Missão

Nossa missão é divulgar artigos de pesquisas científicas a respeito da arqueologia, antropologia, geografia, sociologia, cronologia, história, linguística, genética e outras ciências relacionadas à cultura de “O Livro de Mórmon - Outro Testamento de Jesus Cristo”.

O Livro de Mórmon conta a verdadeira história dos descendentes do povo de Leí, profeta da casa de Manassés que saiu de Jerusalém no ano 600 a.C. (pouco antes do Cativeiro Babilônico) e viajou durante 8 anos pelo deserto da Arábia às margens do Mar Vermelho, até chegar na América (após 2 anos de navegação).

O desembarque provavelmente aconteceu na Mesoamérica (região que inclui o sul do México, a Guatemala, Belize, El Salvador, Honduras, Nicarágua e parte de Costa Rica), mais precisamente na região vizinha à cidade de Izapa, no sul do México.

Esta é a região onde, presumem os estudiosos, tenha sido o local do assentamento da primeira povoação desses colonizadores hebreus.

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10 julho 2010

GEOGRAFIA - Tendas Asnos e Camelos - 1 Néfi 2:4

Alan C. Miner
Step  by Step  Through the Book of Mormon
(Passo a Passo Através do Livro de Mórmon)
Extratos de Lynn M. e Hope A. Hilton
In Search of Lehi's Trail
(Em Busca da Trilha de Leí) p. 49, 52-53, 9
George Potter e Richard Wellington

Discovering The Lehi-Nephi Trail
(A Descoberta da Trilha de Leí e Néfi-2000)

Tradutor Elson C.arlos Ferreira–Curitiba–Janeiro/2006

De acordo com os Hiltons, quando Leí deixou Jerusalém, eles provavelmente usaram asnos para carregar suas tendas e provisões. A terra ao redor da cidade é muito difícil e rochosa, consequentemente muito poucos camelos, com suas patas macias, estariam em evidência.

Os beduínos que foram visitados pelos Hiltons asseguraram que cada tenda pesa aproximadamente 225 Kg.
As tendas teriam sido embaladas separadamente entre paredes, repartições e teto, e carregadas por três asnos, sendo necessários 3 asnos para cada tenda, e seria necessário também um asno por pessoa, no mínimo, para levar suas provisões.

Não importa qual rota Leí tenha tomado para deixar Jerusalém, ele teria recorrido a um mercado de camelos onde poderia trocar seus asnos por camelos. Ele também poderia levar dinheiro consigo, pois ter deixado seu ouro e sua prata para trás não significa que tenha partido sem dinheiro nenhum. Esses mercados de camelos ainda existem; são grandes, empoeirados e barulhentos, com compradores e vendedores regateando.

O único animal que não apenas sobrevive, mas também se dá muito bem em condições desérticas, é o camelo.

Os camelos usados na Arábia não são os mesmos de duas corcovas usados na Ásia, mas o dromedário de corcova simples. Para o habitante do deserto da Arábia, o camelo é mais que algo como um “barco do deserto”, ele representa um meio de vida, um dom especial de Deus, uma fonte de comida, vestimentas, abrigo e transporte; um animal tão importante que existem mais de setecentos nomes arábicos para descrevê-lo em suas numerosas variedades, raças, condições e estágios de crescimento. Os camelos têm uma expectativa de vida de 40 a 50 anos, e a fêmea do camelo continua produzindo leite por quatro anos depois de parir. Os beduínos vivem por meses e até mesmo anos com nada além de leite de camela e tâmaras como a parte mais importante de sua dieta. De acordo com Potter e Wellington, para viajar através do deserto nenhum animal pose ser comparado com o camelo, que é particularmente adaptado para a vida no deserto. Mesmo nos dias mais quentes, o camelo dificilmente transpira. Uma fina camada junto à pele protege o camelo dos raios solares e ainda é ventilado de tal maneira a permitir que o suor evapore. Um camelo tosquiado perde 50% mais água do que outro com os pelos longos.
 
O homem reage ao calor mantendo a temperatura constante e perdendo fluídos constantemente e pode controlar sua temperatura até que finalmente os fluídos do corpo fiquem tão concentrados que o sangue não possa mais fluir em velocidade suficiente de modo a dissipar calor do corpo e muito rapidamente a temperatura do corpo sobe, resultando em morte. O camelo, por outro lado, pode variar a temperatura do corpo dependendo da temperatura do ambiente. Isto faz dele um ser único entre os mamíferos. A temperatura do corpo do camelo pode variar entre 34 a 40,7ºC num dia de calor, sem que isso interfira na sua habilidade de continuar trabalhando. Armazenando calor e depois o dissipando à noite, o camelo necessita transpirar muito menos do que qualquer outro mamífero.

Os camelos podem suportar severa desidratação por muito mais tempo do que os humanos. Ele podem perder até 30% do seu próprio peso sem consequências fatais, e quando a água estiver disponível ele é capaz de beber quantidades que resultariam e intoxicação em qualquer outro mamífero. O camelo sobrevive nessas condições porque as células vermelhas do seu sangue podem se expandir 240 vezes o seu tamanho original a fim de absorver cada gota de água.

Esse animal tem um engenhoso sistema para perder menos água através da bexiga. Enquanto os humanos expelem água pela urina, que corresponde a 95% de água, o camelo não excreta toda a uréia. A maioria da uréia passa para o rumem, onde os microrganismos da saliva são capazes de pará-la, o que diminui uma considerável perda de fluídos. Um estudo feito pela Universidade de Riyad comparou camelos com asnos sob as mesmas condições desérticas e descobriu que pelo seu peso, os asnos necessitam três vezes mais água que os camelos. A bexiga dos camelos é capaz de concentrar a urina mais eficientemente que a bexiga dos asnos, com eliminação de água através das fezes e do suor.

O camelo não é apenas soberbamente adaptado à vida no deserto como também é um animal forte. Os árabes usam o camelo para carregar sal mineral nas minas do Iêmen (perto de onde a família de Leí teria passado). Cada camelo pode levar duas “peles”, cada uma pesando de 70 Kg a 90 Kg, um total de aproximadamente 180 Kg.

Leí levou tendas para o deserto. (1 Néfi 2:1). Numa visita a um tradicional fabricante de tendas do Oriente Médio em Dammam, Arábia Saudita, Potter e Wellington pesaram uma pequena tenda de pelo de cabra. Uma tenda de 10' x 10' pesa 75 Kg, e com as hastes, cordas e estacas eles estimaram um total de aproximadamente 110 Kg. Eles postularam que porque um camelo pode levar até 110 Kg, mas é improvável que conseguissem carregar 220 Kg, então cada camelo levaria apenas uma tenda pequena. Eles pensam que a caravana de Leí teria tido várias tendas e suprimentos, portanto teriam que ter vários camelos.

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