Missão

Nossa missão é divulgar artigos de pesquisas científicas a respeito da arqueologia, antropologia, geografia, sociologia, cronologia, história, linguística, genética e outras ciências relacionadas à cultura de “O Livro de Mórmon - Outro Testamento de Jesus Cristo”.

O Livro de Mórmon conta a verdadeira história dos descendentes do povo de Leí, profeta da casa de Manassés que saiu de Jerusalém no ano 600 a.C. (pouco antes do Cativeiro Babilônico) e viajou durante 8 anos pelo deserto da Arábia às margens do Mar Vermelho, até chegar na América (após 2 anos de navegação).

O desembarque provavelmente aconteceu na Mesoamérica (região que inclui o sul do México, a Guatemala, Belize, El Salvador, Honduras, Nicarágua e parte de Costa Rica), mais precisamente na região vizinha à cidade de Izapa, no sul do México.

Esta é a região onde, presumem os estudiosos, tenha sido o local do assentamento da primeira povoação desses colonizadores hebreus.

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sexta-feira, 25 de junho de 2010

Os Jareditas e as Serpentes

Bruce W. Warren
Fonte: SEHA #13 Newsletter
Tradutor Elson Carlos Ferreira – Curitiba/2009
dejerusalemasamericas@gmail.com
 Um dos episódios mais fascinantes na história dos Jareditas é o das serpentes venenosas, que foram uma ameaça para sua sobrevivência. O relato é o seguinte:



E aconteceu que começou a haver grande escassez na terra e os habitantes começaram a ser destruídos rapidamente por causa da escassez porque não chovia sobre a face da Terra.
E apareceram também serpentes venenosas na face da terra e envenenaram muita gente.
E aconteceu que seus rebanhos começaram a fugir das serpentes venenosas em direção à terra do sul, que era chamada de Zaraenla pelos nefitas.
E aconteceu que muitos deles morreram pelo caminho; não obstante, alguns fugiram para a terra do sul.
E aconteceu que os Senhor fez com que as serpentes já não os perseguissem, mas que obstruíssem o caminho para que o povo não pudesse passar, a fim de que todo aquele que tentasse passar perecesse vitimado pelas serpentes venenosas." (Éter 9:30-33)

Passado o reinado dos sete últimos reis da história Jaredita, finalmente a praga das serpentes venenosas foi resolvida:

"E aconteceu que Quis também morreu e Libe reinou em seu lugar.
E aconteceu que Libe também fez o que era bom aos olhos do Senhor. E nos dias de Libe as serpentes venenosas foram destruídas. Portanto eles foram à terra do sul, a fim de caçar e obter alimento para o povo da terra, porque a região estava cheia de animais da floresta. E o próprio Libe tornou-se também um grande caçador.
E construíram uma grande cidade perto da faixa estreita de terra, perto do lugar onde o mar divide a terra." (Éter 10:18-20)

Existe alguma evidência arqueológica dos tempos dos Jareditas que focalize as serpentes? Eu considerarei tais evidências a respeito de três sítios arqueológicos da antiga Mesoamérica. Estes três sítios são Palenque, Chiapas, no México; San Lorenzo, Tenochtitlan, Veracruz e La Venta, em Tabasco.

Primeiro, escritas hieroglíficas na Lápide da Cruz em Palenque fala de um rei ancestral por nome U-Kish Chan ("aquele da serpente emplumada").*  U-Kish Chan é considerado o antigo fundador da dinastia de reis de Palenque.

Segundo, o Monumento 47 de San Lorenzo Tenochtitlan é a representação de um rei que tinha uma serpente ao redor da cintura e segurava a cabeça da serpente nas mãos. A serpente tinha plumas na cabeça. Este monumento é de estilo Olmeca e data do começo do primeiro milênio antes de Cristo. A cabeça desse monumento foi perdida, mas a aparência do monumento é igual à de U-Kish Chan da Lápide da Cruz de Pelenque, que é muito posterior a ela. O monumento de San Lorenzo poderia representar o monumento de U-Kish Chan?


Terceiro, o layout da parte central do sítio arqueológico de LaVenta representa uma serpente: o grande monte de forma vulcânica representando a cabeça voltada para cima de uma serpente, o cume do lugar do corpo da serpente e o pendão em forma de diamante nos dois painéis enterrados representando o desenho do corpo de uma variedade de cascavel, etc.+

A implicação é que a serpente para os Olmecas e/ou para os Jareditas se tornou um símbolo da fertilidade da terra e que o milho cresce de suas costas ou da terra. De todo modo, temos um bom exemplo arqueológico da combinação de chuva fertilizante, plantação de milho, boca aberta de serpente, e uma figura humana segurando uma serpente Olmeca portadora do calendário anual no Monumento 1 em  Chalcatzingo, Morelos. Também há um monumento Asteca bem posterior que possui guizos de cascavéis entrelaçados com grãos de milho.

Uma hipótese para explicar as informações acima pode ser a seguinte: Pelo menos nos dias dos reis Jareditas, um culto focalizado nas serpentes foi desenvolvido. O filho do rei Libe construiu uma cidade na estreita faixa de terra em LaVenta, Tabasco, que enfatizou o culto à serpente. Muito mais tarde os reis de Palenque, Chiapas, conclamaram a divina adoração deste rei ancestral, U-Kish Chan, o qual, provavelmente originalmente viveu em San Lorenzo Tenochtitlan, Veracruz. O rei U-Kish Chan, ”Aquele da serpente emplumada” no Monumento 47 em San Lorenzo, é o predecessor da deidade chamada de Quetzalcoatl pelos Astecas e Maias, e pode ter sido o símbolo do Messias. A aparência, os nomes e todas as localizações fazem sentido. Entretanto todas as hipóteses devem ser testadas, e assim estas hipóteses devem ser assuntos para rigorosos testes.

*O rei Quis nasceu na Quarta-feira, dia 8 de Março de 993 a.C, 5.7.11.8.4 1 Kan 2 Kumku. Ele ascendeu ao trono na Quarta-feira, dia 25 de Março de 967 a.C, 5.8.17.15.17 11 Kaban 0 Pop (0 Pop é o Dia de Ano Novo no calendário de Tikal).

Fontes:

Karl W. Luckert, 1976. Olmec Religion: A Key to Middle America and Beyond. University of Oklahoma Press: Norman.
New Evidences of Christ in Ancient America by Bruce W. Warren, Blaine M. Yorgason and Harold Brown

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