Exame do Pensamento Geográfico
do Livro de Mórmon
Joseph L. Allen, Ph.D.
Excertos
de Exploring the Lands of the Book of Mormon
Joseph L.
Allen recebeu seu grau de Ph.D. Em Escrituras Antigas e Modernas com ênfase em
O Livro de Mórmon e Mesoamérica na Brigham Young University. Como
um professor e palestrante, o Dr. Allen serviu no Sistema Educacional d'A
Igreja por 18 anos. Joe e Rhoda já viveram em Utah, Idaho, Arizona, Texas,
Chihuahua, Cidade do México, Cidade da Guatemala e Espanha enquanto cumpriam
designações da Igreja ou empreendimentos comerciais.
Dr. Allen é o autor dos livros Exploring
the Lands of the Book of Mormon e Sacred
Sites, que apresentam análises detalhadas e estudos de descobertas
arqueológicas em sítios propostos como lugares onde ocorreram eventos do Livro
de Mórmon.
“Não seria
uma má ideia comparar as ruínas das cidades [encontradas pelas explorações] do
Sr. Stephens com as cidades do Livro de Mórmon. Luz se apega à luz e fatos são
apoiados por fatos. A verdade não injuria a ninguém.” (Joseph Smith, Times and
Seasons 3:927)
Desde a
publicação do Livro de Mórmon em 1830, muitas tentativas foram feitas e ainda
continuam, para estruturar O Livro de Mórmon num cenário geográfico. Algumas
teorias têm sido apresentadas com aspecto dogmático, enquanto que outros
determinam tentativas cautelosas. A frustação tem feito com que muitos membros
d'A Igreja ignorem completamente tudo o que se parece com geografia do Livro de
Mórmon.
Eu suspeito
que mudanças em minha vida tenham acontecido gradualmente enquanto acompanho
centenas de Santos dos Últimos Dias a viagens de Nova York ao Peru. Após anos
de pesquisas, estudos e viagens pelas Américas, cheguei à conclusão de que
entender as possíveis culturas nas quais O Livro de Mórmon emergiu é algo que
tem grande valor. Além disso, sinto que eu estaria sendo
falso para com minhas convicções pessoais se eu não “procurasse nos melhores
livros e aprendesse mesmo pelo estudo e pela fé”. Eu cheguei à conclusão de que
quanto mais aprendo sobre a história, cultura e geografia do Livro de Mórmon,
mais entendo esse livro.
Subsequentemente
eliminei o Peru como cenário para O Livro de Mórmon, já que as evidências
arqueológicas são mínimas e as evidências linguísticas são nulas quando
comparado com a Mesoamérica. Nem o período de tempo arqueológico corresponde
substancialmente com O Livro de Mórmon. Apesar de o Peru ter sido o meu
primeiro amor, cheguei ao entendimento de que as ruínas de Machu Pichu e de
outros sítios incas são posteriores ao Livro de Mórmon. O Peru mostra
evidências de culturas menores, existentes durante a época do Livro de Mórmon,
mas certamente não na época em que O Livro de Mórmon parece exigir, e não no
âmbito das civilizações já descobertas e documentadas na Mesoamérica.
http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2010/04/machu-picchu.jpg
Apenas quando eu me satisfiz com a
Mesoamérica, (e somente a Mesoamérica se encaixa nos padrões culturais,
linguísticos, arqueológicos requeridos pelo Livro de Mórmon), então eu me senti
confortável ao tentar propor um panorama geográfico em relação ao Livro de
Mórmon.
Daquela
época em diante eu tenho sempre tentado ser verdadeiro a dois ou três
critérios. Esta declaração significa simplesmente que se fizermos uma hipótese
geográfica para O Livro de Mórmon, devemos testar tal hipótese com a arqueologia, a cultura e com a história tradicional da região. Na ausência desses três testemunhos, sinto que estaríamos pisando
sobre terreno duvidoso. Por outro lado, ser fiel ao Livro de Mórmon é
imperativo, ou seja, locais em relação uns aos outros, direções em relação umas
às outras, e distâncias em relação umas às outras devem ser academicamente
confiáveis de acordo com o próprio texto do Livro de Mórmon.
Qualquer
estudo da geografia do Livro de Mórmon deve aderir estritamente aos critérios
que não alterem o texto do Livro de Mórmon, ao mapa proposto, nem aos sistemas
de datação científica já estabelecidos. A localização das terras, oceanos,
rios, cadeias de montanhas e limites em relação às distâncias e posições
relativas no Livro de Mórmon devem coincidir.
1830‑1847
Templo maia de Tulum, litografia de Catherwood, de Views of Ancient
Monuments
Onze anos
depois que O Livro de Mórmon foi publicado, foi publicado um livro
intitulado Incidents of Travel in Central America, Chiapas, and
Yucatan, escrito por John Lloyd Stephens. Acompanhado por um artista
chamado Frederick Catherwood, Stephens visitou algumas das antigas ruínas da
Mesoamérica. Seu livro não apenas causou grande interesse entre o grande
público, mas também prendeu a atenção de membros d'A Igreja de Jesus Cristo em
Nauvoo. A publicação d'A Igreja Times and Seasons, comentou
em diferentes ocasiões a obra de Stephens. Alguns desses comentários seguem
abaixo:
Fatos são
coisas inflexíveis. De um resumo de Stephens em seu livro "Incidents of
Travel in Central America," será visto que a prova de que nefitas e
lamanitas habitaram neste continente, de acordo com o relato do Livro de
Mórmon, está se desenvolvendo de uma maneira mais satisfatória do que o mais
sanguíneo crente nessa revelação poderia ter antecipado. Ele certamente nos
oferece uma gratificação que o mundo da humanidade não goza, dar publicidade a
tão importante desenvolvimento dos restos e ruínas daquele poderoso
povo.” (Times and Seasons 3:921‑22)
A publicação
d’A Igreja também reportou:
“Os grandes
desenvolvimentos de antiguidades do Sr. Stephen são descobertos aos olhos de
todos os povos na leitura da história dos nefitas no Livro de Mórmon. Eles
viveram perto da estreita faixa da Terra que atualmente abrange a América
Central… Quem teria sonhado que em doze anos haveria de se desenvolver tal
irrefutável testemunho do Livro de Mórmon: Certamente que o Senhor opera e
ninguém O pode impedir.
Litografia de Catherwood' de Stela
D, Copan (1844), de Views of
Ancient Monuments
Não seria
uma má ideia comparar as ruínas das cidades [encontradas pelas explorações] do
Sr. Stephens com as cidades do Livro de Mórmon. Luz se apega à luz e fatos são
apoiados por fatos. A verdade não injuria a ninguém.” (Joseph Smith, Times and
Seasons 3:927)
1847‑1900
Depois que
os Santos chegaram no Vale do Lago Salgado em 1847 e durante o final da década
de 1800, bem pouca informação adicional se espalhou do México e da América
Central com respeito a antigas civilizações.
O pensamento
que era representativo daquela época é resumido por Orson Pratt, quando ele
delineava o cenário histórico do Livro de Mórmon. Sua filosofia geográfica se
tornou parte do pensamento geral dos Santos dos Últimos Dias pelos próximos 100
anos. Ele deu vários discursos sobre esse assunto, começando em 1868.
Orson
Pratt
A premissa
geográfica básica de Pratt era que todo o continente norte Americano era a
Terra do Norte e todo o continente sul americano era a Terra do Sul. O Istmo do
Panamá era designado como a Estreita Faixa de Terra. Ele propôs que Leí
desembarcou próximo a Valparaiso, no Chile.
B. H.
Roberts, grande defensor do Livro de Mórmon e contemporâneo de George Reynolds,
estudou os movimentos intercontinentais dos nefitas durante o período de 600
a.C. a 46 a.C. e concluiu que os nefitas estavam confinados a uma área
relativamente pequena. Ele se refere à migração de 55 a.C dos nefitas para a
“terra que ficava ao norte”, e faz a seguinte declaração:
“Aqui será
próprio dissipar o que eu considero como uma falta de compreensão da extensão
da ocupação nefita do continente norte neste período da história nefita...
entretanto não há evidência que justifique tal conclusão quanto à extensão da
ocupação nefita no hemisfério ocidental em 46 a.C.
“Concluo,
portanto, que esta migração dos nefitas nesta época não se estendeu muito mais
longe [em direção] ao norte do que as partes do sul do México, [o que quer]
dizer aproximadamente o grau 22 de latitude norte; em outras palavras, os
nefitas estavam ocupando o lugar do império e civilização jaredita, e a terra
de Moron, que os nefitas chamavam de “desolação”. (B.H. Roberts 2:199‑200) Brigham Henrry Roberts.
Entretanto,
essa escola de pensamento enquanto refletida nos escritos de Orson Pratt e
George Reynolds, parece aceitável à maioria dos membros d’A Igreja e
virtualmente se tornou uma “tradição mórmon”.
No final dos
anos de 1800, emergiu uma quantidade de teorias que propunham cenários
geográficos contrastantes para O Livro de Mórmon. Esse tipo de ambiente levou
George Q. Cannon, membro da Primeira Presidência em 1890, a fazer a seguinte
declaração:
“Há uma
tendência, fortemente manifestada no presente tempo entre alguns dos irmãos, de
estudar a geografia do Livro de Mórmon. Temos ouvido de numerosas palestras,
ilustradas por mapas sugestivos, sendo distribuídos sobre esse assunto durante
o atual inverno, geralmente sob os auspícios das Associações de Melhoramentos e
Escolas Dominicais.
“Temos sido
levados a esses pensamentos a partir do fato de que esses irmãos que palestram
sobre as terras dos nefitas ou a geografia do Livro de Mórmon não estão unidos
em suas conclusões...
“A Primeira
Presidência tem sido frequentemente solicitada a preparar algum mapa sugestivo
e ilustrativo da geografia nefita, mas nunca consentiu a fazê-lo, nem sabemos
de qualquer dos Doze Apóstolos que tomaria tal tarefa. A razão é que sem
maiores informações eles não estariam preparados nem mesmo para sugerir...
“...Temos
fortes objeções para a introdução de mapas e sua circulação entre nosso povo
que professam dar a localização das cidades nefitas e seus povoamentos..”
(Cannon 18‑19) George Quayle Cannon
A declaração
do Presidente Cannon ainda é encontrada na literatura educacional d’A Igreja
hoje em dia, mesmo à luz do fato de que uma abundância de conhecimento a
respeito das antigas culturas da Mesoamérica tem surgido. Esta atitude tem
desenvolvido entre alguns Santos dos Últimos Dias a tendência de ignorar
totalmente qualquer estudo da história e da geografia do Livro de Mórmon. O
Presidente Cannon concluiu apoiando a ideia de estudarmos a geografia em
relação ao período de tempo do Livro de Mórmon como segue:
“Certamente
que não poderá resultar em dano o estudo da geografia desse continente no tempo
em que ele foi povoado pelos nefitas, retirando toda informação possível desse
[sagrado] registro que foi traduzido para o nosso benefício.” (Ibid)
1900‑1950
Em 1901,
Benjamin Cluff, president da Brigham Young Academy, antecessora
da Brigham Young University, requereu e recebeu permissão da
Primeira Presidência de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias
para organizar a "Expedição Zarahemla" cuja intenção era localizar a
Terra de Zaraemla. Cluff sentiu que uma descoberta dessa natureza seria
vantajosa para a instituição educacional d’A Igreja. O sentimento geral dos
organizadores da expedição era que a terra central do Livro de Mórmon ficava
nas Américas Central e do sul. Quando a expedição chegou ao Istmo de
Tehuantepec, eles registraram o seguinte:
“Entramos
geograficamente na América Central e Tehuantepec e”, pensamos, "entramos
na terra do Livro de Mórmon ao mesmo tempo”.
Então, o
pensamento geral do dia era que a história do Livro de Mórmon cobria um grande
montante de terras da América do Sul até a América do Norte, entretanto, com
respeito às realizações da expedição de 1901,Cluff escreveu que a expedição:
1. Serviu para abrir o conhecimento do
povo mórmon sobre países da América do Sul onde acreditavam que os nefitas e
lamanitas viviam.
2. Provavelmente forneceu algumas
evidências que colaboraram com a teoria de Anthony Ivins e outras autoridades
do Livro de Mórmon de que a estreita faixa de terra falada no Livro de Mórmon
como sendo a jornada de “um dia de sábado” para um nefita, do mar, é o Istmo de
Tehuantepec.
3. Ajudou a aumentar o interesse nas
antigas ruínas das Américas Central e do Sul e assim estimular estudiosos a
fazerem tudo o que puderem para datar a construção daquelas ruínas. (Roberts
e Cluff 162; tirado de Wilkinson e Skousen 161)
Em 1916,
Joel Ricks publicou alguns trabalhos com mapas chamados "Helps to the
Study of the Book of Mormon" (Auxílios para o Estudo do Livro de Mórmon).
Seu trabalho representou uma das primeiras tentativas de localizar o Livro de
Mórmon num mapa.
Istmo de Tehuantepec
Em 1919,
Lewis E. Hills, membro da Igreja Reorganizada, propôs mapas com localização da
Mesoamérica. Ele determinou Veracruz, México, como o lugar onde tanto os
jareditas quanto os mulequitas viveram, e El Salvador com a terra dos nefitas.
Em 1920, as
declarações geográficas nas notas de rodapé do Livro de Mórmon foram retiradas.
Declaração:
a história do Livro de Mórmon aconteceu no Continente Americano do Norte e do
Sul. A América do Sul é a Terra do Sul e a América do Norte é a Terra do Norte.
A Estreita Faixa de Terra o Istmo do Panamá, e as últimas batalhas registradas
no Livro de Mórmon foram lutadas em Nova York, no Monte Cumorah.
Teoria Geográfica Limitada: Uma nova teoria se levantou na
geografia do Livro de Mórmon sugerindo que as distâncias relativas no Livro de
Mórmon eram bem menores do que tradicionalmente aceito. Um escritor, Niles
Washburn, desenvolveu um mapa mas se refreou de o correlacionar com um mapa
existente.
A abordagem da teoria geográfica interna parecia estável na literatura
autorizada da Igreja. Como evidenciado por um artigo que apareceu em 1938 nas
publicações da Igreja, a revista Improvement Era. Lynn C.
Layton foi autor do artigo mas esta apresentação é única em que ela não tenta
colocar a cena de ação no mapa atual, mas meramente indica as posições
relativas de um lugar com respeito a outro, como inferido do estudo do texto. (Improvement
Era 1938:394‑95)
Outro
importante evento que definiu a precedência para o estudo da história e
geografia do Livro de Mórmon. O Elder John A. Widtsoe, membro do Quorum dos
Doze Apóstolos organizou o Department of Archaeology at Brigham
Young University. Então o Dr. Wells Jakeman, que na época havia
recentemente recebido o grau de Ph.D. em Arqueologia da Universidade de
Berkeley, foi escolhido como presidente do recém formado departamento. O Dr.
Jakeman se tornou conhecido como o pai da arqueologia do Livro de Mórmon. Ele
seguiu a abordagem da teoria geográfica limitada para o cenário do Livro de
Mórmon e propôs que sua história aconteceu na área chamada Mesoamérica. Esta
proposta se tornou conhecida como a “Teoria Limitada de Tehuantepec".
Max Wells Jakeman (1910 – 1998)
Thomas
Ferguson se tornou um entusiasta nos estudos do Livro de Mórmon em relação a
arqueologia. Ele fez a primeira de 25 visitas ao México em 1946 e a última em
1983, um mês antes do seu falecimento. Assim como Jakeman, Ferguson favoreceu a
Mesoamérica ou a "Teoria Limitada de Tehuantepec" – que diz que
virtualmente toda a história registrada no Livro de Mórmon ocorreu no México e
na América Central. Em 1947 Ferguson escreveu um manual de 78 páginas
intitulado Cumorah‑Where? Cumôra – Onde?)
1950-1989
Uma
organização chamada de Society for Early Historic Archaeology – SEHA (Sociedade
de Arqueologia Histórica Antiga) foi formada na Brigham Young
University, com Wells Jakeman como seu presidente.
Thomas
Stuart Ferguson se tornou uma força motriz na arqueologia mesoamericana e do Livro
de Mórmon. 1950, ele e Milton R. Hunter, membro do Quorum dos Setenta,
publicaram o livro Ancient America and the Book of Mormon (América
Antiga e O Livro de Mórmon) Em 1958 Ferguson escreveu o livro One Fold
and One Shepherd (Um Rebanho e Um Pastor).
Thomas S.
Ferguson
Os
incansáveis esforços de Ferguson na pesquisa do Livro de Mórmon e da
Mesoamérica levou ao estabelecimento da New World Archaeological
Foundation – NWAF (Fundação Arqueológica Novo Mundo), que recebeu
apoio financeiro d’A Igreja à partir de 1955. De 1961 até hoje essa organização
se tornou conhecida como BYUNWAF. In 1988, seu quartel geral foi mudado para o
campus da Brigham Young University, em Chiapas, México.
O arqueólogo
Gareth Lowe serviu como director de campo durante a maior parte desse tempol.
Howard W. Hunter, membro do Quorum dos Doze, serviu como president dessa
organização. Thomas Ferguson serviu como secretário até seu falecimento.
Os
arqueólogos Bruce Warren, Garth Norman, Tom Lee, and Pierre Agrinier,
juntamente com dezenas de estudantes e trabalhadores, fizeram da NWAF a
entidade líder em arqueologia mesoamericana durante estes muitos anos. A ênfase
foi colocada na pesquisa arqueológica sem inferência no Livro de Mórmon. (Para
uma análise mais detalhada da NWAF, ver The Messiah in Ancient America,
pp. 247‑84.) de Warren e Ferguson.
Garth
Norman
De 1950 a
1980, as duas mais proeminentes escolas de pensamento da arqueologia do Livro
de Mórmon continuaram a existir, como seguir:
1. Uma quantidade de autores e membros d’A
Igreja endossam a “Teoria Limitada de Tehuantepec".
2. Outros autores e membros d’A Igreja se
apegaram ao conceito tradicional das Américas do Norte e do Sul, expressando
forte sentimento de que Nova York foi o local das batalhas finais do Livro de
Mórmon.
Durante os
anos décadas de 1950 e 1960, um tipo de febre geográfica fez com que muitos
membros d’A Igreja pensassem erroneamente que tudo que viesse das Américas
Central e do Sul estivesse relacionado com O Livro de Mórmon. Esta abordagem
shotgun, em muitas ocasiões, não considerou a datação dos locais. Entusiasta rotulavam
tudo aleatoriamente como se fosse relacionado ao Livro de Mórmon.
O
livro Ancient America and the Book of Mormon, de Milton R.
Hunter e Thomas S. Ferguson publicado em 1950, demonstrou uma séria tentativa
de correlacionar os registros das Crônicas Espanholas com as culturas do Livro
de Mórmon, inclusive na época em que as primeiras porções dos registros de
Ixtlilxochitl foram traduzidos para o idioma inglês. Como declarado, Ferguson
publicou sua obra One Fold and One Shepherd in 1958, e em 1959
Hunter publicou o livro Christ in Ancient America (Cristo na
América).
Milton R.
Hunter
Para a maior
parte, entretanto, a literature educacional d’A Igreja reflete um tipo de
atitude que evita não se comprometer. Em 1976 o Dr. Daniel Ludlow,
professor de Religião da Brigham Young University, escreveu a
obra A Companion to Your Study of the Book of Mormon. Como um estudioso do Livro de Mórmon e
da Bíblia, o Dr. Ludlow seguiu o padrão de desenho de um mapa geográfico
interno sem referências a um mapa já existente.
Entretanto,
a maioria dos escritores atuais e o corrente pensamento acadêmico parece ser a
favor de um cenário mesoamericano para O Livro de Mórmon. Este desenvolvimento
tem surgido como resultado de intensos estudos tanto da Mesoamérica quanto do
próprio Livro de Mórmon.
Sorenson,
que abriu as portas para mais pesquisas, apresentou O Livro de Mórmon em
relação a sítios arqueológicos mesoamericanos. Sua detalhada análise culminou
com um trabalho de uma vida inteira de trabalho como antropólogo e estudioso
mesoamericanista. Seu trabalho acadêmico determinou o estágio para estudos
adicionais sobre esse assunto. Sorenson serviu como presidente do Departamento
de Antropologia da Brigham Young University de 1978 até 1986,
ano em que se aposentou.
Num discurso
na Faculdade da Brigham Young University, o Presidente Spencer W.
Kimball disse:
“A cultural
amanita/nefita significa muito para o povo d’A Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos Últimos Dias, e é apropriadamente. Aqui na B.Y.U. não devemos ter a
maior coleção de artefatos, relatos, registros e escritos concernente a eles no
mundo? Através de revelação nós temos recebido muito conhecimento com respeito
a esses povos. Não deve então a B.Y.U. ser preeminente nesse campo da
cultura? (Spencer W. Kimball, Faculty Address, September 12, 1967,
Brigham Young University)
Spencer
W. Kimball
Em 10 de
Novembro de 1985, O Presidente Ezra Taft Benson foi separado com Profeta,
Vidente e Revelador de Presidente d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias. Em seu primeiro discurso na Conferência como Presidente, em Abril
de 1996, ele proclamou vividamente a importância do Livro de Mórmon com fortes
palavras:
Ezra
Taft Benson
“A menos que
leiamos O Livro de Mórmon e demos ouvidos aos seus ensinamentos, o Senhor
declarou na Seção 84 de Doutrina e Convênios que toda A Igreja está sob
condenação: "E esta condenação repousa sobre os filhos de Sião, mesmo para
sempre." (D&C 84:56)
O Senhor
continua: "E eles permanecerão sob esta condenação até que se arrependam e
se lembrem do novo convênio, mesmo O Livro de Mórmon e os antigos mandamentos
que eu lhes dei, não somente para falar, mas para fazer de acordo com o que eu
tenho escrito." (D&C 84:57)
Agora nós
não apenas precisamos falar mais a respeito do Livro de Mórmon, mas precisamos
a agir mais com ele...
O Profeta Joseph Smith disse:
"O
Livro de Mórmon era mais correto que qualquer outro livro na terra e a chave da
nossa religião, e que um homem se aproximaria de Deus seguindo seus preceitos,
mais que qualquer outro livro." (Introdução do Livro de Mórmon).
O Livro de
Mórmon não tem sido nem é ainda o centro do nosso estudo pessoal, ensino
familiar e serviço missionário. Disso nós temos que nos arrepender...” (Benson,
"Cleansing the Inner Vessel" 5)
Eu os
abençoo com um entendimento cada vez maior do Livro de Mórmon. Eu prometo que
desse momento em diante, se nos banquetearmos diariamente em suas páginas e
permanecermos em seus preceitos, Deus derramará sobre cada filho de Sião e à
Igreja uma bênção até agora desconhecida – e nós pediremos ao Senhor que Ele
comece a retirar a condenação – a maldição e julgamento. Disso eu presto solene
testemunho” (Benson, "A Sacred Responsibility")
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