Daniel Johnson
Tradutor: Elson C. Ferreira - Curitiba/Brasil - Abril/2011
Membro da Book of Mormon Archaeological Forum (BMAF) e principal autor de An LDS Guide to Mesoamerica, compartilha apresentação que fez em Outubro de 2010 na conferência da Book of Mormon Archaeological Forum. Ouça a apresentação do Sr. Daniel, sincronizada com seus gráficos. Aprenda exatamente o que O Livro de Mórmon diz a respeito do uso de metais. Veja como os necessários depósitos de minério correspondem com as sugestões de local registradas no Livro de Mórmon. Aprenda sobre os fascinantes artefatos de ouro, cobre, bronze e aço retirados das escavações, incluindo exemplos de escrita ieroglífica sobre placas de ouro feitos pelos Maias. Descubra muitos exemplos de importantes escritos sobre placas de metal da antiguidade, que eram completamente desconhecidos até o final do Século XX e que agora são aceitos!
Ouça a apresentação do Sr. Daniel Johnson (em inglês) enquanto vê 50 slides clicando no link: http://home.comcast.net/~danjohn8/bmaf/
Bookof Mormon Archaeological Forum BMAF
Uma recente descoberta arqueológica está em todos os sites, blogs e listas de e-mail, mostrando o que parecem ser fotos de um pequeno livro de placas de metal corroídas, presas por anéis metálicos. Não é algo duvidoso ou fraudulento, mas está sendo seriamente considerado como um autêntico artefato antigo do Oriente Médio.
Encontrados numa caverna na Jordânia, esses livros ou códices são únicos e muito impressionantes. Mais de 70 deles são conhecidos, cada um contando com de 5 a 50 “páginas” ou folhas de chumbo. Elas têm sido referidas como ‘placas’. É difícil afirmar qualquer coisa a partir de fotos, mas as páginas dos códices são quase do tamanho de um cartão de crédito e curiosamente algumas estão seladas por aneis que prendem-nas nos quatro lados.
Elas estão gravadas com imagens simples da iconografia judaica e cristã, bem como com escritos que parecem ser de natureza missiânica. Apenas umas poucas frases foram traduzidas mas nenhuma das fotos disponíveis mostram muito do texto real.
Além dessa pequena e tentadora informação, muito de sua história está em questão. O atual proprietário das placas, o israelita Hassan Saeda, declara que elas têm sido propriedade de sua família por mais de um século, entretanto o governo da Jordânia assegura que os livros foram encontrados nesse país entre os anos de 2005 e 2007 por um beduíno jordaniano e depois foram contrabandeados. Apesar de a Jordânia estar tentando fazê-las retornar para dentro de suas fronteiras, tem havido algumas acusações de que são falsas.
Israel tem tido casos de apresentação de falsas relíquias tais como os ossos de “Tiago, o irmão de Jesus”, então isso certamente é uma possiblidade; mas os especialistas estão convencidos de que a corrosão nas placas de chumbo indicam que elas realmente são objetos antigos. O pensamento prevalecente é que elas datam do primeiro século da era cristã, o que faz delas objetos de quase 2 mil anos. Judeus defensores da cabala associan-nas a essa prática, enquanto que outros acreditam que esses códices contém os primeiros exemplos de literatura cristã.
Apenas o tempo dirá qual é a verdade por trás desses fascinantes artefatos. Supondo que são genuínos, eles talvez representem o mais significativo achado arqueológico encontrado no Oriente Médio desde os Papiros do Mar Morto. A autenticidade desses papiros encontrados nos anos de 1940, a princípio também foram postos em dúvida.
Podemos estar olhando para uma situação similar no caso dos códices de chumbo. Aparentemente as placas foram seladas e escondidas para mantê-las a salvo, assim como aconteceu com os Papiros do Mar Morto.
Se os livros forem o que declaram ser, então são os registros cristãos mais antigos gravados em placas de metal. Os mais antigos fragmentos do Antigo Testamento já conhecidos são pequenos rolos de prata contendo passagens do livro de Números.
O mais antigo livro é feito de páginas de ouro puro presas com anéis. Esse exemplo etrusco tem pelo menos 2.500 anos (Os Etruscos eram um aglomerado de povos que viveram na Península Itálica na região a sul do Rio Arno e a norte do Tibre, mais ou menos equivalente à atual Toscana, com partes no Lácio e a Úmbria. Eram chamados tυρσηνοί, tyrsenoi, ou tυρρηνοί, tyrrhenoi, pelos gregos e tusci, ou depois etrusci, pelos romanos; eles auto-denominavam-se rasena ou rašna).
É digno de nota o fato de que nenhum desses artefatos foi encontrado antes de 1830, quando O Livro de Mórmon foi publicado. Se Joseph Smith estivesse inventando sua história de placas douradas, ele não tinha precedente histórico sobre o qual se basear.
Não apenas esses e outros achados do século passado afirmam a validade de antigos registros em placas de metal, mas elas vêm todos do Oriente Médio, exatamente onde o relato do Livro de Mórmon começou. Mesmo apesar de os mantenedores do registro nefita terem vivido nas Américas, eles seguiram a tradição semítica na linguagem e nos meios que usaram para preservar seus registros mais sagrados. O fato de que registros antigos em placas de metal estarem se tornando cada vez mais comuns é um forte apoio para O Livro de Mórmon, mas o fato de serem todos de antiga culturas do Oriente Médio deve ser mais que mera coincidência.
Daniel Johnson
(Você pode ver material adicional de Johnson a respeito de placas de metal na Mesoamérica no link www.bmaf.org/node/371, Home)
Os autores em Copán
DANIEL JOHNSON tem se interessado por culturas antigas ao longo da vida, especialmente as das Américas. Sua primeira viagem à Mesoamérica foi em 1999. Desde então ele tem levado amigos em excursões à América Central e tem feito apresentações a respeito dessas suas viagens. Serviu uma missão de tempo integral nas missões Buenos Aires Norte e Mendoza Argentina. Trabalha como artista digital e é professor na Academia de Artes de San Francisco.
JARED COOPER tem se fascinado com a história da Mesoamérica ao longo de toda sua vida. Serviu na Missão New York Utica. É presidente da Integrated Network Communications.
DEREK GASSER ama viajar e fotografar. Viajou para mais de 60 países e despende seu tempo como voluntário em hospitais na África e Ásia. Serviu na Missão Philippines Cebu. Trabalha como adminstrador de um hospital.
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