Izapa é um grande sítio arqueológico pré-Colombiano localizado no Estado mexicano de Chiapas; foi ocupada durante o Período pré-Formatico. O sítio está situado junto ao Rio Izapa, um afluente do Rio
Suchiate, junto à base do vulcão Tacaná, a quarta maior montanha do México.
A colônia de Izapa se estende por mais de 3,5 Km, tornando-o o maior sítio em Chiapas. O lugar chegou ao seu apogeu entre os anos 600 a.C. e 100 d.C.; vários arqueólogos teorizam que Izapa pode ter sido colonizada até antes de 1500 a.C., fazendo dela o mais antigo sítio Olmeca de San Lorenzo Tenochtitlán e La Venta. Izapa permaneceu ocupada através do antigo Período Clássico. O período de height de Izapa ainda é desconhecido devido ao pouco material para datação de carbono, por isso o assundo ainda é largamente debatido.
Devido à abundância de monumentos esculpidos em Izapa stelae, o termo “Estilo de Izapa” é usado para descrever obras similarmente executadas nas ilhas do Pacífico e nos altiplanos, incluindo alguns encontrados em Takalik Abaj e Kaminaljuyu.[1]
Izapa fica localizada numa terra úmida e montanhosa feita de solo vulcânico, embora seja um solo fértil para a agricultura. O clima é muito quente e úmido. A área ao redor de Izapa foi uma grande região produtora de cacau conhecida como a região de Soconusco, que foi usada pelos Astecas.
Traçado do local e arquitetura
Izapa foi o maior sítio que incluia extensivos monumentos e arquitetura. O local tem oito grupos de montes com 80 e 130 montes no total, dos quais apenas a metade tenha sido restaurada. A arquitetura de Izapa soma aproximadamente 250 mil metros cúbicos, quando somados. O sítio inclui pirâmides, semitérios e praças, e possivelmente dois campos esportivos. Há duas grandes áreas abertas que parecem campos de jogo de bola encontrados em outros sítios mesoamericanos, mas não é claro se estes dois campos eram usados mesmo para jogos com bola. O monte 30A era onde uma pirâmide cp, escadaroas foi construída. Esta pirâmide tinha algo em torno de dez metros de altura e provavelmente era usada para propósitos religiosos e cerimoniais.
Igual a muitos sítios mesoamericanos, Izapa foi construída bem a leste do norte verdadeiro, e está alinhada como o vulcão Tacaná e também parece estar situada na direção do horizonte do solstício de Dezembro.
Izapa e outros locais do Período Formativo.
Izapa e outras civilizações mesoamericanas
Michael Coe descreve Izapa como sendo uma conexão entre os Olmecas e os primeiros Maias. Ele sustenta seu argumento com um grande montante de motivos de estilo Olmeca usados na arte de Izapa, inclusive o jaguar, bocas humanas viradas para baixo, a Cruz de São Andrew, sobrancelhas de chamas, céus e nuvens enrolados, e estatuetas com rosto de bebê. Também usado em apoio à hipótese de Coe, estão elementos da cultura maia, apesar de serem derivados de motivos izapeanos, inclusive similaridades nos estilos de arte e arquitetura, continuidade entre monumentos maias e izapeanos, e deidades compartilhadas.
Outros arqueólogos argumentam que ainda não se sabe o suficiente para apoiar a hipótese de Coe e que o termo “Estilo Izapeano” deve somente ser usado quando se quizer descrever a arte proveniente de Izapa. Virginia Smith argumenta que a arte de Izapa é um estilo tão único e diferente para ser resultado da influência olmeca ou o precursor da arte maia. Ela diz que a arte de Izapa é de um local muito específico e não se espalhou para muito longe desse local. A arte de Izapa muito provavelmente influenciou indiretamente a arte maia, e que seria apenas uma das muitas influência sobre os maias.
Izapa também é incluída no debate da origem do calendário de 260 dias, que originalmente se pensava ser uma invenção Maia, mas recentemente foi levantada a hipótese de que esse calendário se originou em Izapa. Esta hipótese é apoiada pelo fato de que Izapa se encaixa nas condições históricas e geográficas, melhor do que os locais em que anteriormente se pensava ser os de sua origem.
Stela 2 de Izapa
Arte monumental de Izapa
Izapa ganhou fama por causa de seu estilo artístico. A arte encontrada nesse sítio inclui escultuas de pedra (stelae) e também altares que se parecem com a forma de rãs. As stelae e altares geralmente estão juntos, onde os sapos simbolizam a chuva. Muito da arte de Izapa, cuja característica inclui grandes de pessoas, e não apenas indivíduos. Há características comuns na arte de Izapa, tais como objetos alados, divindades com longos lábios muito parecidas com o Chaac dos maias,[2] turbilhões no céu como dos Olmecas e nuvens, boca de felinos usadas como corpos, representação de animais (crocodilos, jaguares, rãs, peixes, pássaros), -like swirling sky and clouds, feline mouth used as frame, representation of animals (crocodile, jaguar, frog, fish, birds), sobreposiçõe e desencontros.
O grande número de esculturas supera o de qualquer outro sítio contemporâneo. Garth Norman contou 89 stelae, 61 altares, 3 tronos e 68 outros monumentos em Izapa. Em contraste às esculturas da cultura Epi-Olmeca a 550 km através do Isthmo de Tehuantepec, a escultura de Izapa tem característica mitológica e assuntos religiosoa, e é cerimonial e frequentemente natureza narrativa.[3]
Também em contraste com os monumentos Epi-Olmeca e com as stelae maias, os monumentos de Izapa raramente contém glifos. Apesar de que isto pode implicar em que na cultura de Izapa havia a falta de sistema de escrita, Julia Guernsey, autora de uma obra definitiva sobre a escultura de Izapa, propõe que os monumentos eram intencionalmente livres de linguagem escrita e que "a posição de Izapa na juntura de duas regiões lingüísticas [i.e. Mixe-Zoque e Miya] pode terfomentado a propenção para uma estratégia não-verbal de comunicação."[4]
Monumentos notáveis
Izapa Stela 2,
Como Stela 25, tem sido ligada à batalha dos Heróis Gêmeos dos Maias contra Vucub Caquix, um poderoso governante pássaro-demônio do sub-mundo maia, também conhecido como Arara Sete.
Mostra uma divindade brandindo um bastão. As pernas dessa divingade se transforma numa serpente se enrolando em seu corpo. Pode ser uma forma primitiva da divindade K dos maias, que levava o cajado.
Mostra a dança de um pássaro, que apresenta um rei sendo transformado num pássaro. A cena é muito provavelmente ligada ao Princípio do Pássaro Deus. Esta transformação pode simbolizar xamanismo e êstase, significando que o xaman governante usou alucinógenos para viajar para outro mundo. O tipo de sistema político que era usado em Izapa ainda é desconhecido, apesar de que Stela 4 pode sugerir que o xaman era um governante. Este xaman-governante poderia desempenhar o papel de líder político e religioso.
Apresenta talvez o relevo mais complexo em Izapa. A imagem central é uma grande árvore, que é rodeada por doze figuras humanas e dezenas de outras imagens.
Izapa Stela 8
Izapa Stela 14
Izapa Stela 21
É uma rara apresentação envolvendo violência envolvendo divindades. Ilustra um guerreiro segurando a cabeça decaptada de uma divindade.
Possivelmente contém cena do Popol Vuh. A imagem mostrada em Stela 25 provavelmente é dos Heróis Gêmeos dos Maias alvejando um pássaro divindade com uma zarabatana. Esta cena também é mostrada num pote maia chamado "Blowgunner Pot"(sopro ou golpe do caçador). Também sugere-se que Stela 25 pode ser visto como um mapa do ceú noturno que foi usado para contar a história dos Heróis Gêmeos alvejando o pássaro divindade.
* | O Cenário da Criação de Izapa A praça quadrangular do Gropo B era o foco da atuvudade ritual em 300 a.C. Embora a praça do Gropo B contenha muitas combinações entre stelae e altares, ela é mais famosa por seus arranjos triádicos de pilares. Cada um dos três pilares, de cerca de 130 cm de altura, porta uma esfera de pedra de 70 cm de diâmetro. O aranjo triádico dos pilares é o equivalente às Três Pedras da Criação, que também se reflete no céu noturno nos tres altares do cinturão da constelação Orion. |
Notes
-
^ Pool, p. 264. -
^ Pool, p. 272. -
^ Pool (p. 272) and Guernsey (p. 60) both refer to Izapan art's "narrative" quality. -
^ Guernsey, p. 15.
Referências
Smith, Virginia G., Izapa Relief Carving: Form, Content, Rules for Design, and Role in Mesoamerican Art History and Archaeology, Dumbarton Oaks, 1984
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