3ª DE QUATRO PARTES
Richard G. Grant.
© Copyright
1999
Tradutor Elson C. Ferreira –
Curitiba/Brasil – Julho/2013
·
Referências
O Transcrito de Anthon
Joseph Smith nos diz que pouco depois de receber as placas douradas ele
fez uma cópia de alguns dos caracteres encontrados naquelas placas, junto com
sua tradução. Esta [cópia] foi dada a Martin Harris, um rico fazendeiro que
havia demonstrado algum interesse no trabalho de Joseph. Martin foi instruído a
levá-la a “a alguns dos homens mais
instruído desta geração e pedir-lhes uma tradução dela”.(4)
Martin Harris relatou que ele levou aqueles caracteres ao Professor
Charles Anthon, do Columbia College, na Cidade de Nova York, e ao Dr. Mitchell,
provavelmente naquela mesma cidade. Muito pouco é conhecido do Dr. Mitchell,
mas a identificação do Professor Anthon e suas credenciais são claras. O
Professor Anthon era, talvez, o homem mais bem informado na América sobre o
assunto dos idiomas antigos.
A história da visita de Martin Harris ao Professor Anthon é bem conhecida. Ele relatou que
“apresentou os caracteres que haviam sido traduzidos junto com a tradução
deles” ao professor, o qual “declarou que a tradução estava correta, mais que
qualquer outro que ele havia visto antes traduzido do egípcio”. Martin relatou que o Professor Anthon identificou os caracteres como egípcios,
caldaicos, assírios e arábicos, “e ele disse que eram caracteres verdadeiros”.
Martin então fala do recebimento de um certificado “atestando ao povo de
Palmyra que eles eram caracteres verdadeiros”, depois do que é relatado sobre
Anthon ter rasgado o certificado ao saber da origem das placas douradas.
Que Martin de fato visitou Charles Anthon é bastante atestado por duas
cartas do Professor Anthon concernentes a esta visita. Em cada [uma dessas
cartas] Anthon nega que ele tivesse dito a Harris que os caracteres eram
legítimos. Além da negação de Anthon de sua declaração, há outro problema com a
história de Martin Harrys. Ele relatou que Anthon havia dito que “a tradução
estava correta”. Anthon, com todo o seu
brilhantismo e treinamento não poderia ter determinado a correção da tradução.
Em 1828 ninguém no mundo “havia visto muita [coisa] traduzida do egípcio”. Além
disso, como Stanley Kimball declarou, “Até mesmo um egípcio
reencarnado não teria traduzido os caracteres porque o ‘egípcio reformado’
havia sido tão alterado que ‘nenhum outro povo conhece’ essa linguagem."(5)
Martin Harris apenas teria inventado essa resposta do Dr. Anthon para
fazer Joseph Smith sentir-se bem [com respeito à sua tradução]? Muito provavelmente não. Martin era um [dos]
mais apreensivos e cautelosos apoiadores. Contudo, após o retorno de sua visita
ao Dr. Anthon e ao Sr. Mitchell, ele devotou a si mesmo e seus meios em apoio
ao trabalho [de tradução] de Joseph Smith.
Ele auxiliou na tradução, enfrentou a ridicularização de sua esposa e
hipotecou sua fazenda para pagar a publicação [do livro]. Mais tarde ele foi
excomungado d’A Igreja e viveu o resto da sua vida na sombra da ridicularização
tanto de membros quanto de não membros. A despeito de tudo isso ele nunca negou
seu testemunho de qualquer aspecto de seu envolvimento com o aparecimento de O
Livro de Mórmon.
Mas quanto às duas cartas do Dr. Anthon negando o relato de Martin
Harris sobre sua visita a ele? Detratores fizeram muito dessas cartas. O
Professor Anthon era um profissional respeitado. Suas declarações quanto às
afirmações [que fez] a Martin Harris devem ser respeitadas e não podem ser
colocadas de lado levianamente. Ou podem?
Lembremos que Anthon
escreveu duas cartas. Nossos críticos raramente se referem a ambas. Por que?
Anthon não podia manter suas histórias. Em sua primeira carta ele
declara que havia se recusado a dar a Harris uma opinião por escrito. Na segunda
ele descreve uma opinião escrita “dada sem qualquer hesitação”, no sentido de
que os caracteres “pareciam ser uma mera imitação de vários caracteres
alfabéticos, e [não] tinham… significado
com nada conectado a eles”(6)
, comenta Kimball. “Exceto o brilhante conhecimento, as fontes revelam-no também
como um solteirão bastante excêntrico,
uma pessoa com nenhum interesse externo, e um homem com nenhuma associação
religiosa. As duas cartas não foram escritas por um estudioso imparcial, mas
por um homem crítico e emocional tentando desembaraçar-se de qualquer conexão
com pessoas que não podia entender.”(7)
O que aconteceu com a transcrição de caracteres que Martin Harris levou
a Anthon? Anos mais tarde David Whitmer declarou possuir este transcrito. Nada
é sabido de como ele poderia tê-lo obtido. Após sua morte ele foi dado à Igreja
Reorganizada e permanece em sua posse. Munerosas cópias têm largamente
circulado e comentadas. Não há ninguém hoje em dia de declare ter habilidade
para traduzir este documento, entretanto, há algumas coisas interessantes que
podem ser ditas a respeito dele.
CONTINUA NA PRÓXIMA SEMANA
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