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Diane E. Wirth
Tradutor Elson C. Ferreira – Curitiba/Brasil - Janeiro/2006
Muitas escrituras do Livro de Mórmon se relacionam com práticas
mencionadas no Livro de Mórmon. Dois desses temas são A Árvore da Vida (veja o
estudo de Garth Norman sobre Stela 5 em Izapa, Chiapas, México), e as Sete
Tribos Primordiais (veja “The Seven
Primordial Tribes: A Mesoamerican Tradition,” de Diane Wirth em AAF
Newsletter, No. 8 July 1996 www.ancientamerica.org). Algumas
escrituras dão informações sobre o que era entendido pelos povos
mesoamericanos. Onze escrituras de bastante interesse serão mencionadas abaixo:
Os
descendentes dos Nefitas ainda estão conosco hoje em dia, e não foram
totalmente destruídos na sua batalha final contra os Lamanitas na Mesoamérica:
1) “... portanto, que o
Senhor não permitirá que os gentios destruam completamente a mescla de tua
semente que está entre os teus irmãos.” (1 Néfi 13:30)
2) “... o Senhor...
prometeu-nos que nossa semente não seria totalmente destruída, segundo a carne,
mas que a preservaria...” (2 Néfi 9:53)
Talvez
muitos chegariam ao Novo Mundo vindos de outros países, além daqueles povos
mencionados no Livro de Mórmon:
3) “... Sim, o Senhor
concedeu esta terra por convênio a mim e a meus filhos para sempre; e também a
todos os que forem tirados de outros países pela mão do Senhor”. (2 Néfi 1:5)
No Popol Vuh, obra literária do povo
Quiché Maia, está registrado que os homens foram criados com o propósito de
adorar e clamar aos seus deuses:
4) “...e a todos criou
para o mesmo fim, para que guardassem seus mandamentos e glorificassem-no para
sempre”. (Jacó 2:21)
Sabe-se
que as culturas mesoamericanas fizeram imagens de seus deuses que vivem nos
céus e abaixo, na terra.
5) “...Não farás para ti
imagem de escultura nem alguma semelhança do que há em cima nos céus nem embaixo
na Terra”. (Mosias 13:12)
Era costume, especialmente entre a realeza Maia,
esquartejar os corpos sacrificiais, enquanto se ofereceria o sangue, que servia
como pagamento expiatório de sangue penitencial. Ch’ab, o glifo Maia
associado com esse rito significa “fazer penitência”:
6) “Poi é necessário que
haja um grande e último sacrifício; não um sacrifício de homem nem de animal...
pois não será um sacrifício humano... Ora, não há homem algum que possa
sacrificar o seu sangue para expiar pecados de outrem...” (Alma 34:10-11)
Os Astecas pensavam que seus guerreiros mortos
eram especiais e retornariam à presença de seus deuses no reino celestial,
fossem eles bons ou maus.
7) “...Portanto não
deveis supor que os justos estejam perdidos por terem sido mortos [em guerra];
mas eis que eles entram no descanso do Senhor seu Deus”. (Alma 60:13).
A
maioria dos povos mesoamericanos definitiavmente acreditavam em deuses e até
mesmos seus governantes eram considerados santos ou divinos:
8) “E então alguns dentre
o povo disseram que Néfi era profeta. E outros disseram: Eis que ele é um deus,
pois se não fosse um deus não poderia saber de todas essas coisas”. (Helamã
9:40-41)
Era uma crença comum na Mesoamérica que a
humanidade vivera um estado pré-mortal, que vivemos na presença de Deus e que
seríamos ressuscitados depois da morte:
9) “Mas eis que a
ressurreição de Cristo redime a humanidade, sim, toda a humanidade; e leva-a de
volta à presença do Senhor”. (Helamã 14:17)
Os
povos pré-colombianos do México acreditavam que seu deus os considerava como
“jóias preciosas”:
10) “E eles serão meus,
diz o Senhor dos Exércitos, no dia em que eu reunir minhas jóias; e poupá-los
ei, assim como um homem poupa o filho que o serve”. (3 Néfi 24:17)
Não apenas homens e mulheres eram sacrificados
na Mesoamérica, como também as crianças:
11) “E marcharam contra
a cidade de Teâncum e expulsaram seus habitantes e fizeram muitos prisioneiros,
tanto mulheres como crianças, oferecendo-os em sacrifício a seus ídolos”.
(Mórmon 4:14)
Na Mesoamérica, o túmulo era considerado o útero da mãe terra:
“...e sua carne e ossos
e sangue jaziam sobre a face da terra, deixados pelas mãos daqueles que os
mataram para decomporem-se sobre a terra e desfazerem-se e voltarem para a sua
mãe-terra”. (Mórmon 6:15)
Os Maias, em particular, batizavam suas
criancinhas aspergindo-os com água, e a realização desse rito era chamado de “Zihil,”
que significa literalmente “nascer de novo”:
“E desta maneira o
Espírito Santo manifestou-me a palavra de Deus; portanto, meu amado filho, sei
que é um sério escárnio perante Deus batizar criancinhas” (Morôni 8:9)
Em resumo, as escrituras acima e suas correspondentes tradições na
Mesoamérica são apenas algumas poucas ligações que fortalecem a evidência
cultural do Livro de Mórmon e da apostasia que ocorreu porque seus habitantes
se afastaram dos princípios do evangelho.
Diane E. Wirth - Escritora e pesquisadora de história da arte e iconografia. Seus estudos incluem:
Decoding Ancient America: A Guide to the Archaeology of the Book of Mormon (2007);
Parallels: Mesoamerican and Ancient Middle Eastern Traditions (2003);
A Challenge to the Critics: Scholarly Evidences of the Book of Mormon (1986).
Estudou na Brigham Young University e fez pós graduação em Antropologia na Universidade de Harvard. Fez apresentações em simpósios e conferências, tais como:
The Atlantic Conference, St. Mary’s University, Halifax, Nova Scotia (2008);
Book of Mormon Archaeological Form, Utah (2003, 2004, 2005, 2008);
The Aesthetics of Enchantment sponsored by The American Society of Phenomenology, Aesthetics & Fine Arts, Harvard Divinity School (1998);
The Ancient American Western Conference, Utah (1997);
New England Antiquities Research Association, Massachusetts and New Hampshire (1992, 1993);
Society of Early Historic Archaeology, Brigham Young University (1977, 1979, 1987, 1990).
Copyright © 1999-2005 Ancient America Foundation.
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