Missão

Nossa missão é divulgar artigos de pesquisas científicas a respeito da arqueologia, antropologia, geografia, sociologia, cronologia, história, linguística, genética e outras ciências relacionadas à cultura de “O Livro de Mórmon - Outro Testamento de Jesus Cristo”.

O Livro de Mórmon conta a verdadeira história dos descendentes do povo de Leí, profeta da casa de Manassés que saiu de Jerusalém no ano 600 a.C. (pouco antes do Cativeiro Babilônico) e viajou durante 8 anos pelo deserto da Arábia às margens do Mar Vermelho, até chegar na América (após 2 anos de navegação).

O desembarque provavelmente aconteceu na Mesoamérica (região que inclui o sul do México, a Guatemala, Belize, El Salvador, Honduras, Nicarágua e parte de Costa Rica), mais precisamente na região vizinha à cidade de Izapa, no sul do México.

Esta é a região onde, presumem os estudiosos, tenha sido o local do assentamento da primeira povoação desses colonizadores hebreus.

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15 outubro 2022

ARQUEOLOGIA - Falsas Noções Concernentes à Arqueologia do Livro de Mórmon

T.Christensen


Fonte: AAF Newsletter #15 UAS #64

Tradutor: Elson Ferreira – Curitiba/Brasil – 2007 
de.jerusalem.as.americas@gmail.com


Neste artigo é discutido por que os Santos dos Últimos Dias são e devem mesmo ser interessados na ciência da Arqueologia, particularmente em referência ao Livro de Mórmon. Algo da história desse interesse até o presente já foi narrado. A visão dos Santos dos Últimos Dias em em geral tem sido realçada. Antes de continuar, me parece necessário comentar certas ideias que sinto estarem baseadas na falsa concepção da verdadeira situação. William E. Berrett certa vez declarou que desejava defender O Livro de Mórmon, mas que igualmente não desejava defender tudo o que havia sido dito a respeito desse livro. Minha aversão para com certas noções que têm crescido em redor do conceito da “prova”.

Em primeiro lugar, a declaração de que O Livro de Mórmon já foi provado pela arqueologia é errônea. A verdade sobre esse assunto é que estamos apenas começando a ver as linhas gerais dos períodos de tempo arqueológico que podem ser comparados com os do Livro de Mórmon.

 Como então pode o assunto ser encerrado de uma vez por todas? Que tal ideia pode existir indica a ignorância de muitas pessoas ou povos com respeito a o que está acontecendo com as ciências histórias e antropológicas. Com exceção dos arqueólogos SUD, membros da profissão arqueológica não têm e nunca terão esposado o Livro de Mórmon com qualquer senso do qual eu esteja ciente. Arqueólogos não-mórmons não permitem ao Livro de Mórmon qualquer lugar, qualquer que seja, em suas reconstruções da antiga história do Novo Mundo.

Além disso, sua ignorância do conteúdo do Livro é até mesmo mais profunda do que a ignorância dos SUDs em arqueologia, a usual suposição dos cientistas de que a escritura mórmon trata das Dez Tribos Perdias de Israel. (e. g., Julian H. Steward, American Anthropologist, Vol. 51, p. 113, 1949). Por outro lado os Santos dos Últimos Dias que tiveram algum treinamento formal em arqueologia são excessivamente poucos. Em outras palavras, o interesse que eles têm tido neste campo até o presente é de nível mais amador do que profissional. Estou convencido de que este tipo de “arqueologia” na Igreja não será mais efetivo em resolver os problemas que encaramos do que a medicina folclórica seria em proteger a saúde do povo. Quanto à noção de que O Livro de Mórmon já foi provado pela arqueologia, eu devo dizer como Shakespeare, "Lay not that flattering unction to your soul! " (Não coloque essa unção lisongeira em minha alma”, Hamlet III:4)

Há outros, mais sofisticados que dizem que por causa da sua natureza o Livro de Mórmon nunca poderá ser provado pela arqueologia: Ele trata de eventos miraculosos tais como curas, profecias, visões e migrações trans-oceânicas sob orientação divina. Conquanto isso seja verdade, ele fala também de cidades populosas e de ocupação de vastos territórios por civilizações avançadas (cf. Newsletter 40). Muitos íntimos vislumbres de materiais culturais de pessoas que totalizam aos milhões são dados em 535 páginas. É impensável que tais civilizações poderiam não ter deixado para trás remains por meio dos quais a autenticidade do Livro pode ser minuciosamente testada pela ciência da arqueologia.

Há outras pessoas ainda mais sofisticadas que acreditam que o Livro nunca poderá ser desaprovado pela arqueologia do Novo Mundo. "...O Livro de Mórmon", de acordo com uma dessas pessoas, "é immune ao ataque do Ocidente" the idea sendo que ele essencialmente é uma escritura do Velho Mundo, a aprovação ou desaprovação do qual está nos estudos filosóficos e históricos do Velho Mundo, e que, uma vez que simplesmente não conhecemos a geografia do Novo Mundo (do Livro), "...nenhum achado pode ser tomado como uma evidência inequívoca contra ele" (Hugh Nibley, in Improvement Era, Vol. 51, p. 202 ff. , 1948). Se não encontrarmos a evidência no lugar onde nossos estudos nos têm levado, elas certamente repousam escondidas em alguma parte nas Américas.

O autor dessa asserção, incidentalmente, tem sido de grande service apontando um campo de estudos frutífero nos antecedents orientais do Livro de Mórmon. No entanto, eu respeitosamente não concordo com sua opinião de que nenhum montante de evidências negativas no Novo Mundo pode desaprovar suas declarações. É inteiramente possível que algum dia tenhamos um profundo conhecimento histórico e arqueológico de todo o Novo Mundo, e se nossas pesquisas nowhere turns up materiais que podem ser encaixados no quadro do Livro de Mórmon de extensivas civilizações de origem oriental, então aquele registro será desaprovado. Resumindo, eu estou totalmente confiante de que a natureza do Livro é tal que um teste arqueológico pode ser definitivamente aplicado a ele.

Há ainda outros Santos dos Últimos Dias que anunciam que não faz nenhuma diferença para eles se podemos provar ou desaprovar o Livro de Mórmon através da arqueologia, que sua fé é tão firme que não interessa o que os arqueólogos possam descobrir. Eles afirmam que é inútil ou ou sem significado o estudo desta ciência em conexão com sua escritura, pois não podem acrescentar nada ao que já sabem. Conquanto eu concorde que o Livro possui dentro de si mesmo um testemunho de sua própria validade, o suficiente para a satisfação daqueles que já acreditam nele, este fato de nenhum modo faz um estudo correlacionado de arqueologia, seja vão ou sem significado; pois apesar de que tal estudo possa não adicionar à nossa certeza de sua veracidade, ele tem a promessa de ajudar-nos a entendermos o que estamos lendo. "Com tudo o que possues adquire o conhecimento." (Provérbios 4:7). Certamente nenhum Santo dos Últimos Dias que possua forte testemunho pode declarar possuir um entendimento suficiente da cultura, costumes daqueles povos antigos para fazer o Livro totalmente compreensível para ele.

"Mas," dizem alguns, "É a doutrina e os feitos de Deus, não os costumes do povo que me interessam”. Eu concordo que a doutrina é maior que os costumes, pois é pelo conhecimento da doutrina que obtemos a salvação, mas eu declare que não é possível entender totalmente um sem o outro. Quanto maior nosso conhecimento dos costumes dos povos do Livro de Mórmon, tanto maior será nosso entendimento de sua doutrina ou ensinamentos religiosos.

Por que muitos dos nossos jovens (e mais velhos também) olham para o Livro de Mórmon como sendo difícil de ler e, portanto, não cuidam de estuda-lo? É porque eles não entendem a antiga origem cultural dos seus escritores. Para eles, a história envolvida consiste apenas de muitas guerras e contendas; os líderes, de tantos Néfis, Leis, Omnis e Morônis; e os povos, tantos nefitas, lamanitgas, jareditas e outros itas (cf. 4 Néfi 17). Talvez eles nunca tenham pensado nestas pessoas anticas como já tendo sido reais, seres humanos vivos iguais e eles mesmos, como sendo capazes de sentirem as mesmas paixões e palpitações de coração, as mesmas alegrias e amargas tristezas. A arqueologia com sua atenção focalizada na história cultural está admiravelmente em posição de contribuir com tal entendimento das Escrituras.

Alguns até mesmo sustenta que não precisamos estudar o aspecto histórico, que a única importância do Livro reside em sua doutrina. Devemos entender dessa declaração que não faz diferença se os eventos históricos relatados no Livro de Mórmon realmente aconteceram? Que seu aspecto histórico pode meramente ser um veículo literário conveniente que Joseph Smith usou para conter ensinamentos religiosos ao povo? Deixem-me dizer que faz uma grande diferença se os eventos relatados realmente aconteceram! Se a história do Livro de Mórmon é falsa, sua doutrina não pode ser genuine. Por outro lado, se o conteúdo histórico provar-se correto, por inferência, é impossível que a doutrina esteja incorreta. “Porventura colhem os homens uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?” (Mateus 7:16).

Por que o povo de Deus sempre tem sido ordenado a manter registros? Eu arrisco uma explicação: Dados históricos constituem uma classe de evidências que podem ser empiricamente testados; isto torna possível o teste também, por inferência, de dados doutrinários associados, que constituem uma classe de evidências que de outro modo geralmente não é assunto de teste empírico. Desde que a arqueologia é uma ciência de reconstrução da história, e já que o Livro de Mórmon é um tratado histórico (apesar de que a carga de sua mensagem é doutrinária), eu admito que esta ciência tem um grande muito para contribuir com o estudo esta escritura.

"Eu não estou interessado em arqueologia", alguém diz, "porque nada é capaz de afetar minha fé". Pode ser que não, mas o que dizer da fé dos nossos irmãos? "...Como nem todos têm fé..." somos aconselhados a ensinar e edificar uns aos outros (Doutrina e Convênios 109:7). Não faremos tudo o que está no nosso poder para fortalecê-los? E quanto aos nossos jovens, os quais em resposta aos nossos ensinamentos sobre enlightenment, estão em grande número, estudando nas várias universidades? Já que as universidades americanas geralmente são caracterizadas por uma atmosfera fortemente ateísta, e já que muitos dos nossos estudantes inevitavelmente entrarão em contato com antropólogos que não têm o menor desejo de ensiná-los a fé no Livro de Mórmon, nós não os proveremos com o equipamento mental através do qual poderão pensar independentemente dos seus professores?

"Mas", insiste alguém, "O Senhor deseja que aceitemos o Livro de Mórmon com base na fé". Os Santos dos Últimos Dias também acreditam na unção com óleo consagrado para efetuar a cura pela fé. Alguém diria que é por causa da nossa crença no poder do Sacerdócio que não aceitamos os serviços dos médicos? Certamente que não! Nós nos utilizamos tanto do poder do Sacerdócio quanto da sabedoria da ciência, na razão que temos o direito à ajuda divina somente quando estamos fazendo tudo o que podemos fazer por nós mesmos.

E o que dizer a respeito daquelas pessoas que não são da nossa fé? Não é nosso dever apresentar a eles o evangelho da melhor maneira que somos capazes? Muitas pessoas do mundo às quais os missionários tentam persuadir têm não pequeno montante de informação no campo da arqueologia americana. Se o missionário for ignorante destas coisas, como ele entraria em entendimento com os que são informados? Os missionários não deveriam ter uma oportunidade de aprender algo a respeito de arqueologia durante seus dias de colégio antes de irem para o campo missionário? É verdade que o Espírito Santo guiará o missionário nas coisas que devem dizer, mas é muito esperar que o Espírito sempre compense pela nossa negligência suprindo o que nos falta meramente porque não temos tido a diligência de obter por nós mesmos.


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