Missão

Nossa missão é divulgar artigos de pesquisas científicas a respeito da arqueologia, antropologia, geografia, sociologia, cronologia, história, linguística, genética e outras ciências relacionadas à cultura de “O Livro de Mórmon - Outro Testamento de Jesus Cristo”.

O Livro de Mórmon conta a verdadeira história dos descendentes do povo de Leí, profeta da casa de Manassés que saiu de Jerusalém no ano 600 a.C. (pouco antes do Cativeiro Babilônico) e viajou durante 8 anos pelo deserto da Arábia às margens do Mar Vermelho, até chegar na América (após 2 anos de navegação).

O desembarque provavelmente aconteceu na Mesoamérica (região que inclui o sul do México, a Guatemala, Belize, El Salvador, Honduras, Nicarágua e parte de Costa Rica), mais precisamente na região vizinha à cidade de Izapa, no sul do México.

Esta é a região onde, presumem os estudiosos, tenha sido o local do assentamento da primeira povoação desses colonizadores hebreus.

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domingo, 27 de junho de 2010

Autores dos Antigos Registros Mesoamericanos


Novas Evidências de Cristo Nas Américas
www.ancientamerica.org

Tradução Elson C. Ferreira – Curitiba/Brasil


Estes registros consistem de escritos e histórias deixadas por sacerdotes espanhóis dos séculos XVI e XVII, os quais se encontraram na posição de receptores e preservadores de registros nativos. Muitos destes homens cultos produziram suas próprias versões de histórias nativas.

Padre Juan de Torquemada

O Padre Torquemada foi um sacerdote espanhol que viveu no México durante o século XVII, o qual publicou em espanhol um trabalho histórico de três volumes. Nesse trabalho ele contou lendas dos ameríndios mesoamericanos a respeito de suas própria origem e relata:

Esses Toltecas ocuparam estas províncias [México e Guatemala] como seus senhores e proprietários. Eles dizem que tinham conhecimento da criação do mundo, e como o povo foi destruído pelo Dilúvio e muitas outras coisas que eles tinham em pinturas e em história... E eles também dizem que tinham conhecimento de como o mundo deve terminar novamente, consumido por fogo. (Hunter and Ferguson 1950, 94)

Ele continua:

Eles eram um povo muito sábio, e hábeis na construção de navios, indústrias, e no trabalho com ouro e prata, e eles eram artesãos muito grandes em qualquer tipo de arte [você pode mencionar]; eles eram grandes lapidadores e habilidosos em coisas delicadas, e em outras indústrias para o sustento humano; e em arar a terra; e eles eram um povo forte, notado por seu bom governo e grandes indústrias e habilidades, e eram homens de grande capacidade. Quando eles chegaram, eram grandemente estimados e honrados. (Hunter and Ferguson 1950, 131)

Torquemada continua sua descrição observando que os colonizadores originais se vestiam com mantos de linho preto, como os turcos, sendo esses mantos semelhantes às batinas dos cléricos, abertos na frente e sem capas, corte baixo no pescoço, e com mangas curtas e largas que não chegavam aos cotovelos“. (Hunter and Ferguson 1950, 318-19). Este traje seria semelhante ao próprio manto usado na Terra Santa. Eles também usavam chapéus iguais a gorros, e sandálias, os quais também eram artigos de vestuário no Velho Mundo.

Bispo Diego de Landa

Diego de Landa, o primeiro bispo de Yucatan, etnologista autodidata, também escreveu a história dos Maias em 1556, intitulada Relacion de las Cosas de Yucatan. Ele também acreditava nas declarações dos Maias de uma origem trans-oceânica:
        
Algumas das pessoas idosas de Yucatan dizem que ouviram seus ancestrais contarem que sua terra era ocupada por uma raça de pessoas que vieram do Leste, os quais Deus havia libertado abrindo doze caminhos através do mar. Se isto for verdade, segue-se necessariamente que todos os habitantes das Índias [o Novo Mundo] são descendentes dos judeus. (Tozzer, 1941, 16–17)

O Bispo Landa também declarou que os Maias de Yucatan acreditavam que “o mundo foi  destruído por um dilúvio." A palavra Maia para dilúvia éhaiyokocab, que significa "água sobre a terra."
Bernardino de Sahagun

Bernardino de Sahagun, um sacerdote católico que viveu no Vale do México de 1529 a 1590, compilou textos Nahuatl e tinha histórias escritas nativas. O trabalho de Sahagun tem sido chamado como “uma das mais compreensíveis e importantes coleções de material para o estudo da cultura, etnologia e história dos Astecas” (Gibson and Glass 1975, 360).

Sua história também descreve a migração para o Vale do México. Ele descreve seus descendentes imediatos como “brancos e de boas e bem proporcionadas faces e bem afeiçoados....

Eles eram de boa geração porque os homens vestiam boas roupas e bons mantos; eles usavam sapatos, jóias e colares ao redor do pescoço. Eles se olhavam em espelhos e suas mulheres vestiam blusas e saias elegantes. Eles eram polidos e instruídos em tudo" (Sahagun 1961, 10:188).

Sahagun aparentemente estava convencido de que as pessoas, cuja história ele registrava tinham origem autêntica do Velho Mundo:
       
Eles nunca cessaram de ter seus homens instriídos, ou profetas... Antes da sua [dos profetas] partida eles discursaram conforme segue: “Sabei que nosso Deus vos ordena permanecerdes aqui nestas terras da qual Ele vos fez mestres e delas vos deu posse. Ele [Deus] retorna para o lugar de onde Ele e nós viemos mas Ele voltará para vos visitar quando será o tempo de o mundo chegar ao fim; e enquanto isso vós O esperareis nestas terras, esperançosamente e possuindo-as, e tudo o que elas contém, já que para este propósito [de Deus] vós viestes até aqui; permanecei, portanto, porque nós vamos sem Deus." (Sahagun 1950, 1:190)

A influência cristã do século XVI originária dos sacerdotes espanhóis e escritores nativos convertidos também teve impacto nestes documentos, entretanto, todos os relatórios das fontes nativas e católicas concordam que os conceitos foram possuídos pelos colonizadores originais muitos séculos antes da chegada dos sacerdotes espanhóis. Os antigos da Guatemala e México tinham algum conhecimento do Velho Testamento e de suas raízes do Velho Mundo.

Sumário

As informações acima sugerem que um conhecimento das práticas religiosas israelitas, conforme lemos no Velho Testamento, encontrou seu caminho na Mesoamérica. Aquele conhecimento permaneceu intacto porque havia poucas forças presentes na Mesoamérica que as diminuíssem. A maioria dos conversos ao cristianismo no mundo mediterrâneo era de gentios, e portanto, as tradições e costumes hebreus foram facilmente descartados. As tradições dos judeus eram simplesmente mais fortes na Mesoamérica, assim os ritos judeus foram levados para as crenças e práticas religiosas na Mesoamérica.

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