David A.
Palmer.
Tradução de Elson C. Ferreira –
Curitiba/2006
dejerusalem.as.americas@gmail.com
Fig. W0315: The Step-Fret Mosaics of Building 6
Simbolismos religiosos são abundantes na arte da antiga Mesoamérica. Este documento tentará elucidar o inter relacionamento entre alguns dos símbolos teológicos e voltar, até onde possível, à sua derivação e significado. Os símbolos estudados são a árvore da vida, a serpente, o fogo, a água, a concha do mar e a Xicalcoliuhqui (stepped fret).(1)
A frase frequentemente repetida nas crônicas mesoamericanas, “...
perecer para nascer", foi um dos principais conceitos na religião Maia e Nahuatl. A base desse conceito, de acordo com
Paul Westheim, foi a firme crença
de que os homens possuem a "energia vital" que é indestrutível
e independente do tempo, do espaço
ou da matéria. "O velho costumava dizer", explicou Friar
Sahagun, "que quando o homem morre não
perece, mas começam a viver de novo... Eles tornam seus espíritos aos deuses..." Além
disso, tanto os Maias quanto os Astecas têm
completa fé no Deus vivo, o qual eles representaram desde tempos muitos
antigos com o símbolo da serpente.
Hermann Beyer, cujo trabalho na stepped fret 2 inclui 250 exemplos, vê-o como uma modificação de
ondas estilizadas.
Além disso, conchas marinhas e caramujos são símbolos
que têm grande significado nos tempos Pré-clássico
e Clássico através de
sua associação com o deus Quetzalcoatl. Seu
uso durou até a Conquista Espanhola, sendo
abstraído pelas espirais conforme
visto na stepped fret. De considerável interesse é a
combinação da concha do mar com a stepped fret, como é mostrado na Figura 4. (5)
e acordo com Tozzer e Allen,
da Universidade de Harvard, a concha usualmente representada é a Fasciolariagi gantia, que é a maior concha americana conhecida encontrada
na costa de Yucatan. (5a) Entretanto, esta visão foi
mudada por Emily H. Vokes, da Universidade de Tulane, o qual declara que a
concha do mar no Templo de Quetzalcoatl em Teotihuacan (cf. Newsletter, 28. 50)
tem uma semelhança bem aproximada da Turbinella
angulata ou West Indian chank. 6 Ela acredita que isto representa a influência indú na América, entretanto o case para a visão de Tozzer e Allen é muito forte porque uma das estilizações mais largamente usadas é a do corte transversal na concha americana, tal
como é mostrado na Figura 3.
Sua forma, chamada de
"wind jewel" (jóia dos ventos) é um dos ornamentos mais característicos de Quetzalcoatl, o qual os usam em
colares. A Figura 5 mostra um baixo relevo em jade verde
encontrada em Veracruz, representando Quetzalcoatl. (7)
A Figura 6 mostra uma estilização típica
da “jóia dos
ventos”, que é vista nos códigos
em Quetzalcoatl. A porção superior da figura é um colar de conchas de caramujos. Nem a jóia dos ventos nem a concha de caramujo é vista em qualquer das deidades mexicanas além de em Quetzalcoatl. (Esta deidade é referida uma quantidade de vezes nos Newsletter;
veja especialmente 60. 50, 78.2, 91. 32. Ed.)
á uma concordância entre os estudiosos a respeito do
significado do símbolo da concha, seja vista de
cima, de lado a na seção transversal. Para apresentar
o conceito nos referimos à descrição dada no Código
Borgia da ressurreição de Quetzalcoatl como a
Estrela da Manhã (Vênus). "O deus nascido da água emerge de uma choncha de caramujo. Numa mão ele segura uma serpente, o sinal da iluminação."(8) Laurette Sejourne em referência a esta tradição,
declara:
A concha de caramujo foi
interpretada pelos antigos sábios mexicanos como um símbolo da geração, do
nascimento, que coincide com a tradição que
de Quetzalcoatl o procriador do homem. Esta fase culminante (sua ressurreição) a qual é marcada
tanto pelo seu nascimento quanto por sua morte, pode somente referir-se ao
sobrepujar as paixões terrestres... A arte em
Teotihuacan confirma o papel da concha de caramujo como o gerador da
espiritualidade. (9)
Tozzer e Allen declararam que
"a concha é considerado pelos Nahuas como
o símbolo do nascimento e morte". (10)
Paul Westheim acredita que a
concha do caramujo representa os órgãos reprodutores femininos que têm quase a mesma forma. (11)
Pedro Rios, intérprete do código
Telleriano-Remensis diz: "Como o caramujo vem da concha, assim também o homem emerge do útero de sua mãe".
epresentações de deuses ou humanos emergindo de conchas
eram bastante difundidos na antiga Mesoamérica
bem como no Peru, Índia e possivelmente em outros
lugares. Uma interessante característica
em dois dos códigos Maia, os Dresdenses (12)
e os Peresianos, é a ideia do homem emergindo de
conchas. Isto também é visto em discos de ouro do Século X tirados da Concha Sagrada de Chichen
Itza. Isto
pode demonstrar-nos mais a representação de
um nascimento espiritual do que um nascimento físico.
Sejourne diz que o rei da
figura 7 “... parece imergir da própria concha, o que concorda com o conceito que
encontramos em diversos centros, estrategicamente associado com o homem antigo.
Isto sugere a chegada no mundo do conhecimento oculto". (13)
A associação da
conche com a STEPPED FRET e seu uso como um peitoral nas imagens de
Quetzalcoatl como já tem sido indicado. Além disso, a aparência
da concha no templo de Quetzalcoatl em Teotihuacan ao lado da cabeça da serpente e figuras de Tlaloc, o deus da
chuva, mostra uma associação com o antigo deus da vida, e
não com o mais recente rei-sacerdote do Século X chamado Cc Acatl Topiltzin Quetzalcoatl.
Como a serpente enrolada tem a forma parecida com muitas conchas marítimas, é possível que estes dois símbolos tentem representar ao Mesoamericano
Quetzalcoatl, cuja missão, de acordo com Sejourne, era
trazer o renascimento espiritual do homem. (14)
A "jóia dos ventos" aparece... repetidamente nos
corpos das serpentes emplumadas... Ela também
aparece nas colossais estátuas de Tula, Hidalgo e na
serpente encontra-se um disco de ouro tirado da Concha Sagrada de Chichen
Itza". (15)
Figura 8 uma estreita associação da concha com a serpente é evidente. A "rosa dos ventos" está na calda, e a forma espiral da concha aparece
duas vezes no corpo da serpente.
Outro símbolo que ocorre freqüentemente é o
fogo. Serpentes ardentes são abundantes na arte pré-columbiana. Um excelente exemplo é encontrado no assim chamado "Pedra-calendário Asteca", na qual duas serpentes
estilizadas com chamas bem visíveis em seus corpos cobrem o
perímetro da pedra. Serpentes ardentes (ou
flamejantes) são uma ampliação da crença em
Quetzalcoatl, o deus da vida.
Este simbolismo pode ser surpreendente
para os cristãos modernos que estão mais acostumados em pensar nas serpentes e
cobras em conexão com o diabo. Mas os antigos israelitas do Oriente Médio
tinham a serpente como um símbolo da vida. Durante sua peregrinação no deserto
do Sinai eles foram picados por "serpentes ardentes" (ou
flamejantes).
E disse o Senhor a Moisés: Faze uma serpente ardente, e põe-na sobre uma haste; e será que viverá todo
o mordido que olhar para ela." (16)
Este mesmo símbolo da serpente ardente é também mencionado no
Livro de Mórmon, o qual dá sinal de sua significância conforme entendido pelo
antigo povo israelita no Novo Mundo. (17)
Na Palestina a serpente era o
principal símbolo do esperado Messias até quase ao ano 700 a.C. A serpente de latão na haste foi mantida como uma representação do Messias no templo de Salomão. (18)
Este paralelo entre o
simbolismo religioso do Velho e o Novo Mundo é
impressionante!
Para realçar este importante paralelo entre a
"serpente de fogo" do antigo simbolismo religioso americano e a
"serpente ardente" dos antigos israelitas e o Livro de Mórmon, o autor deste está em dívida
com o Dr. M. Wells Jakeman, professor de arqueologia e antropologia da Brigham
Young University. (19)
Referindo-se novamente ao
Calendário de Pedra Asteca, vemos que
em uma das eras do mundo "o sol de água"
era representação familiar.
'... As quatro correntes de água que saem do receptáculo terminam em conchas e discos. Aqui eles
aparecem em referência a um período do mundo no qual o homem foi destruído pelo dilúvio – com apenas uma advertência e nenhuma possibilidade de escapar."(20)
O sinal do dia chamado "água" no calendário é
representado da mesma maneira. Uma representação
manuscrita desta data é mostrada na Figura 9.
Dois círculos concêntricos
(possivelmente a visão final da concha) são freqüentemente
usados com a mesma desejada significação
(veja a Figura 10).
A espiral, que é uma derivação das
formas da concha ou da serpente enrolada, é freqüentemente usada para representar a água, como na figura 11. (21)
A figura 12 mostra a única combinação de
conchas e espirais.
Ao lado das conchas e das
serpentes, a espiral tem uma ocorrência
muito rara na natureza. Ela não é observada nas ondas, e seu uso como representação da água é ainda menos usual. Recentemente foi solicitado
a mais de uma centena de escolares que desenhassem com grafite uma figura da água, para que aqueles que não entendessem sua linguagem pudessem olhar para
a figura daqui a centenas de anos pudessem entendê-la.
Nenhuma simples gravura tinha qualquer tipo de espiral, forma de concha ou círculos concêntricos,
apesar de que crianças nesta idade são mais criativas artisticamente do que em
qualquer época de suas vidas. Muitas
delas, por exemplos usaram linhas onduladas, O uso de uma espiral ou concha
para representar a água em dois diferentes lugares
pode ser caracterizado como um elo cultural entre eles.
A representação da água
corrente abaixo da árvore da vida em Stela 5 de
Izapa, sul do México, é uma série de
espirais representando astepped fret da
Figura 2.
A Figura 13 mostra esta
representação, incluindo as duas linhas de
ondas correndo abaixo.
Em completa harmonia com
outras correspondências que Stela 5 tem com a
arte da Mesopotâmia, (22) o símbolo no último
para a água é o do uma pequena raposa.
O Professor Parrot ilustrou as
esculturas em baixo relevo das cenas de água de
Nimrud e Khorsabad. (23) Um exame minucioso deles revela não apenas a espiral, bem como muitos casos de
conchas também.
O mesmo símbolo é
observado em todo local onde á água é
representada na arte da Mesopotâmia. Em outro lugar, Parrot
ilustrou uma parede pintada num templo de Mari, datando do décimo oitavo século
antes de Cristo. (24)
Abaixo da árvore da vida, que é guardada por querubins (como também aparece em Stela 5, Izapa) corre uma faixa de
espirais. O autor deste acredita que isto representa as águas, cujo significado é idêntico àquele mostrado dois mil anos mais tarde em Stela
5, Izapa, Mexico.
Nesta conjuntura, uma explanação da importância
da água para os povos pré-colombianos pode ser apropriada. Um povo Pós-clássico
declarou que "apenas na água está sua salvação"'(25)
A possibilidade de alguma
forma de batismo na água ser a razão dessa crença é apoiada por muitos registros que contam-nos da
realização dessa ordenança na Mesoamérica.(26)
Sahagun descreveu um batismo realizado por fiéis em
Quetzalcoatl onde o batizador disse:
“... Agora ele vive novamente e
nasce de novo, mais uma vez ele é
purificado e limpo”. (27)
Em outro registro Sahagun cita
as palavras de um sacerdote: "Quando tu foste criado e enviado para cá, teu pai e mãe
Quetzalcoatl te fizeram como a uma pedra preciosa... mas por tua própria vontade e escolha te tornaste sujo... e
agora confessaste... tu tornaste descobertos e feitos manifestos todos os teus
pecados ao nosso Senhor que protege e purifica todos os pecadores; e não toma isto como zombaria, pois na verdade tu
entraste na fonte da misericórdia, que é como a água
purificadora, com a qual o nosso Senhor Deus, ...lava a sujeira da alma...
agora tu nasces de novo, agora começas a
viver; e agora mesmo nosso Senhor Deus dá a ti
luz e um novo sol..." (28)
O hieroglifo
"Ahuilizapan" do Código Mendocino (29) parece ter
pertinência a este assunto. Ele
significa "nas águas do prazer ou o rio da
alegria" e é mostrado na Figura 1.4.
Na Figura 15 é mostrado um desenho tirado do Código Dresdensis. (30) Um rito religioso é representado, o qual é interpretado por Villacorta conforme segue:
"Deus B (o deus serpente) está na água segurando uma serpente em sua mão esquerda. Uma concha de caramujo aparece na água e um ser humano está saindo dela como um símbolo do nascimento." A interpretação do significado do desenho é deixada por conta do leitor.
A água não está associada somente com a concha, mas também com o fofo. Excelentes exemplos disso são encontrados no último
artigo. (31) Numa imagem de Quetzalcoatl é visto
o símbolo da água
que queima conforme mostrado na Figura 16. A água
está à
esquerda (os dois riachos centrais
terminando em conchas e as outras duas em círculos
concêntricos) e a banda de fogo à direita.
Uma união teológica
similar de fogo e água é vista em outro mural em Mari, na Mesopotâmia, datando do oitavo século antes de Cristo. (32) Fogo e água são
mostrados sendo oferecidos sobre o altar.
Se este simbolismo também parece estranho ao cristianismo, deve-se
lembrar que ele é mencionado na Bíblia que devemos nascer de novo, da água e do fogo (do Espírito Santo), (cf. Mateus 3: 11 e João 3:1-13).
Em resumo, uma matriz é mostrada na Figura 17 que ilustra o inter
relacionamento mostrado neste documento. Deve-se notar que todos os símbolos apontam para a serpente, que representa o
deus da vida. Estes símbolos evidenciam aquela
antigamente bem definida teologia ao redor dessa divindade. Cada um desses símbolos, exceto a sttep fret, que envolvida pelos
outros, foi encontrado na Palestina ou Mesopotâmia
antes de seu aparecimento na América. Ficção independente em dois diferente lugares
diferentes de tais símbolos com o mesmo significado
é tão
improvável que um movimento cultural
do Velho para o Novo Mundo parece ser a conclusão imperativa.
Fig. W0315: The Step-Fret Mosaics of Building 6
As crenças
religiosas que estes símbolos evocam podem ser
entendidos indistintamente sem a iluminação de
fontes documentais. Tais descobertas podem ser descobertas em breve para
iluminar o caminho em direção de um melhor entendimento
das antigas civilizações da América.
NOTAS
2- Normann Beyer, "La Greca Escalonada, "
El Mexico Antiguo, Tomo X (Mexico, DF, Sociedad Alemana Mexicanista,
1965), p. 70,
3 -
Hermann Strebel, "Zur Deutung eines altmexikanischen Ornamentmotivs,
" Globus, Vol. 71 (1897), p. 201; K, Th. Preuss, "Kosmische
Hieroglyphen der Mexikaner, " Zeitschrift fair Ethnologie, Vol. 33 (1901), pp. 31-32.
4 -
Beyer, op. cit. , p. 98, from the Codice Nuttal, p, 65.
5 - Jorge Encisco, Design Motifs of Ancient Mexico (New
York, Dover Publications, 1953), Figure IV, p. 61. 5aAlfred M. Tozzer and
Glover M. Allen, Animal Figures in the Maya Codices (Cambridge,
Mass. , Peabody Museum, 1910)
6 -
Emily H. Vokes, "A Possible Hindu Influence at Teotihuacan, " American
Antiquity, Vol. 29 (1963), p. 94.
7
- Provavelmente o antigo deus da vida. Um rei sacerdote do Século
X (Ce Acatl Topiltzin Quetzalcoatl) ensinou muitas das mesmas doutrinas que
aviam sido ensinadas antes a respeito de Deus. Atualmente é
extremamente difícil
separar as lendas dos fatos pertinentes ao deus daqueles do sacerdote-rei. Para
um completo tratamento do assunto, veja Saenz, Quetzalcoatl (cf. Note 15,
below).
8 - Codice Borgia, p.
42(Berlin, 1904). Xolotl é mostrado. Ele é gêmeo de Quetzalcoatl e aparece
ocasionalmente com a Rosa dos Vetos no Código
de Borbonico (cf. Newsletter, 60. 50. Ed. ),
9 -
Laurette Sejourne, El Universo de Quetzalcoatl
(Mexico, DF, Fondo de Cultura Econbmica, 1962), p. 54.
10 -
Tozzer and Allen op. Lit., p. 297.
/
11 -
Paul Westheim, The Art of Ancient Mexico (New York, Garden City,
Doubleday, 1965), p. 118.
12 - Codices Mayas, reproducidos
y desarrollados por J. y C. Villacorta (Guatemala, CA, 1933). Dresden, p.
41b.
13 - Sejourne, op. cit., p.
50.
14 -
Laurette Sejourne, El Pensamiento
y Religion en el Mexico Antigun (Breviario del Fondo de Cultura
Economica, Mexico, DF, 1956), pp. 60, 86. Na Cidade dos Deuses (Teotihuacan) os adoradores seguiram o exemplo
de de Quetzalcoatl ao esforçar-se pelo estatus celestial
através do crescimento interior. (para uma breve revisão da edição em
inglês deste trabalho, veja Newsletter, 78. 2. Ed.
) 15 - Cesar Saenz, Quetzalcoatl (Instituto
Nacional de Antropologia e Historia, Mexico, DF, 1962), p. 35.
16
- Numbers 21:7-9.
17 - Helaman 8:14-15. O Livro de Mórmon, onde esta referência
aparece, descreve a vida e crenças religiosas dos habitantes
da Mesoamérica no período Pré-clássico Protoclássico.
Maurice H. Farbridge, Studies in Biblical and Semitic Symbolism.
19 - M, Wells Jakeman, comenta
numa numa discução em um simpósio, e também numa
classe do curso "Archaeology of Middle America" oferecido pela
Brigham Young University, 1967.
20 - Beyer, op. cit. , p.
187. De interesse correspondente na cultura Maia poderia ser a cena da p. 74 do
Código Dresdensis. Não poderia ele representar a
morte espiritual e o renascimento do mundo?
21 -
Beyer, op. cit., p. 191.
22 -
M, Wells Jakeman, The Complex "Tree-of-Life" Carving
on Izapa Stela _5. Brigham Young University Publications in Archaeology
and Early History, Mesoamerican Series, No. 4 (Provo, 1958).
23 - Andre Parrot, The _Arts of Assyria (New
York, Golden Press, 1961), p. 40.
24 -
Andre Parrot, Sumer, the Dawn of Art (New York, Golden Press,
1961), p. 269.
25 - Anales de los Cakchiqueles, Adrian
Recinos translation (Fondo de Cultura Economica, Mexico, DF, 1950), p. 62.
26 -
Como exemplo, Historical Recollections of Gaspar Antonio Chi
(edited and translated by M. Wells Jakeman), p. 42. Brigham Young University
Publications in Archaeology and Early History, No. 3 (Provo, 1952).
27 - Bemardino de Sahagun, Historia General de las
Cosas de Nueva Espana (edition of Angel M. Garibay,
Editorial Porrua, Mexico, DF, 1956), Vol. 2, p. 207.
28 - Sejourne, op. cit., 1956,
p. 56, quoting Sahagun.
29 -
Antonio Penafiel, Nombres Geographicos _de Mexico, Catalago Alfabetico, Estudio Jeroglyphico, Matricula de los tributos
del Codice Mendocino (Mexico, DF, 1962).
30 - Codices Mayas, Dresden, p.
37b.
31 - Codice
Borgia, p. 23, for example. 32parrot, op. cit. (Sumer), p. 282.
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