Originalmente publicado de forma integral em 2010.
Para facilitar a leitura e incentivar a pesquisa, o presente artigo agora está dividido em partes que serão publicadas durante os próximos meses.
Aproveitem a leitura!
Tradutor Elson C. Ferreira - Curitiba/2007
dejerusalemasamericas@gmail.com
Costuma-se expressar em credos formulados as crenças e práticas determinadas pela maioria das seitas religiosas. Os Santos dos Últimos Dias não apresentam tal credo como um código completo de sua fé, porque aceitam o princípio da revelação contínua como característica essencial de sua crença.
Joseph Smith, o primeiro Presidente de A Igreja de Jesus Cristo nos últimos dias, ou seja na dispensação atual, acrescentou como um resumo dos dogmas da Igreja as treze declarações conhecidas como “As Regras de Fé – A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias”. Tais regras encerram doutrinas fundamentais e características do evangelho tal como esta Igreja o ensina, mas não devem ser consideradas como uma exposição completa porque, como declara a regra 9:
“Cremos em tudo o que Deus tem revelado, em tudo o que ele revela agora e cremos que ele ainda revelará muitas grades e importantes coisas pertencentes ao Reino de Deus.” Desde o dia em que pela primeira vez foram promulgadas, (em 1º de março de 1841, publicadas na História de Joseph Smith no “Millenal Star”, tomo 19, pág. 120 e em “Times and Seasons”, tomo 3, pág 709). O povo aceitou as Regras de Fé como declaração autorizada e a 6 de outubro de 1890 os santos dos últimos dias, reunidos em Conferência Geral, adotaram as Regras fé como guia de fé e conduta. Em vista de estas Regras de Fé apresentarem doutrinas importantes da Igreja em ordem sistemática, prestam-se como um esboço conveniente para se fazer um estudo da teologia de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
As Obras Padrão da Igreja constituem a autoridade escrita da Igreja quanto à doutrina. Não obstante, a Igreja está pronta a receber, por intermédio da revelação divina, mais luz e conhecimento “pertencentes ao Reino de Deus”.
Cremos que atualmente Deus tem a mesma disposição para revelar seu parecer e vontade ao homem, e que o faz por intermédio de seus servos designados – profetas, videntes e reveladores – investidos, mediante ordenação, com a autoridade do santo sacerdócio. Por conseguinte, confiamos nos ensinamentos dos oráculos viventes de Deus, dando-lhes a mesma validade que às doutrinas da palavra escrita.
Os livros que por voto da Igreja foram adotados como guias autorizados de fé e doutrina são quatro: a Bíblia, o Livro de Mórmon, Doutrina e Convênios e Pérola de Grande Valor.
Os oficiais e membros da Igreja têm publicado muitos livros que podem ser aprovados pelo povo e pelas autoridades eclesiásticas, porém as quatro publicações mencionadas são os “Livros Canônicos da Igreja”, regularmente adotados. As Regras de Fé podem ser consideradas como um resumo bom, mas incompleto, das doutrinas tratadas nos livros autorizados.
A Oitava “REGRA DE FÉ” diz o seguinte: “Cremos ser a Bíblia a palavra de Deus, o quanto seja correta sua tradução; cremos também ser o Livro de Mórmon a palavra de Deus”.
O que é "O Livro de Mórmon?"
– O Livro de Mórmon é um documento histórico, devidamente inspirado, escrito pelos profetas dos antigos povos que pelo espaço de alguns séculos, antes e depois da vinda de Cristo, habitavam o continente Americano. Essa escritura foi traduzida nesta geração pelo Dom de Deus e por sua indicação especial. O tradutor autorizado e inspirado dessas escrituras sagradas, por intermédio de quem chegou ao mundo em linguagem moderna, é Joseph Smith, que na noite de 21 de setembro de 1832 e na madrugada do dia seguinte, um personagem ressuscitado, que disse chamar-se Moroni, visitou Joseph Smith em resposta a sua fervorosa oração. Em revelações subsequentes esclareceu-se que esse personagem era o último de uma m grande sucessão de profetas, cujos escritos traduzidos constituem o Livro de Mórmon. Ele concluiu os antigos anais, depositou na terra as placas gravadas e, por intermédio dele, chegaram às mãos do profeta e vidente dos últimos dias, cuja obra traduzida temos hoje.
Em sua primeira visita, Morôni revelou a Joseph Smith a existência da história, que segundo disse, estava gravada em umas placas de ouro que então jaziam enterradas na encosta de uma colina nas proximidades de sua casa. Essa colina, que um dos povos antigos conhecia pelo nome de Cumôra e outro pelo de Ramá, está situada perto de Palmira, Estado de Nova York. O lugar preciso onde estavam as placas foi mostrado a Joseph em visão e nenhuma dificuldade teve o jovem em encontra o local no dia seguinte ao da mencionada visita. Joseph Smith menciona o seguinte sobre Morôni e as placas: “Disse que havia um livro depositado, escrito sobre placas de ouro, dando conta dos antigos habitantes deste continente, assim como de sua origem. Disse que nele se encerrava a plenitude do evangelho eterno, como foi entregue pelo Salvador aos antigos habitantes. Disse também que havia duas pedras em arcos de prata – e estas pedras presas a um peitoral constituíam o que é chamado Urim e Tumim – depositadas com as placas; e que a posse e uso dessas pedras constituíam os “videntes” nos tempos antigos, e que Deus as tinha preparado com o fim de traduzir o livro”. (veja Pérola de Grande Valor, pág. 64; “History of the Crurch”, tomo I, cap. 2; “Essentials in Church History”, caps. 8-11)
Joseph encontrou uma grande pedra no local indicado, na colina Cumorah, sob a qual se encontrava uma caixa, também de pedra. Levantou a tampa da caixa com auxílio de uma alavanca e dentro dela viu as placas e o peitoral com o Urim e Tumim, tal como o havia indicado o anjo. Estava prestes a retirar o conteúdo da caixa quando Morôni novamente surgiu e o proibiu de retirar os objetos sagrados naquela ocasião, dizendo-lhe que quatro anos deveriam decorrer antes que elas fossem confiadas ao seu cuidado pessoal, e que, enquanto isso, Joseph teria que visitar o local anualmente. O jovem revelador o fez e em cada visita recebia instruções adicionais relativas à história e ao que Deus tinha resolvido fazer com ela. Joseph recebeu do anjo Morôni as placas e o Urim e Tumim com o peitoral em 22 de setembro de 1827. Mandou que as guardasse com bastante cuidado e foi-lhe prometido que, se procurasse protegê-las o melhor que pudesse, ficariam seguras em suas mãos e que ao terminar a tradução Morôni novamente o visitaria para receber as placas.
O motivo pelo qual Joseph foi advertido a Ter cuidado das placas e demais objetos não tardou a se revelar, porque percorrendo o curto trajeto da colina para sua casa foi assaltado enquanto levava os objetos sagrados; com o auxílio divino pôde resistir aos assaltantes e chegou a sua casa sem que as placas e os demais objetos tivessem sofrido o menor dano. Esse assalto foi o início de uma série de perseguições que incessantemente sofreu enquanto tinha as placas sob sua custódia. A notícia de que tinha as placas em sua posse foi logo espalhada e muitas tentativas, algumas das quais violentas, foram feitas para arrebatá-las de suas mãos. Foram, porém, preservadas; e, lentamente, e com muitas interrupções motivadas pelas perseguições dos iníquos e as circunstâncias de sua pobreza, que o obrigavam a buscar trabalho, Joseph continuou a tradução, e, em 1830, foi publicado o Livro de Mórmon para o mundo, pela primeira vez.
Nenhum comentário:
Postar um comentário