Ramse II (à direita) oferece presentes a Geb, o deus da terra, numa escultura de 3 mil anos encontrada na maior templo de tijolos já encontrado no nordeste da Península do Sinai.
Nos anos de 1970, escavações feitas no nordeste do Sinai, conhecido pelos israelitas por Kadesh-barnea, onde os israelitas tiveram seu principal acampamento durante o êxodo, foram encontrados vários ostraca dos Séculos VI e VII a.C. Alguns deles eram apenas exercícios de escribas. Um é um texto hierático incluindo uma coluna de medidas egípcias e cinco colunas de números. Misturados com eles estão alguns caracteres hebreus, incluindo a palavra hebraica para “um mil”, que foi encontrada três vezes no ostracon. A palavra hebraica para “shekel” aparece 22 vezes. Há um ostracon com três colunas de números; a coluna da esquerda tem a palavra hebraica para o menor medida de peso em uso, e ela segue imediatamente um numeral hierático egípcio. O mais interessante é que todos eles estavam em uso na época de Leí.
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Kadesh-barnea, provavelmente é onde os israelitas acamparam durante a maior parte de seus 40 anos no deserto.
Esta é uma visão do nordeste do grande vale do deserto (também chamado de Wadi) onde Kadesh-barnea está situada. Também conhecido como En-mishpat (Gen. 14: 7) e “a água de Meribah” (Num. 20: 13), uma cidade no sudoeste da Palestina, onde o rio que flui aqui durante a estação chuvosa faz desse um local bem irrigado e frutífero no deserto de Zin. Este provavelmente é o local em que Moisés enviou 12 homens para espiar a terra de Canaã (Num. 13:17-30). Ela serviu como base para os isrelitas durante 38 dos quase 40 anos de viagem pelo deserto (Deut. 2:14). Miriam morreu e foi enterrada aqui (Num. 20:1). Este foi o local da cena da rebelião de Korah, a lamentação do povo e a construção do ídolo de Aarão (Num. 16-17). Como punição, o povo foi condenado por Deus a vagar por 38 anos pelo deserto. Perto daqui Moisés feriu a rocha e jorrou água (Num. 20:7-11).
Criíticos, cuidado!
Meu amigo Matt Roper inventou o termo “boomerang hits” para as críticas contra O Livro de Mórmon, que foram, com o passar do tempo, não apenas provadas como infundadas, mas nas quais eles provêm evidências para O Livro de Mórmon. Três das mais predominantes críticas são:
o Os povos antigos nunca escreveram em placas de metal.
o Não há tal coisa como “egípcio reformado”.
o Os antigos israelitas nunca esconderam registros sagrados para que as antigas gerações os encontrassem.
A primeira dessas afirmativas se provou falsa cada vez que mais centenas de registros metálicos têm sido encontrados, a maioria dos quais em terras ao redor do Mar Mediterrâneo, inclusive em Israel. Alguns deles foram encontrados em caixas de pera, como aquela que continha as placas das quais Joseph Smith traduziu O Livro de Mórmon. Eu já tratei da segunda crítica antes.
Os mais antigos documetos contendo texto bíblico se encaixam no padrão do Livro de Mórmon. O mais antigo exemplar de texto bíblico escrito em hebreu foi descoberto em 1980 numa tumba ao lado da Igreja Escocesa Presbiteriana de Saint Andrew, em Jerusalém. A própria tumba data do fim do Século VII a.C. Havia duas peças enrroladas de prata com algo escrito nelas. Cada uma tinha uma bênção sacerdotal de Números 6:24-26. Portanto, o mais antigo documento contendo uma passagem de texto bíblico está escrito sobre placas de metal.
Escritos demóticos se tornaram comuns no antigo Egito desde 700 a.C Eles eram chamados 'sekh shat' (escrita para documentos) pelos antigos egípcios. A palavra ‘demótico’ vem da palavra grega ‘demotika’ para a escrita. Demóticos foram usados para registros governamentais, literatura e cartas.
O segundo mais antigo dos textos judeus é o Amherst Papyrus 63, que foi encontrado no Egito. Ele foi escrito em caracteres egípcios demóticos mas ele não diz nada em egípcio. O texto fundamental é aramaico que é a língua irmã do hebreu. O aramaico é a linguagem que estava começando a ser muito popular antes do Século VIII a.C. entre a maioria do povo do antigo Oriente Médio, inclusive a parte mais educada entre os judeus.
Página de uma Bíblia escrita em aramaico
Lá pelo Século V a.C., os judeus falavam aramaico em vez de hebreu e tinham emprestado a forma aramaica do alfabeto para escrever os rolos bíblicos em hebreu. Este é o alfabeto usado para escrever a maioria dos Papiros do Mar Morto e ainda está em uso nas Bíblias e textos das sinagogas, além de serem usadas no hebreu moderno. O papiros são do Século IV a.C, e incluem a citação de Salmos 20:2-6. Portanto, o segundo mais antigo documento com um texto bíblico é escrito em egípcio reformado, porque o demótico é uma forma de egípcio reformado usando escrita cursiva.
O terceiro mais antigo documento com texto bíblico seria um Rolo do Mar Morto, descoberto em 1947-48, apesar de que alguns foram encontrados em 1985-1986. Eles estavam escondidos em jarras colocadas em cavernas preservados para as futuras gerações encontrarem. Eles provavelmente foram escritos por pessoas que fugiam por aquela área. Um desses rolos contém os versículos de Êxodo 4: 2-17, e foi escrito em meados do Século III a.C. de modo que é um das mais antigas cópias de um texto bíblico e um que foi escondido para ser descoberto pelas futuras gerações.
Então, estas críticas levantadas contra O Livro de Mórmon têm voltado para morder os críticos e para demonstrar que os mais antigos textos da Bíblia seguem o mesmo padrão do Livro de Mórmon.
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