Missão

Nossa missão é divulgar artigos de pesquisas científicas a respeito da arqueologia, antropologia, geografia, sociologia, cronologia, história, linguística, genética e outras ciências relacionadas à cultura de “O Livro de Mórmon - Outro Testamento de Jesus Cristo”.

O Livro de Mórmon conta a verdadeira história dos descendentes do povo de Leí, profeta da casa de Manassés que saiu de Jerusalém no ano 600 a.C. (pouco antes do Cativeiro Babilônico) e viajou durante 8 anos pelo deserto da Arábia às margens do Mar Vermelho, até chegar na América (após 2 anos de navegação).

O desembarque provavelmente aconteceu na Mesoamérica (região que inclui o sul do México, a Guatemala, Belize, El Salvador, Honduras, Nicarágua e parte de Costa Rica), mais precisamente na região vizinha à cidade de Izapa, no sul do México.

Esta é a região onde, presumem os estudiosos, tenha sido o local do assentamento da primeira povoação desses colonizadores hebreus.

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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

HISTÓRIA - Registros da Antiga América

Bruce W. Warren

Excertos New Evidences of Christ in Ancient America
(Book of Mormon Research Foundation, 1999, pp. 41, 42).

Tradutor: Elson C. Ferreira - Curitiba/Brasil - Dezembro/2010
Ixtilxochitl
O conhecimento da existência, em épocas anteriores, de livros sagrados na antiga Mesoamérica foi amplamente divulgado no México e América Central quando os primeiros europeus chegaram após a descoberta da América por Cristóvão Colombo.
Teoamoxtli - Termo no dialeto Nauatl que significa “livro sagrado” ou “livro secreto”, ou “escritura religiosa”. (cf. Jansen & Pérez Jiménez 2004).
Ixtlilxochitl sabia que tais livros existiam na Mesoamérica em tempos muito antigos. Ele fala da compilação de um livro divino por Huematzin, que viveu do Século XII depois de Cristo:
Ixtlilxochitl Ome Tochtli foi governador (tlatoani) da cidade-estado de Acolhua, Texcoco desde 1409 até 1418 e pai do famoso “rei-poeta” Nezahualcoyotl.
Nezahualcoyotl conforme apresentado no Códice Ixtlilxochitl (fol. 106r), pintado aproximadamente um século depois da sua morte.
Antes de continuar eu gostaria de fazer um relato sobre Huematzin, o astrólogo [weˈmatsin] é mencionado em alguns Códices Mesoamericanos como sendo sábio membro da nobreza Toltec e estudioso que viveu durante o Século VIII d.C. Não se sabe se ele foi realmente uma personagem histórica ou uma figura lendária. De acordo com as crônicas astecas ele era o homem mais sábio em Tollan, cidade dos toltecas que pode ou não pode ser identificada com o sítio arqueológico de Tula, Hidalgo, e dono de muitos livros sagrados chamados de eoamoxtli na linguagem Nahuatl.


O nome de Huematzin está num manuscrito feito pelo estudioso indígena e homem nobre chamado Fernando de Alva Cortés Ixtlilxochitl, (nasc. entre 1568 e 1580, Texcoco — 1648, Cidade do México) "Relaciones Históricas", escrito por volta do ano de 1600.


Antes de morrer, ele reuniu todas as histórias dos toltecas, desde a criação do mundo até a sua época [1200 d.C.] e  as retratou num grande livro, todas as perseguições e dificuldades, sua prosperidade e bons acontecimentos, reis e senhores, as leis e o bom governo de seus ancestrais, antigos dizeres e bons exemplos, templos, ídolos, sacrifícios, ritos e cerimonias que tinham, astrologia, filosofia, arquitetura e outras artes, tanto boas quanto más, e um resumo de todas as coisas da ciência, conhecimento, batalhas prósperas e adversas, e muitas outras coisas; e ele intitulou este livro, chamando-o de  Teoamoxtli, o qual, bem interpretado significa Várias coisas de Deus e livro divino: os nativos agora chamam as Santas Escrituras Teoamoxtli, porque é quase o mesmo, principalmente nas perseguições e dificuldades dos homens. (Hunter e Ferguson 1950, 337--38)
O “livro divino” a que Ixtlilxochitl se refere trata da criação do mundo e da história de alguns dos colonizadores do Novo Mundo. A completa consistência entre a declaração de Ixtilxochitl de que esses colonizadores possuíam histórias e a história da criação do mundo e a declaração do padre católico  Dionisio Jose Chonay é significativa.
Totonicapán,Guatemala C.A.
No preâmbulo do Titulo de Totonicapan, que ele traduziu da linguagem maia para o espanhol em 1834, Chonay explica:



“Seu dito manuscrito consiste de trinta e uma páginas e um quarto; mas a tradução das primeiras páginas foi omitida porque elas são sobre a criação do mundo, de Adão, o primeiro paraíso no qual Eva foi enganada, não por uma serpente, mas pelo próprio Lúcifer, como um anjo de luz.”  (Recinos and Goetz 1953. 166-67).
As informações da criação do Gênesis dos antigos colonizadores ainda estava na posse dos maias na Guatemala quando o Titulo dos Senhores de Totonicapan foi escrito em 1554. Tanto Ixtlilxochitl quanto os Senhores de Totonicapan creditam aos primeiros colonizadores a posse do relato da criação. Eles, portanto, corroboram um com o outro.


Huematzin viveu no 12º e 13º séculos depois de Cristo e foi um grande líder religioso e profeta. O livro divino de Huematzin cobre o período da criação do mundo até a sua época, o Século XII. Naquele tempo, o livro de Huematzin compreenderia o aparecimento pessoal do Messias-Redentor ao Novo Mundo e deveria conter os detalhes desse aparecimento e de seu ministério.
Popol Vuh
Vem do povo de Chichicastenango, nos belos altiplanos da Guatemala, vizinhos dos nobres de Totonicapan, outro testemunho independente do livro sagrado da antiga Mesoamérica. Os Quiche-Maia foram a mais poderosa nação dos altiplanos guatemaltecos nos tempos imediatamente antes da conquista espanhola e foram um ramo dos antigos Maias. Antes da conquista eles pintaram o Popol Vuh em hieroglifos. Ele foi o primeiro transcrito na linguagem Quiche em meados do Século XVI por nativos Quiche-Maya altamente letrados. (Tedlock 1985, 28, 59-61):     
O mais antigo registro escrito (ms c.1701 por Francisco Ximénez, O.P.)
“Isto nós escreveremos agora [texto alfabético do Século XVI] sob a Lei de Deus e da cristandade; nós o trazemos à luz porque agora o hieroglífico Popol Vuh, como é chamado, não pode mais ser visto, no qual era claramente visto a vinda do outro lado do mar e a narração da nossa obscuridade, e nova vida foi claramente vista. O livro original, escrito há muito tempo, existe, mas sua visão está escondida ao pesquisador e ao pensador. Grandes foram as descrições e o relato de como todo o céu e a terra foram formados; como ela foi formada e dividida em partes; como o céu foi dividido, e o cordão de medir foi trazido, e ele foi estendido no céu e sobre a terra, nos quatro ângulos, nos quatro cantos, como foi dito pelo Criador e o Feitor, a Mãe e o Pai da Vida, de todas as coisas relacionadas, aquele que dá respiração e pensamento, aquele que vigia pela felicidade das pessoas, a felicidade da raça humana, o homem sábio, aquele que medita na bondade de tudo o que existe no céu, na terra, nos lagos e no céu.” (Tedlock 1885, 712-72)
A mesma fonte faz outra referência ao livro sagrado da antiga Mesoamérica, o Popol Vuh:
Grandes homens e maravilhosos homens são os reis Gucumatz e Cotuha, os maravilhosos reis Quicab e Cavizimah. Eles sabiam se haveria guerra e tudo era claro diante de seus olhos; eles viam se haveria morte e fome, se haveria contenda. Eles bem sabiam que havia um livro que eles chamavam de Popol Vuh, (Tedlock 1985, 219)
Bem no final do Popol Vuh do Século XVI o autor explica novamente que ele havia escrito porque o original, sagrado e antigo livro havia desaparecido havia muito tempo. Ele estava provendo o melhor substituto que ele podia apresentar no lugar do original. “E esta foi a vida de Quiche, porque não pode pode ser visto o livro do Popol Vuh que os reis tinham nos velhos tempos, pois ele tinha desaparecido.” (Recinos 1950, 234-35).
Referências:


Recinos, Adrian, and Delia Goetz. The Annals of the Cakchiquels. Norman: University of Oklahoma Press, 1953.

Recinos, Adrian. Popol Vuh: The Sacred Book of the Ancient Quiche Maya. English version by Sylvanus G. Morley and Delia Goetz.Norman: University of Oklahoma Press. 1950.

Tedlock, Dennis, trans. Popol Vuh: The Definitive Edition of the Maya Book of the Dawn of Life and the Glories of Gods and Kings. New York: Simon and Schuster, 1985.

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