Missão

Nossa missão é divulgar artigos de pesquisas científicas a respeito da arqueologia, antropologia, geografia, sociologia, cronologia, história, linguística, genética e outras ciências relacionadas à cultura de “O Livro de Mórmon - Outro Testamento de Jesus Cristo”.

O Livro de Mórmon conta a verdadeira história dos descendentes do povo de Leí, profeta da casa de Manassés que saiu de Jerusalém no ano 600 a.C. (pouco antes do Cativeiro Babilônico) e viajou durante 8 anos pelo deserto da Arábia às margens do Mar Vermelho, até chegar na América (após 2 anos de navegação).

O desembarque provavelmente aconteceu na Mesoamérica (região que inclui o sul do México, a Guatemala, Belize, El Salvador, Honduras, Nicarágua e parte de Costa Rica), mais precisamente na região vizinha à cidade de Izapa, no sul do México.

Esta é a região onde, presumem os estudiosos, tenha sido o local do assentamento da primeira povoação desses colonizadores hebreus.

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quarta-feira, 23 de junho de 2010

GEOGRAFIA - Um Segmento da Trilha Jaredita

George Potter
www.nephiproject.com

Tradutor Elson Carlos Ferreira-Curitiba/2010
dejerusalemasamericas@gmail.com

Durante nossa temporada exploratória de 2009-10, fizemos grande progresso no estudo do que acreditamos ter sido um segmento da trilha jaredita.
Por quase uma década o Nephi Project tem sugerido que os jareditas deixaram a Mesopotâmia viajando por terra ao longo da Arábia Ocidental e navegaram partindo de Khor Rori, o mesmo porto onde Néfi construiu seu navio. Nossa documentação que apóia esta teoria é apresentada no nosso DVD Into the Desert with George Potter (No Deserto Com George Potter) e será parte importante de nosso novo livro intitulado The Voyages of the Book of Mormon (As Viagens do Livro de Mórmon).


Quando produzimos o filme Driving the Jaredite Trail (parte do DVD Into the Desert...), propusemos que o Senhor tenha guiado os jareditas por terra, seguindo a rota onde poços rasos lhes forneceram água. Esta rota mais tarde se tornaria o ramo leste da Trilha do Incenso que termina em Khor Rori. Uma das suposições que fizemos foi que os dois relatos no Livro de Éter sobre a construção dos barcos jareditas eram, na realidade, a respeito do mesmo evento; sendo o segundo relato uma versão mais detalhada que o primeiro. Ainda acreditamos que esta é a interpretação mais lógica dos versículos no Livro de Éter.

De qualquer maneira, se esta suposição não for verdadeira, os jareditas construíram dois conjuntos de barcos. Se for este o caso, há uma rota alternativa por mar que os jareditas podem ter usado para chegar no porto de  Khor Rori. Esta segunda rota também está em harmonia com o que sabemos sobre a época dos jareditas. Em seus dias, os barcos a vela já haviam sido inventados na Mesopotâmia e o comércio marítimo estava acontecendo da Mesopotâmia para os portos ao longo do Golfo Pérsico. Um desses portos era Ugair, o antigo porto de Hofuf, o maior oásis natural do mundo. Hofuf com suas enormes plantações de tamareiras e férteis campos tem sido habitada desde tempos préhistóricos. Acredita-se também que o porto de Hofuf em Ugair data de antes dos tempos do comércio marítimo neste golfo. Além disso, alguns estudiosos acreditam que Ugair e Hofuf juntas formavam a rica cidade-estado de Gerrha, que Plínio marcou em seu famoso mapa.

Gerrha é descrita por Plinio, o Velho: "Pela costa árabe do Golfo chega-se à ilha de Ichara e então ao Golfo de Capeus, onde encontramos a cidade de Gerrha, de cinco milhas de circunferência. Com torres construídas de blocos quadrados de sal. A cincoenta milhas para o leste, no interior, fica a região de Atenas, e na direção oposta a Gerrha está a ilha de Tylos." (Bibby, p. 318)

Gerrha (Arábico جرهاء), era uma antiga cidade da Arábia, no lado oeste do Golfo Pérsico. Mais acuradamente, tem-se determinado que a antiga cidade de Gerrha existiu perto ou sob o atual forte de Uqair.[citração necessária] Este fote fica a 50 milhas a nordeste de Al-Hasa na província leste da Arábia Saudita. Este local foi proposto inicialmente por R E Cheesman em 1924. Gerrha e Uqair são sítios arqueológicos na costa leste da Península Árabe, a apenas 60 milhas do antigo cemitério de Dilmun na ilha de Bahrain.[1]

Antes de Gerrha, o local pertencia à civilização Dilmun, que foi conquistada pelo Império Sírio em 709 BC. Gerrha foi o centro do reino de Arab de, aproximadamente, 650 aC até cerca de 300 AD (ver referências). O reino foi atacado por Antiochus III o Grande em 205-204 aC, embora pareça ter sobrevivido. Atualmente não se sabe exatamente quando a cidade de Gerrha tenha caído, mas a região ficou sob controle do persa Sassanid depois de 300 AD.
Gerrha foi descrita por Strabo[2] como sendo habitada por exilados Caldeus da Babilônia, que construíram suas casas de sal e as consertavam com aplicação de água salgada. Plínio, o Velho diz que era de 5 milhas de circunferência com torres construídas de blocos quadrados de sal.

Vároas identificações desse local têm sido tentadas, Jean Baptiste Bourguignon d'Anville escolheu Qatif, Carsten Niebuhr prefere o Kuwait e C Forster[quem?]sugere as ruínas à cabeceira da baía das ilhas do Bahren.

Durante nossa temporada de pesquisas e explorações de 2009-2010, fizemos várias viagens ao mar de dunas de areia que fica entre o antigo porto e o oásis de Hofuf a sessenta milhas da ilha. Em Hofuf os jareditas podem ter se juntado na nossa rota terrestre originalmente proposta para Khor Rori e então continuaram montados em mulas até o Oceano Índico onde construíram seus barcos. Este ano nossa meta era retraçar a trilha de Ugair até o Oasis. Devido à distância, era importante encontrar uma fonte de água que pudesse abastecer os viajantes até que chegassem no oásis.

O que tornou difícil nossa pesquisa foi que a maioria das rotas antigas foram encobertas pelas dunas. Em alguns locais encontramos traços de velhas rotas e até mesmo antigas moedas gregas, cacos e vidro primitivo. Felizmente Jim Anderson já explorou esta região vários anos e se lembrava de ter visto antigas estruturas entre as dunas. Com o calor do verão se aproximando rapidamente, em Abril fizemos nossa última viagem a essa região. Desta vez Jim foi capar de nos guiar até a antiga estrutura. Ela ficava localizada aproximadamente a meio caminho, entre o porto e o oásis. Ele se tornou um caravanserai que fornecia alojamento e proteção aos viajantes e, mais importante, uma fonte de água.

O "caravanserai" (caravançará) ou khan (Pérsia: كاروانسرا kārvānsarā, Turco: kervansaray) era uma pousada (geralmente de inspiração persa ou construído na beira das estradas onde os viajantes podiam descansar e se recobrar do dia de jornada. Caravanserais mantinham o fluxo do comércio, de informações e pessoas através da rede de rotas de comércio que recobria a Ásia, África do Norte e sudeste da Europa

Certamente o caravanserai não teria existido na época em que os jareditas teriam chegado em Ugair e fizeram seu caminho até o oásis, entretanto, a fonte de água certamente teria existido. Jim Anderson descreve o caravançará:

“Faisal, George, & Jim saíram para explorar novamente. Desta vez a um caravanserai no deserto de Qurrayah  – localizado aproximadamente a meio caminho entre o porto de Ugair e o oásis de Hofuf.  Não pude encontrar qualquer informação histórica sobre o forte mas calculo que ele tenha entre 1.000 a 1.500 anos – porções correspondentes à região de Ugair e Kensan (Helenístico-Grego). O forte atualmente não é muito grande mas era bem protegido com torres quadradas em cada canto e com paredes duplas. Não estamos certos onde onde obtiveram o arenito para a construção. Não vimos cimento na construção – apenas argila para unir as pedras. Havia cimento usado nos reparos feitos em séculos mais recentes para fortalecer o arco da entrada. Entretanto, eles tinham censo artistic ao usarem as pedras laranjadas alternadas como cores mais claras para criar listas de cor ao estilo turco. Teria sido um lugar surpreendente, como uma jóia de quartzo se elevando do chão do deserto no meio das dunas vazias, como refúgio e água para os viajantes sedentos e exaustos. O acampamento beduíno que fica próximo comprova a disponibilidade de água. O beduíno chamado Ali estava bombeando água do poço a duzentos pés a leste do forte. Obviamente esta era uma importante parade para as caravanas que levavam bens entre o Porto de Ugair e a região do oásis de Al-Hasa. Aceitamos a hospitalidade de Ali, um nômade do deserto, em sua tenda. Ele era do Qatar. George e eu compartilhamos do leite fresco de camela enquanto Faisal apreciava o chá.”

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