Missão

Nossa missão é divulgar artigos de pesquisas científicas a respeito da arqueologia, antropologia, geografia, sociologia, cronologia, história, linguística, genética e outras ciências relacionadas à cultura de “O Livro de Mórmon - Outro Testamento de Jesus Cristo”.

O Livro de Mórmon conta a verdadeira história dos descendentes do povo de Leí, profeta da casa de Manassés que saiu de Jerusalém no ano 600 a.C. (pouco antes do Cativeiro Babilônico) e viajou durante 8 anos pelo deserto da Arábia às margens do Mar Vermelho, até chegar na América (após 2 anos de navegação).

O desembarque provavelmente aconteceu na Mesoamérica (região que inclui o sul do México, a Guatemala, Belize, El Salvador, Honduras, Nicarágua e parte de Costa Rica), mais precisamente na região vizinha à cidade de Izapa, no sul do México.

Esta é a região onde, presumem os estudiosos, tenha sido o local do assentamento da primeira povoação desses colonizadores hebreus.

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30 junho 2010

HISTÓRIA - O Incidente de Zelph

Lawrence O. Anderson

Conforme relatado por Joseph Smith a um Estudioso de Antigüidades Americanas
30 Janeiro 1963

Tradutor  Elson C Ferreira - Curitiba/Brasil - Maio/2004

Joseph Smith, o restaurador de “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias”, declarou durante toda a sua vida que ele traduziu uma parte dos registos de antigos habitantes que viveram no Continente Americano. Ele declarou que esses registros foram escritos em "Egípcio Reformado" e que através da assistência divina ele foi capaz de traduzi-los para o idioma inglês.


Parece natural então, que o homem que trouxe à luz tal história fosse interessado em descobertas científicas que iluminassem e confirmassem este registro. O propósito deste artigo é mostrar que Joseph Smith era intensamente interessado em descobertas arqueológicas que tivessem uma ligação direta com o Livro de Mórmon.
Algumas vezes ele até mesmo expressou espanto de que a ciência tivesse descoberto tantas coisas que confirmassem as premissas básicas do livro que ele trouxe à luz.. Muitas dessas descobertas ele propagou de boca em boca e por meio de antigos periódicos da Igreja. Um dos mais frutíferos a esse respeito foi o periódico conhecido como “Times and Seasons” (Tempos e Estações). Joseph Smith foi um estudioso de muitas coisas: Hebreu, alemão, antigüidades egípcias e história em geral, portanto, é necessário limitar este artigo ao estudo de Joseph Smith como um estudioso das antigüidades egípcias. Nenhuma tentativa tem sido feita para que este estudo fosse profundo ou completo mas este escritor acredita que a maioria das referências relevantes a respeito do assunto que estivessem disponíveis foram incluídas.

No livro chamado Doutrina e Convênios de “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias”, encontramos uma admoestação que Joseph Smith subscreveu de todo coração: "Ensinai diligentemente e minha graça acompanhar-vos-á, para que sejais instruídos mais perfeitamente em teoria, em princípio, em doutrina, na lei do evangelho, em todas as coisas pertinentes ao reino de Deus, que vos convém compreender; tanto as coisas do céu como da Terra e de debaixo da Terra; coisas que foram, coisas que são, coisas que logo hão de suceder; coisas que estão em casa, coisas que estão no estrangeiro; as guerras e complexidades das nações e os julgamentos que estão sobre a terra; e também um conhecimento de países e reinos – E como nem todos têm fé, buscai diligentemente e ensinai-vos uns aos outros palavras de sabedoria; sim, nos melhores livros buscai palavras de sabedoria; procurai conhecimento, sim, pelo estudo e também pela fé.” (Doutrina e Convênios, 88:78 79, 118)

Em outras lavaras, somos encorajados a tornarmo-nos familiarizados com o mundo perto de nós, inclusive coisas como astronomia, coisas pertencentes ao cultivo do solo, minerologia, geologia, todos os ramos da história, eventos atuais, profecias, política local e externa,  geografia e geopolítica e línguas.

Entre estes vários campos de estudo estaria a arqueologia. Nos dias de Joseph Smith, ela era chamada de estudo de antigüidades. Depois de ter traduzido o Livro de Mórmon, um novo mundo se abriu para ele. Em suas viagens através das florestas dos Estados Unidos, ele encontrou trabalhos de terra construídos pelos antigos habitantes da região. A apenas quatro anos depeis da poblicação do Livro de Mórmon nós encontramos sei primeiro enunciado indicando que ele tinha interesse em descobertas científicas relacionadas com os povos que habitaram o Novo Mundo antes da vinda de Colombo.

Em seu diário, na data de tres de junho de 1834, encontramos a seguinte declaração: "Durante nossas viagens visitamos várias colinas que foram abandonadas pelos antigos habitantes deste país, os Nefitas, Lamanitas, etc., e nesta manhã eu subi a uma colina perto do rio acompanhado por meus irmãos. Desta colina nós pudemos ver o topo das árvores e observamos os prados em cada lado do rio, tão longe quanto a visão pode se estender, e o cenário era realmente deleitoso.

"No topo do monte vimos pedras que apresentavam a aparência de três altares que haviam sido erigidos um sobre o outro, de acordo com a antiga ordem; e o restante dos ossos foram espalhados sobre a superfície da terra. Os irmãos procuraram uma pá e  uma enxada, e removeram a terra do fundo em quase 70 cm, descobriram o esqueleto quase inteiro de um homem e entre suas costelas uma ponta de pedra de uma flecha lamanita, a qual evidentemente provocou sua morte. Elder Burr Riggs guardou a flecha. O cenário à nossa volta produziu sensações peculiares em nosso peito; e subseqüentemente as visões do passado foi aberta ao meu entendimento pelo Espírito do Altíssimo, e eu descobri que a pessoa cujo esqueleto estava diante de nós era um lamanita branco, um grande e  forte homem, um homem de Deus. Seu nome era Zelph. Ele era um guerreir e um líder sob o profeta Onandagus, o qual era conhecido desde o monte Cumôra até as montanhas rochosas. A maldição foi retirada de, ou pelo menos em parte. Uma de suas tíbias estava quebrada por uma pedra atirada por uma funda durante uma batalha, anos antes de sua morte. Ele foi morto em batalha por uma flecha encontrada entre seus ossos, durante a última luta entre os nefitas e os lamanitas." (Documentary History of the Church, Vol. 2, page, 79-80).

De acordo com Heber C. Kimball que estava presente quando o esqueleto foi encontrado, foi somente depois que eles partiram do monte que os fatos foram revelados a Joseph Smith concernente à identidade do esqueleto. No periódico da Igreja conhecido como Times and Seasons, na edição de 1º de fevereiro de 1845, encontramos o seguinte comentário de Kimball: "No terceiro dia, Terça-feira, nós subimos, vários de nós, com Joseph Smith Jr. Ao alto de um monte à margem do Rio Illinois, que ficava a várias centenas de metros acima do rio, do pico do qual nós tivemos uma agradável vista da área ao redor. Nós pudemos avistar o topo das árvores, na campina ou prado de cada lado do rio, tão longe quanto nossos olhos podiam ver, a qual era o mais agradável cenário que já vi. No alto deste monte havia a aparência de tres altares, que haviam sido construídos de pedra, um acima do outro, de acordo com a antiga ordem, e a terra  foi espalhada sobre ossos humanos. Isto causou-nos sentimentos muito peculiares, ao ver os ossos irmãos espalhados daquela maneira, os quais haviam sido mortos em épocas passadas. Nós nos sentimos impelidos a cavar, e cavamos com uma pá e uma enxada, prosseguimos a retirar a terra. A quase setenta centímetros de profundidade nós descobrimos o esqueleto de um homem, quase inteiro; e entre duas de suas costelas nós encontramos uma flecha de índio a qual, evidentemente, havia sido a causa da sua morte. Nós pegamos os ossos da perna e da coxa e levamos conosco para Clay County. Todos os quatro ossos pareciam saldáveis Elder B. Young ainda tem a flecha em sua posse. É comum encontrar ossos sobre a terra nesse local.

"No mesmo dia nós prosseguimos em nossa viagem.  Enquanto estávamos a caminho nos sentimos ansiosos em saber quem era a pessoa que havia sido morta por aquela flecha. Foi feito a saber a Joseph que ele havia sido um oficial que caiu em batalha, na última destruição entre os lamanitas, e seu nome era Zelph. Isto fez-nos regozijar muito, pensar que Deus era tão cuidadoso conosco em mostrar-nos estas coisas a seu servo. O irmão  Joseph inquiriu ao Senhor e isto nos foi feito saber em uma visão." (Times and Seasons, Vol. VI No. 2, p. 788, Feb. 1, 1845).

Acima nós citamos a história do descobrimento de Zelph, como foi dada na edição de 1948 do Documentary History of the Church. Mas na edição de 1904 houveram algumas diferenças significativas. A história é a seguinte: "Durante nossas viagens nós visitamos vários montes que haviam sido abandonados por antigos habitantes desta terra – nefitas, lamanitas, etc., e nesta manhã eu fui a um alto monte, perto do rio, acompanhado por meus irmãos. Deste monte nós podíamos avistar o topo das árvores e vimos a pradaria de cada lado do rio tão longe quanto nossa visão podia estender-se, e a cena era verdadeiramente deleitosa.

"No alto do monte haviam pedras que apresentavam a aparência de três altares que haviam sido erigidos um sobre o outro, de acordo com a antiga ordem; e os restos dos ossos foram espalhados sobre a superfície da terra. Os irmãos procuraram uma pá e uma enxada, e removeram a terra na profundidade de quase setenta centímetros, descobrindo o esqueleto de um homem, quase inteiro, e entre seus ossos uma ponta de pedra de uma flecha lamanita, a qual, evidentemente, produziu sua morte. O Elder Burr Riggs guardou a flecha. A contemplação do cenário ao redor de nós produziu sensações peculiares em nosso peito; e subseqüentemente as visões do passado foram abertas para o meu subconsciente pelo Espírito do Altíssimo, e eu descobri que a pessoa cujo esqueleto nós tínhamos visto era de uma lamanita brando, um grande e forte homem thick-set, um homem de Deus. Seu nome era Zelph. Ele era um guerreiro e um líder sob o grande profeta Onandagus, o qual era conhecido desde o mar oriental até as montanhas rochosas. A maldição foi retirada de Zelph, ou, pelo menos em parte – um dos ossos de sua perna foi quebrada por uma pedra  atirada por uma funda, durante uma batalha, nos antes de sua morte. Ele foi morto em batalha pela flecha encontrada entre suas costelass, durante a grande luta com os lamanitas." (Documentary History of the Church, Vol. II, 1904 edition, p. 79-80).

Este escritor nunca examinou pessoalmente o registro a pena e a tinta no diário de Joseph que nos conta a história da descoberta de Zelph. Entretanto, eu não posso dizer qual destas duas edições da igreja concordam com o registro original, mas Fletcher B. Hammond declara ter examinado uma cópia microfilmada do diário original de Joseph Smith, assim eu citarei a descrição de Hammond.

"Preston Nibley, historiador assistente da Igreja, e eu, em 29 de agosto de 1957, examinei cuidadosamente uma cópia microfilmada do registro original a pena e tinta do incidente de Zelph do diário do Profeta, e o irmão Nibley autorizou-me a dizer que a edição de 1904 do Documentary History of the Church, Vol. II at pages 79 and 80 reporta corretamente que o incidente de "Zelph"; e que a parte das edições de 1934 e 1948 da mesma história a qual difere com seus erros. O que significa dizer que o Profeta Joseph não disse:

"Onandagus o qual era conhecido desde o monte Cumôra, ou o mar oriental até as montanhas rochosas” mas ele disse: “Onandagus, o qual era conhecido desde o mar oriental até as montanhas rochosas”; ele não disse que Zelph foi morto “durante a última grande luta dos lamanitas e nefitas; mas ele disse que Zelph foi morto numa batalha ... “durante uma grande luta contra os lamanitas”. (Geography of the Book of Mormon, by Fletcher B. Hammond pp. 102 103).

Meu propósito em fazer todas essas longas citações a respeito do incidente de Zelph não é propor que Joseph Smith tinha uma visão particular com respeito à geografia do Livro de Mórmon. Meu propósito aqui é simplesmente determinar exatamente o que Joseph Smith disse com respeito à descoberta do esqueleto de Zelph.

Durante o período entre 1835 e 1840, Joseph Smith parece ter dirigido seus interesses para a arqueologia em direção às múmias e papiros que mais tarde levou à tradução e publicação do Livro de Abraão. Neste período, o Documentary History of the Church e o Times and Seasons são generosamente salpicados de referências a essas antigüidades egípcias.

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Um comentário:

  1. É interessante que Joseph tenha citado o nome ONANDAGUS, e que este nome seria muito conhecido. Pois bem, há uma região em Ontário, Canadá, que se chama ONANDAGA. Esta região foi justamente colonizada pelos índios MicMac, os quais teriam uma escrita muito semelhante aos caracteres do Livro de Mórmon. Seriam apenas coincidências?

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