Stele
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Stele, do Grego: στήλη stēlē Plural: stelae /ˈstiːlaɪ/, στῆλαι stēlai; também encontrado: latinisado, Singular: stela e Anglicisado:
Plural: steles. É uma rocha ou lage de madeira, geralmente mais alta do que larga, erigida com propósitos funerais ou comemorativos, a maioria usualmente decorada com nomes e títulos do falecido ou do vivo homenageado - com inscrições, esculpida em relevo (baixo-relevo, relevo escavado, alto-relevo, etc.), ou pintado. Também pode ser usada como marca territorial para delinear propriedade de terras.
História e função
Stelae também foram usadas como demarcadores teritoriais, como as stelae fronteiriças de Akhenaton em Amarna,[1] ou para comemorar vitórias militares.[2] Elas foram largamente usadas no Antigo Oriente Médio, Grécia, Egito, Etiópia, e, provavelmente, de forma mais independente na China e em outras partes do Extremo Oriente, e certamente de maneira ainda mais independente pelas civilizações Mesoamericanas, notavelmente pelos Olmecas[3] e Maias. [4]
O grande número de stelae subsistentes do antigo Egito e da América Central constitui uma das maiores e mais significativas fontes de informação dessas civilizações. A stele informativa de Tiglath-Pileser III está preservada no Museu Britânico. Duas stelae construídas nas paredes de uma igreja são os maiores documentos relativos à Linguagem Etruscana.
Erigir steles era algo popular na China. Eram constituídas de tabletes retangulares de pedra usualmente inscritas com textos funerais, comerorativos ou edificantes. Apesar de as primeiras steles, inspiradas pelos budistas datarem da primeira metade do Século V, sua forma visual não caiu no uso geral até os últimos anos desse século, e este costume prevaleceu até o fim do Século VI. A partir de então, o desenho das stelaes distanciou-se da pura influência budista e elas se tornaram expositores de textos principalmente elogiosos ou comemorativos. Elas eram colocadas em frente a tumbas para anunciar o nome da pessoa sepultada naquele lugar, freqüentemente apresentando detalhes da vida do falecido, ou eram providenciadas para comemorar um incidente particular ou evento, e para dar detalhes do propósito da ocasião.
Erigir steles em tumbas ou templos finalmente se tornou um fenômeno social e religioso largamente difundido. Imperadores descobriram ser necessário promulgar leis que regulavam o uso de steles funerárias pela população. As leis da Dinastia Ming, instituídas no Século XIV por seu fundador, o Imperador Hongwu, alistou um número de steles disponíveis como símbolo de status a várias classes da nobreza e oficialismo: os principais nobres e mandarins foram enaltecidos por steles instaladas em cima de uma tartaruga de pedra e coroados com dragões sem chifres, enquanto que os oficiais de níveis mais baixos ficaram satisfeitos com steles de topos redondos e planos sobre pedestais retangulares simples.[5]
Uma quantidade desses monumentos de pedra têm preservado a origem e a história de religiões minoritárias da China. Os cristãos de Xi'an, do Século VIII deixaram a Stele Nestorian, que sobreviveu eventos adversos da história ficando enterrada por vários séculos. Steles criadas pelos Judeus Kaifeng em 1489, 1512, e 1663, sobreviveram a repetidas inundações do Rio Amarelo que destruiu suas sinagogas várias vezes, para nos dizerem algo a respeito do seu mundo. Os Muçulmanos da China têm uma quantidade de steles de considerável antiguidade também, freqüentemente contendo tanto textos chineses quanto arábicos.
Milhares de steles, suplantando as exigências originais, e não mais associadas às pessoas em homenagem de quem foram erigidas, têm sido reunidas no Museu "Stele Forest", em Xi'an, se tornando uma atração turística popular. Entretanto, muitas steles desnecessárias também podem ser encontradas em lugares seletos em Beijing, tal como Dong Yue Miao, o Templo de Cinco Pagodes, e Bell Torre, também reunidas para atrair turistas e como um meio de resolver um problema encontrado pelas autoridades locais de não ter o que fazer com elas. As longas, prolixas e detalhadas inscrições nestas steles são quase impossíveis de se ler e a maioria são levemente gravadas em mármore branco em caracteres com apenas três centímetros ou menos de tamanho, dificultando assim a leitura, já que as lages freqüentemente possuem dez pés de altura ou mais. Muito raramente as inscrições são memoráveis ou de qualquer interesse.
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