Missão

Nossa missão é divulgar artigos de pesquisas científicas a respeito da arqueologia, antropologia, geografia, sociologia, cronologia, história, linguística, genética e outras ciências relacionadas à cultura de “O Livro de Mórmon - Outro Testamento de Jesus Cristo”.

O Livro de Mórmon conta a verdadeira história dos descendentes do povo de Leí, profeta da casa de Manassés que saiu de Jerusalém no ano 600 a.C. (pouco antes do Cativeiro Babilônico) e viajou durante 8 anos pelo deserto da Arábia às margens do Mar Vermelho, até chegar na América (após 2 anos de navegação).

O desembarque provavelmente aconteceu na Mesoamérica (região que inclui o sul do México, a Guatemala, Belize, El Salvador, Honduras, Nicarágua e parte de Costa Rica), mais precisamente na região vizinha à cidade de Izapa, no sul do México.

Esta é a região onde, presumem os estudiosos, tenha sido o local do assentamento da primeira povoação desses colonizadores hebreus.

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06 agosto 2012

JESUS CRISTO - Manuscrito do filme "Messias": Episódio 1


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http://messias.co/
Quem é este vulto da antiguidade que se encontra na encruzilhada da história? Ele é um grande mestre? Um revolucionário? Um profeta? Ou ele é, de fato, o filho divino de um pai divino? O salvador literal do mundo? Ao tentar responder a essas perguntas, vários estudiosos descartam a parte divina e a separam do Jesus da história – o mortal – do Jesus da fé, o Filho de Deus. Atualmente, os estudiosos Santos dos Últimos Dias tentam combinar história e fé, erudição e revelação moderna a fim de obter uma compreensão mais completa sobre quem Jesus foi e quem é.
 Ele é chamado de camponês, místico, de líder carismático, sábio mestre, influente crítico social. Suas palavras foram analisadas, adaptadas e traduzidas para quase todos os idiomas. Contos sobre os seus muitos milagres têm sido celebrados por até as culturas mais obscuras Jesus Cristo, A história e vida de Jesus Cristo, entretanto, tiveram início bem antes de Belém. Ao estudar os registros bíblicos juntamente com o Livro de Mórmon e revelação moderna, somos capazes de compreender melhor o Jesus de Nazaré. A fim de responder à antiga pergunta: “Quem é esse homem?” devemos fazer o trajeto desde antes do início, e voltar ao estado pré-mortal.


ANDREW C. SKINNER: É surpreendente, já que o Novo Testamento fala tão profundamente sobre o conceito de uma existência pré-mortal que mais cristãos, no mundo de hoje, não façam menção a essa realidade. Sabemos, por exemplo, que há fontes bíblicas, não-bíblicas e extra-bíblicas – fontes externas ao cânone do Novo Testamento – que versam sobre o princípio ou o conceito de uma vida pré-mortal. Mas há fontes excepcionais que não só versam sobre o conceito geral de vida pré-mortal como também se concentram na vida pré-mortal de Jesus Cristo. E tais referências datam antes da época de Cristo ou durante o período do ministério de Jesus aqui na terra.

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CECILIA M. PEEK: Há a presença, na literatura patrística, e até mesmo depois, de referências a Cristo, por exemplo, como o Deus que visitou Abraão e o Deus do Velho Testamento. Encontramos referências em Justino, o Mártir e em Irineu de Lião. Um dos mais famosos também é um dos mais antigos. É um autor do século V de história eclesiástica, conhecido pelo nome de Sozeman, que refere a uma igreja num lugar chamado Manre, em que uma igreja foi construída por Constantino —pagãos—Sozeman diz que esse era um local considerado central por cristãos onde havia um grande mercado, e onde importantes eventos eram celebrados, conhecido por judeus e pagãos – o último era um termo usado por Sozeman. Os cristãos consideravam-no central porque ali fora o local em que “ele que nasceria de uma virgem e em que aparecera àquele homem religioso” – referindo-se a Abraão. Então era uma referência bem explícita da crença de que Cristo, de fato, era o Deus que visitara Abraão.

ERIC D. HUNTSMAN: O prólogo do evangelho de João, os versículos 1 a18 do capítulo 1, é, com frequência, conhecido como o Hino ao Verbo —Um hino porque é diferente em estilo e estrutura do resto do texto. É, de fato, arranjado em dísticos, quase como se fosse um poema hebreu, apesar de que foi escrito em grego. Contudo, o contexto talvez seja mais importante que a forma.

CECILIA M. PEEK: En archê ên o logos kai o logos ên pros ton theon kai theos ên o logos: No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus Se verificarmos no dicionário o significado da palavra logos no vasto léxico grego que todos os torturados alunos de filologia clássica estudam [LAUGHS], encontraríamos seis colunas em espaçamento simples referentes a essa única palavra. Pode significar “relato”, “discussão”, “debate”, “lógica”, “razão” ou “inteligência”. É uma das palavras mais ricas em significado e, com certeza, essa é a razão pela qual João a escolheu.

ERIC D. HUNTSMAN: Esse texto é chamado de Hino ao Logos por causa do termo grego logos, que, convencionalmente, é traduzido para, “o verbo” seguindo as versões da bíblia em português. Mas a palavra logos tinha uma extensão semântica bem ampla no grego clássico e bíblico. Logos, segundo Platão e alguns dos primeiros filósofos grêgos, era o que nos distinguia dos animais. Isso não queria dizer que os animais não tinham sentimentos ou não eram capazes de se comunicar de certa maneira, mas logos era a maneira pela qual pensamentos e idéias eram comunicadas entre as pessoas. Então, também pode significar “verbo” como também “pensamento” ou “idéia”, “razão” ou “causa”, etc. Ao me comunicar com outra pessoa, os meus pensamentos se transformam em palavras que se dirigem para a outra pessoa que as transforma em pensamentos. Portanto, um logos é algo capaz de afetar outra coisa.

CECILIA M. PEEK: Em Doutrina e Convênios, há termos bem semelhantes àqueles usados por João para descrever Cristo. E, na verdade, é o testemunho de João que se encontra proferido lá. Assim, lerei apenas um pequeno trecho que se encontra na seção 93 de Doutrina e Convênios. O início está no versículo seis, que diz: “E João viu e testificou a plenitude de minha glória; e a plenitude do testemunho de João será revelada posteriormente. E ele” – isto é, João – “testificou, dizendo: Vi sua glória, que ele era no princípio, antes de o mundo existir; portanto no princípio era o Verbo, pois ele era o Verbo, sim, o mensageiro da salvação, a luz e o Redentor do mundo; o Espírito da verdade, que veio ao mundo, porque o mundo foi feito por ele e nele estava a vida dos homens e a luz dos homens.” Então o que João nos diz é confirmado e acrescentado na revelação contida nas escrituras modernas.

ERIC D. HUNTSMAN: Ela diz essencialmente que Deus existiu e que Deus começou a interagir ou a comunicar com algo mais amplo por meio desse Logos, que, com certeza, passamos a compreender como o Unigênito do Pai. Também possuem várias ressonâncias interessantes no livro de Gênesis, porque o início de Gênesis faz um relato da criação, dizendo: “No princípio, disse Deus: Haja luz” Foi o ato da fala que causou o surgimento da luz. Assim, um leitor astuto faria a associação, pressentiria o eco na expressão: “o verbo” que vem do grego em João 1:1, e, é claro, tanto na tradução grega do Gênesis como no original em hebraico, ambos têm o sentido de logos.

RICHARD HOLZAPFEL: Também há um trecho interessante no livro de Hebreus. Nessa passagem do capítulo um, o autor diz que Deus falou muitas vezes e de várias maneiras ao seu povo de Israel, por meio de profetas. E então ele faz uma [UH] analogia surpreendente: “A nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo.” Algumas traduções dizem universo, como a nova versão internacional. Outras usam outros termos, mas a idéia é que o Jesus que transmite a palavra de Deus, na época em que aquela carta foi escrita, é o mesmo Jesus que foi o criador do mundo e do universo.

JOHN S. TANNER: O mar da Galiléia. Nossa, como adoro visitar este lugar: a Galiléia. Até mesmo o nome relembra inúmeras histórias do Novo Testamento que adoro – de Jesus andando ao longo da costa e chamando aos pescadores que jogam suas redes ao mar: “Vem e segue-me.” E de redes repletas de pescas milagrosas. E uma das histórias que eu mais adoro deve ter acontecido num dia como este: um dia tempestuoso, quando uma tempestade inesperada caiu de forma violenta, como geralmente ocorre no oeste lá em Tibério. E Jesus, estando na popa do barco, em meio à tempestade, repreendeu o vento e disse ao mar: “Cala-te, aquieta-te. E o vento se aquietou, e houve grande bonança” (Marcos 4:39).
Marcos, então, nos relembra da interessante reação dos discípulos quando isso ocorreu. Ele diz: “E sentiram um grande temor e diziam uns aos outros: Mas quem é este, que até o vento e o mar lhe obedecem?” Os discípulos seguiam-no há meses e haviam presenciado Jesus realizar vários milagres: curar o enfermo, dar visão ao cego e até mesmo reviver um homem – e ainda assim eles sentiram um grande temor quando perceberam que aquele homem que os convencera a abandonar as redes para segui-lo possuía poder sobre os elementos. Eventualmente, eles compreenderam que os elementos e toda a criação obedecem a Jesus, porque Ele é o próprio Deus da criação.

CAMILLE FRONK OLSON: No primeiro capítulo de Colossenses, [UM] do versículo 12 até o 19, o autor diz que Jesus Cristo é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação”, ou seja, nos diz que os cristãos devem ter entendido que Cristo era o Criador, o primogênito, nascido e criado antes da criação. E também no versículo 17: “ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele.” No versículo 16, até lemos que Jesus é o Criador: “porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis ou invisíveis.” Acho que esta é uma frase totalmente fascinante: “visível ou invisível”, sugerindo que Cristo criou várias coisas que não conhecemos e nem vimos.

RICHARD D. DRAPER: No grego é ta orata kai ta aorata. E eu traduziria essa frase como: “o que vi e não vi.” O que Paulo faz é ver o mundo de uma maneira diferente da conhecida naquela época: dividido em duas partes. Uma parte constava do que era visto, dos objetos e coisas que podiam ser vistos. Mas havia outra parte, também real, composta de poderes que modelavam e dirigiam a história – invisível ou não vista por nós. São os tronos, principados, domínios – esses tipos de poderes. E o que o profeta nos diz é que Jesus não era sujeito a essas influências ou poderes invisíveis, porque Ele realmente era o Criador de tudo.

MICHAEL D. RHODES: No capítulo 7 de Moisés, por exemplo, quando Enoque recebe revelação da história do mundo, ele vê a crucificação de Cristo. “E todas as criações de Deus choraram; e a Terra gemeu; e as rochas partiram-se” (Moisés 7:56). Então não é só esta terra e sim , todas as criações de Jesus Cristo, como representante de Seu Pai Celestial, sofreram com o sacrifício expiatório.

PAUL Y. HOSKISSON: O Livro de Mórmon nos ensina claramente que o conceito de Jesus Cristo como o Criador deste mundo e de outros mundos, existiu antes da época de Cristo. No capítulo 3, versículo 8 de Mosías, lemos as seguintes palavras de um anjo ao rei Benjamin: “…E ele [o Salvador] chamar-se-á Jesus Cristo, o Filho de Deus, o Pai dos céus e da Terra, o Criador de todas as coisas desde o princípio; e sua mãe chamar-se-á Maria.” Nesta passagem é claro que, não só o anjo, como, suspeito, todo o povo do Livro de Mórmon compreendeu que o Deus do Velho Testamento – que acreditamos ser Jesus Cristo – foi o Criador da terra e tudo o que nela existe.

http://messias.co/manuscrito-do-messias/manuscrito-do-messias-episodio-1

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