Missão

Nossa missão é divulgar artigos de pesquisas científicas a respeito da arqueologia, antropologia, geografia, sociologia, cronologia, história, linguística, genética e outras ciências relacionadas à cultura de “O Livro de Mórmon - Outro Testamento de Jesus Cristo”.

O Livro de Mórmon conta a verdadeira história dos descendentes do povo de Leí, profeta da casa de Manassés que saiu de Jerusalém no ano 600 a.C. (pouco antes do Cativeiro Babilônico) e viajou durante 8 anos pelo deserto da Arábia às margens do Mar Vermelho, até chegar na América (após 2 anos de navegação).

O desembarque provavelmente aconteceu na Mesoamérica (região que inclui o sul do México, a Guatemala, Belize, El Salvador, Honduras, Nicarágua e parte de Costa Rica), mais precisamente na região vizinha à cidade de Izapa, no sul do México.

Esta é a região onde, presumem os estudiosos, tenha sido o local do assentamento da primeira povoação desses colonizadores hebreus.

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segunda-feira, 12 de julho de 2010

ARQUEOLOGIA - Evidências Arqueológicas Para a Terra de Abundância de Néfi

George Potter

Traduzido por Elson Ferreira – Curitiba/Brasil – Setembro/2005

Nota do Editor: Este artigo de George Potter representa seu site The Nephi Project www.nephiproject.com e foi reproduzido com sua permissão. É gratificante ver estas evidências botânicas adicionais do tempo de Leí para a região de Salalah, como a terra de Abundância de Néfi.

Néfi escreveu:

"E chegamos à terra a que demos o nome de Abundância, por causa das muitas frutas….” (1 Néfi 17:5)

Entretanto o biólogo Dr. Thomas Key e outros críticos do Livro de Mórmon sugerem que a terra de Abundância nunca existiu no sul da Arábia. Em nosso filme documentário Discovering the Land of Bountiful, (Descobrindo A Terra de Abundância), nós provamos que as asserções dos críticos são sem fundamento porque:
1)    Hoje em dia a planície costeira de Salalah em Oman, onde acreditamos que Abundância esteja localizada, é muitíssimo cultivada com árvores frutíferas, grãos e hortaliças.
2)    Até ao ponto em que Marco Polo visitou a região de Salalah, ela foi descrita em manuscritos como sendo um jardim paradisíaco.
3)    A tradição oral desta região, conforme registrado na poesia arábica e no Qur'an, descreve o povo da tribo de Ad como tendo jardins e comendo frutos de toda espécie. (A tribo de Ad governou a região de Salalah no tempo de Néfi)
A despeito destas tradições orais, não foi senão até recentemente que arqueólogos confirmaram a planície costeira de Salalah como sendo a terra dos “muitos frutos” durante a estadia de Néfi no sul da Arábia. Para determinar isto, devemos primeiro entender o que Joseph Smith queria dizer quando usou a palavra "fruto" quando traduziu O Livro de Mórmon. De acordo com o dicionário de Noah Webster, o uso da palavra “frutos” em 1828 significava:
1)    De modo geral, tudo o que a terra produz para nutrição de animais ou para vestimenta ou proveito. Entre os frutos da terra estão incluídos não somente o milho de toda espécie, mas feno, algodão, linho, uvas e toda planta cultivada; neste senso mais abrangente a palavra é geralmente usado no plural;
2)    No modo mais limitado, a produção de uma árvore ou planta; a última produção para a propagação de plantas; ou a parte que contém as sementes; como trigo, centeio, aveia, maçã, marmelo, pêra, cereja, melão, etc.
Qualquer planta cultivada poderia ter o significado de fruto para Joseph Smith. O principal arqueólogo americano trabalhando na Arábia é o Dr. Juris Zarins. Em seu recente livro sobre a região de Dofar, Oman, da pequena área que incluia a planície costeira de Salalah e seu porto em Khor Rori (o qual acreditamos seja o porto de Néfi). Ele declara:

"A Revolução Agrícola Neolítica conhecida principalmente por "Fertile Crescent" no Levante (países do Mediterrâneo Oriental) também envolveu o Oceano Índico. Plantas como o sorgo (Sorghum bicolor), o milheto ou painço (Eleusine sp., Pennisetum, sp.), o algodão (Gossypium sp) e o índigo (Indigofera sp.) faziam parte da combinação leste africana que apareceu no sul da Arábia (incluindo Dofar) e da região oeste da Índia, possivelmente antes do ano 4.000 a.C. (Zarins 1992)."(1)
A Idade do Ferro é dividida em duas fases. A Idade do Ferro A, de 1.300 a 300 a.C. Esta Idade viu o surgimento de populações criando novamente gado, cabras e camelos, bem como o crescimento de plantas específicas de Dofar, tais como o sorgo, num estilo de vida similar ao dos modernos povos de Mara.(2)
A pesquisa do Dr. Zarin foi publicada em cooperação com o Ministério da Informação de Oman e da Universidade Sultão Qaboos.
É recompensador saber que as principais pesquisas em Oman confirmam nossa teoria de que existiam "muitos frutos” onde acreditamos que Leí tenha acampado seis séculos antes de Cristo. Nenhum outro local proposto para a terra de abundância pode demonstrar que plantas cultivadas (frutos) existiram cerca de 587 a.C.
E outra vez vemos que o Livro de Mórmon está em perfeita harmonia com a história da Arábia e com a trilha do Incenso, que termina no porto de Khor Rori, na planície costeira de Salalah.
Referências:
(1)   Juris Zarins, “The Land of Incense,” (A Terra do Incenso) Archaeology & Cultural Heritage Series, Vol. 1, Trabalho arqueológico no Governorato of Dhofar, Sultanato de Oman 1990-1995. Projeto do Comitê Nacional para a supervisão da Pesquisa Arqueológica no Sultanato, Ministério da Informação, (Sultanato de Oman: Sultan Qaboos University Publications Al Nahda Printing Press, 2001), p. 60.
(2)   Ibid., p. 154
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