Missão

Nossa missão é divulgar artigos de pesquisas científicas a respeito da arqueologia, antropologia, geografia, sociologia, cronologia, história, linguística, genética e outras ciências relacionadas à cultura de “O Livro de Mórmon - Outro Testamento de Jesus Cristo”.

O Livro de Mórmon conta a verdadeira história dos descendentes do povo de Leí, profeta da casa de Manassés que saiu de Jerusalém no ano 600 a.C. (pouco antes do Cativeiro Babilônico) e viajou durante 8 anos pelo deserto da Arábia às margens do Mar Vermelho, até chegar na América (após 2 anos de navegação).

O desembarque provavelmente aconteceu na Mesoamérica (região que inclui o sul do México, a Guatemala, Belize, El Salvador, Honduras, Nicarágua e parte de Costa Rica), mais precisamente na região vizinha à cidade de Izapa, no sul do México.

Esta é a região onde, presumem os estudiosos, tenha sido o local do assentamento da primeira povoação desses colonizadores hebreus.

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25 julho 2013

LINGUÍSTICA - Egípcio Reformado: "Na Língua de Meus Pais"

1ª DE QUATRO PARTES



Richard G. Grant.
© Copyright 1999

Tradutor Elson C. Ferreira – Curitiba/Brasil – Julho/2013

·       Conclusão
·       Referências

O Que é Egípcio Reformado?
Morôni disse:

 32 E agora, eis que escrevemos este registro de acordo com nosso conhecimento, em caracteres denominados por nós aegípcio reformado, sendo transmitidos e alterados por nós segundo nossa maneira de falar. (Mórmon 9:32).

Alguns críticos do Livro de Mórmon menosprezam esta afirmação sobre a linguagem do Livro de Mórmon, dizendo, “não existe esse tipo de linguagem como Egípcio Reformado” — “nunca houve um simples exemplo [que tenha sido] encontrado”. [Seria] este um caso de deliberada má interpretação? Certamente [que] não existe tal liidioma! Morôni disse, em caracteres denominados por nós aegípcio reformado [“nos caracteres que são chamados entre nós o egípcio reformado” tradução livre - o Tradutor] — um pequeno “r”, um adjetivo. Desse modo, Morôni deixa claro que eles são os únicos que deram esse nome à sua linguagem escrita, uma linguagem “que nenhum outro povo conhece”. (Morôni 9:34). Além disso, Morôni diz [que] eles “alteraram” os caracteres egípcios. Eles o chamavam de “reformado” porque eles o haviam alterado.

Eles estavam usando caracteres egípcios alterados para escrever sua linguagem que não era egípcia. Nossos detratores clamarão que não se pode fazer isso. Bem, isso pode ser o que eles desejam que seus seguidores acreditem, mas isso não é o que os fatos da história confirmam.

Primeiro vamos entender melhor o conceito de uma linguagem reformada.

Existe um povo interessante vivendo em várias comunidades da Carolina do Norte. Eles são chamados Hmongs. Eles vieram de um país de altas colinas [chamado] Laos. Sua linguagem é antiga e aos nossos ouvidos é difícil reconhecê-la enquanto falam. Além disso, eles não têm uma linguagem escrita — ou seja, eles não tinham até recentemente. Hoje eles usam caracteres do idioma inglês para representar os sons da sula linguagem Hmong. Isto pode ser chamado de inglês reformado. De fato ele não é. Ele realmente não é nada parecido [com o idioma] inglês e os caracteres que nós usamos para escrever em inglês não são caracteres ingleses — eles são caracteres romanos. Neste sentido, o idioma inglês é na verdade latim reformado. Caracteres romanos são usados para escrever muitos idiomas. Eles são usados até mesmo para traduzir o chinês, o japonês e o hebraico de forma mais acessível para pessoas de fala inglesa. Isto também pode ser chamado de latim reformado entretanto, eles geralmente são chamados de chinês, japonês ou hebraico romanizado.

Morôni disse que eles haviam alterado os caracteres egípcios. Isto é mais do que apenas usar esses caracteres para escrever em outro idioma. Os caracteres foram alterados, talvez, para acomodar alguma característica peculiar de sua linguagem falada. É exatamente isto que fazemos quando romanizamos o hebraico e outras línguas.

Mostramos acima um trecho do Strong's Hebrew Dictionary. As palavras são primeiro mostradas em caracteres hebraicos, seguidos por uma representação omãnizada da mesma palavra. Observe, entretanto, que os caracteres romanos estão alterados. Há um ô, um â, um î, e um û, que não fazem parte do alfabeto inglês. Estas letras são parte do alfabeto multinacional. Muitos reconhecerão que estas letras e [outras letras] similares são usadas quando se escreve em espanhol e em francês.

Esta versão romanizada do hebraico representa completamente o princípio do egípcio reformado. Mas, existem exemplos de caracteres ou escrita egípcia usados para registrar outra linguagem além da egípcia. Certamente que há.

William J. Hamblin, num artigo da FARMS intitulado, Reformed Egyptian,(1) [http://de-jerusalem-as-americas.blogspot.com.br/2012/04/linguistica-egipcio-reformado-reedicao.html é o artigo mais lido deste blog] diz que “há numerosos exemplos de caracteres egípcios modificados (ou reformados) sendo usados para escrever linguagens não egípcias”. Ele discute cinco exemplos. Um é particularmente relevante: Um texto escrito em caracteres egípcios recentemente descoberto foi determinado ser uma interpretação em linguagem aramaica do Salmo 20: 2-6 — Caracteres egípcios usados para escrever um texto bíblico numa linguagem semítica. Isto certamente soa muito parecido com o egípcio reformado de Morôni.

A argumentação mais esclarecedora de Hamblin tem a ver com a história da moderna linguagem escrita. Ele se refere a três publicações (de 1969, 1987, 1988), cada uma das quais descreve a derivação de alfabetos modernos dos hieróglifos egípcios. Ele trata do alfabeto fenício que derivou a escrita egípcia, o alfabeto grego do povo fenício, e o latim [que derivou] do grego. Ele cita um desses escritores enquanto declara, “os hieróglifos vivem, apesar de ser em forma transmutada [ou não poderíamos dizer reformada?], dentro do nosso próprio alfabeto”.

VAI CONTINUAR NA PRÓXIMA SEMANA...

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