Pesos | ||||
Medida | Nome | Relação | Correspondência | Referências |
siclo | sheqel | unidade básica, 2 becas | 11,4 gramas de prata | Gn 23:15; 2 Rs 6:25 |
gerah | gerah | 1/20 do siclo | 0,57 gramas de prata | Ex 30:13; Ez 45:12 |
beca | beqa' | 1/2 siclo, 10 geras | aprox. 6 g | Ex 38:26 |
libra de prata | 50 siclos | 570 gramas de prata | ||
mina | maneh | 50 siclos (1 Rs) 60 siclos (Ez) | 570 g (1 Rs) 680 g (Ez) | 1 Rs 10:17; Ez 45:12 |
talento | kikar | 60 minas, 3000 siclos | cerca de 34 kg (ouro / prata) | Ex 25:39 |
talento grego | 26,2 kg | 1 e 2 Mc (apócrifo) | ||
A medida gerah era a menor unidade de peso existente. A palavra kikar, traduzida por "talento" também quer dizer pão redondo, disco de chumbo, peso. |
Medidas de comprimento | ||||
Medida | Nome | Relação | Corresp. | Referências |
1) dedo | etzevah | -2 cm | Jr 52:21 | |
2) palmo menor | tophar (mão) | largura da mão (4 dedos) | 7,5 cm | Ex 25:25 (?); 37:12; 2 Cr 4:5; Sl 39:5 (?) |
3) palmo | zeret | Polegar ao dedo mínimo | 22,5 cm (3 mãos) | Ex 28:16; 39:9; 1 Sm 17:4 |
4) côvado | ver *1 | 45-52 cm | Gn 6:15; 7:20; Dt 3:11; 1 Sm 17:4; 1 Cr 11:23; Et 5:15 | |
cana | 3 metros | Ez 40:3, 5; 42:16 | ||
vara | 6 côvados | 2,67 m | ||
passo | 1,50 m | 1 Sm 20:3; 2 Sm 6:13 | ||
jornada de um dia | 35 km | Gn 30:36; 31:23; Nm 10:33 | ||
skenos | (egípcio) | 5-6 km | 2 Mc 11:5 (apócrifo) stadious, stadious (Septuaginta) | |
gômed | ?? | ignorado | ignorado | Jz 3:16 somente |
As medidas numeradas acima encontram-se especificadas por seus respectivos números no infográfico abaixo. *1) O côvado era a distância do cotovelo à ponta do dedo médio (cerca de 2 palmos). |
Medidas de superfície | ||||
Medida | Nome | Relação | corresp. | Referências |
jeira | 1 Sm 14:14; Is 5:10; Ez 45:14 (?) | |||
Aparentemente não havia sistema de medidas quadradas, dentre os judeus. A superfície era apenas medida sendo dado o número de côvados da largura e comprimento. A jeira, aparentemente a única medida de superfície registrada nas escrituras, não tinha suas dimensões fornecidas. |
Medidas de capacidade - Para Secos | ||||
Medida | Nome | Relação | corresp. | Referências |
efah | ephah | unidade básica | 37 litros | Ex 29:40; Lv 19:36; Nm 15:4; 28:5; Jz 6:19 |
cabe | kab | 1/18 do efa | 2,05 litros | 2 Rs 6:25 |
gômer | 1/10 do efá | 3,7 litros | Ex 16:16, 22, 36; Lv 27:16; Is 5:10; Os 3:2 | |
seá | seah | 1/3 do efá | 12,3 litros | Gn 18:6; 1 Sm 25:18 |
letec | letheck | 5 efás | 185 litros | |
alqueire | 2 Rs 7:1 | |||
O efá tinha também a medida de 3 arrobas. |
Medidas de capacidade - Para líquidos | ||||
Medida | Nome | Relação | corresp. | Referências |
log | 1/12 do him | 1/2 litro | ||
him | 1/6 do bato | 6,2 litros | Ex 29:40; Ez 4:11 | |
bato | igual ao efa | 37 litros | 1 Rs 7:26, 38; 2 Cr 2:10; Ed 7:22; Ez 45:14 | |
coro | 10 batos | 370 litros | 1 Rs 4:22; Ez 45:14 | |
ômer | 360 litros | Ez 45:14 | ||
O bato tinha a mesma capacidade do efa, a saber, 37 litros e era o dízimo do hômer, medida básica: "A efa e o bato serão duma mesma medida, de maneira que o bato contenha a décima parte do hômer, e a efa a décima parte do hômer; o hômer será a medida padrão." (Ez 45:11) O efá tinha também a medida de 3 arrobas. |
Medidas Monetárias | ||||
Medida | Nome | Relação | corresp. | Referências |
moeda | nomisma, nomisma | nome genérico | Mt 22:19 | |
quadrante | kodranth, kodrante | 1/4 asse, 2 leptos | moeda de cobre | Mc 12:42 |
leptos | lepton, lepton | 1/2 quadrante, 1/8 asse | 0,8 g de cobre | Mc 12:42; Lc 12:59; 21:2 |
ceitil | kodranth, kodrante | tradução | Mt 5:26 | |
centavo | kodranth, kodrante | tradução | Mt 5:26 | |
asse | assarion, assarion | 1/10 a 1/16 dinheiro | 0,25 g de prata | Mt 10:29 |
dinheiro | argurion, argurion | nome genérico | Mt 25:18,27 ver nota abaixo | |
denário | denarion, denarion | salário de um dia | 4 g de prata | Mt 18:28; 20:2,9,10,13; 22:19; Lc 10:35 |
dracma | dracma, drachma | aprox. ao dinheiro | 3,6 g de prata | Lc 15:8 |
didracma | didracma, didrachma | 2 dracmas | 7,2 g de prata | Mt 17:24 |
estáter | stater, státer | 4 dracmas | 14,4 g de prata | Mt 17:27 |
talento | talanton, talanton | 6000 dracmas/denários | 21,6 kg de prata | Mt 18:24; 25:15,16,20,22 |
O termo traduzido como dinheiro, argurion, argurion, tem o significado inicial de "prata", ou "moeda de prata". É um nome genérico, como a "moeda" de Mt 22:19. No texto proposto pela tabela, Mt 25:18,27, o termo encontrado, segundo o contexto, é "moeda de prata". Trata-se da parábola dos talentos e somente ao que recebe um talento é dito "...argurion ton kuriou autou.", "...o dinheiro do seu senhor." (v. 18) e "...ta arguria mou...", "...o meu dinheiro..." (v.27), sem aplicar-lhe valores e correspondências monetárias. Mas seu valor é claramente especificado em "...o to en talantou eilhfwV..."; "...o que recebera um talento..." (v. 24), "...to talanton sou...", "..o teu talento..." (v. 25); "TO talanton...", "...o talento..." (v.28). Portanto os versículos 18 2 27 trazem um termo genérico, "dinheiro" ou "moeda de prata" e os versículos 24, 25 e 28 o especificam como "um talento". Não se pode confundir o termo empregado "dinheiro" como um denário, salário diário, cerca de 4 gramas de prata, com o talento, 6.000 denários, ou dias de trabalho, ou aproximadamente 20 anos, algo mais que 20 kg de prata. A didracma (didracma, didrachma) é descrita em Mt 17:24 como o imposto anual que o judeu pagava ao tesouro do templo, cobrado de Jesus através de Pedro, que foi pago de maneira miraculosa, através da pesca de um único peixe (Mt 17:27), dentro do qual havia um estáter, moeda grega de valor próximo a 4 dracmas ou 2 didracmas, com o qual foi pago o tributo da dupla. |
Pesos | ||||
Medida | Nome original | Relação | Correspondência | Referências |
arrátel | litran | 327,5 gramas | Jo 12:3 | |
libra (romana?) | litran | 327,5 gramas | Jo 12:3; 19:39 | |
talento | 26-36 kg de prata/cobre | Ap 16:21 |
Medidas de comprimento | ||||
Medida | Nome | Relação | corresp. | Referências |
côvado | phcuV, pékus | 45-60 cm | Mt 6:27; Jo 21:8; Ap 21:17 | |
braça | orguia, orguia | 4 côvados | 1,80 m | At 27:28 |
estádio | stadion,stadion | 400 côvados 1/8 milha | 180 m | Lc 24:13; Jo 6:19; 11:18; Ap 14:20,24; 21:16 |
milha | milion, milion | 1480 m | Mt 5:41 | |
jornada de um sábado | sabbaton exon odon | 1- 1,2 km | At 1:12 | |
jornada de um dia | hmeraV odon | 35 km | Lc 2:44 | |
A palavra grega pekus, pekus, usada para designar o côvado, significa "cotovelo", "braço" ou "vara". O côvado que Jesus disse que os ansiosos não podiam acrescentar à sua estatura (Mt 6:27) não pode ser tomado como medida de comprimento, mas de tempo, visto que acrescentar de 45 a 50 cm à estatura física seria um verdadeiro milagre. Como o côvado é a medida de quase dois pés ou mesmo um passo, uma melhor tradução do texto seria "...qual de vós... pode acrescentar um passo à sua vida?". Desta forma, "passo" seria o decorrer do tempo na caminhada da vida, em lugar de apenas uma estéril medida de comprimento. No incidente da pesca miraculosa, após a ressurreição de Cristo, os discípulos, à exceção de Pedro, foram ao encontro do Mestre a partir do barquinho onde estavam, "...distantes da terra senão cerca de duzentos côvados." (Jo 21:8). Estes "duzentos côvados" (phcwn diakosiwn) somariam cerca de cem metros. O côvado usado para a medida do muro da cidade de Nova Jerusalém em Ap 21:17 é "...medida de homem, isto é, de anjo...", expressão de dificílima interpretação. |
Medidas de capacidade - Para secos | ||||
Medida | Nome | Relação | Corresp. | Referências |
medida (quénice) | coinix, koinix | medida para trigo ou cevada | 1,1 litro | Ap 6:6 |
coro | koroV, koros | 10 batos | 370 litros | Lc 16:7 |
O koroV, koros, transliterado para coro, medida para secos que podia também ser usada para líquidos, era como o "ômer", equivalendo a 10 batos. No texto de Lc 16:7, o segundo devedor da parábola do mordomo infiel (Lc 16:1-13) devia 100 coros de trigo ou 37.000 litros, uma porção considerável. |
Medidas de capacidade - Para líquidos | ||||
Medida | Nome | Relação | Corresp. | Referências |
alqueire | modion, modion | 8,75 litros | Mt 5:15; Mc 4:21 | |
medida | saton, saton | cerca de 1/3 do bato | 13 litros | Mt 13:33; Lc 13:21 |
medida, bato | batoV, batos | igual ao bato V.T. | 37 litros | Lc 16:6 |
cado | tradução | |||
metreta, almude | metreteV, metretes | aprox. ao bato | 40 litros | Jo 2:6 |
O modion, módion, traduzido por "alqueire", é uma medida usada através de uma vasilha, possivelmente de barro, como um vaso, objeto bastante familiar e comum em qualquer casa. Era usada para medir cereais, grande o bastante para receber mais que oito litros deste conteúdo. Outro uso que se dava para esta medida era o apagar das candeias, facho de madeira acesa que iluminava o interior da casa. O velador era um suporte para a candeia, que impedia de cair de certa altura da parede. Desta forma Jesus assevera em Mt 5:5 e Mc 4:21 que "...nem os que acendem uma candeia a colocam debaixo do alqueire, mas no velador, e assim ilumina a todos que estão na casa." e "Vem porventura a candeia para se meter debaixo do alqueire, ou debaixo da cama? não é antes para se colocar no velador?" A palavra alqueire é derivada do termo árabe al-káil. Aqui não se trata de medida de área, mas de capacidade. Diferentemente do alqueire bíblico, este mediria 16 litros. Na parábola do fermento (Mt 13:33; Lc 13:21) a medida descrita é o sato (saton, saton), uma medida hebraica, usada para calcular a quantidade da farinha, não para o fermento. Cada sato correspondia a 13 litros. Tres deles alcançavam a grande quantidade de 37 litros, para uma receita a ser preparada de uma só vez. O bato (batoV, batos) era a medida de tres ânforas (vaso grego antigo, cujo nome amforeuV, é uma haplologia de amfi"dos dois lados", e ferw, "levar", "carregar". desta forma seu nome quer dizer "o que se leva por ambos os lados", pelo fato da ânfora ter "alças" de ambos os lados para fins de transporte). Correspondia a 37 litros, como o bato do Velho Testamento. O que o primeiro devedor tinha como dívida na parábola do mordomo infiel (Lc 16:1-13) era "...cem cados de azeite..." ou "Cem batos de azeite..." (ekatou batouV elaiou, ekatou batous elaiou) ou mais de 3.500 litros de azeite. Obato era a medida hebraica de maior capacidade para líquidos e seu nome grego deriva do hebraico bath. A traduçãocados vem do grego kadoV, kados, "vaso", de origem semítica, e era um grande vaso de barro para líquidos como vinho e outras bebidas. A metreta (metreteV, metretes) usada no casamento de Jo 2:6 era uma medida de capacidade líquida. Seu nome grego, que também significa "medidor", deriva-se do verbo metrew, metreo, "medir", "contar", calcular". Na Septuaginta é a tradução do bato (bath) hebraico. Naquelas bodas haviam seis talhas de pedra (liqinai udriai, lithinai udriai) de duas ou tres metretas. Cada talha, portanto, reservava até 120 litros, perfazendo, no total de seis talhas, 720 litros! O historiador hebreu Josefo aponta a capacidade de 25 litros para cada metreta. Sendo assim, em cada talha caberiam até 75 litros, que no total de seis talhas contariam 450 litros, o que já se caracterizaria um portentoso milagre de abundante fornecimento de vinho, para todos os dias daquela abençoada festa de casamento |
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