Missão

Nossa missão é divulgar artigos de pesquisas científicas a respeito da arqueologia, antropologia, geografia, sociologia, cronologia, história, linguística, genética e outras ciências relacionadas à cultura de “O Livro de Mórmon - Outro Testamento de Jesus Cristo”.

O Livro de Mórmon conta a verdadeira história dos descendentes do povo de Leí, profeta da casa de Manassés que saiu de Jerusalém no ano 600 a.C. (pouco antes do Cativeiro Babilônico) e viajou durante 8 anos pelo deserto da Arábia às margens do Mar Vermelho, até chegar na América (após 2 anos de navegação).

O desembarque provavelmente aconteceu na Mesoamérica (região que inclui o sul do México, a Guatemala, Belize, El Salvador, Honduras, Nicarágua e parte de Costa Rica), mais precisamente na região vizinha à cidade de Izapa, no sul do México.

Esta é a região onde, presumem os estudiosos, tenha sido o local do assentamento da primeira povoação desses colonizadores hebreus.

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26 junho 2010

LINGUÍSTICA - O Conhecimento dos Judeus e a Língua dos Egípcios

Alan C. Miner

Tradutor Elson C. Ferreira - Curitiba/Brasil - Janeiro/2007

Do livro Step by Step Through the Book of Mormon
(Passo a Passo Através do Livro de Mórmon) 
Referente a 1 Néfi 1:2
citando excertos de artigos de 
Dan Ludlow e Hugh Nibley


De acordo com Daniel Ludlow, ao considerar o problema da linguagem das placas traduzidas por Joseph Smith, é bom manter em mente os seguintes  fatos:

(1) Palavras que tem vários significados diferentes e incluem conceitos, tanto falados quanto escritos, tais como construções gramaticais, padrões de pensamento e frazeologia exata;

(2) Joseph Smith traduziu O Livro de Mórmon atraavés de dois registros diferentes (as placas menores de Néfi e as placas de Mórmon); estas placas foram preparadas e escritas por aproximadamente 1.000 anos e a linguagem de um pode não ser a linguagem de outro. Assim, quando Néfi diz "o conhecimento dos Judeus e a língua dos egípcios" estaria se referindo à palavra escrita, o registro escrito, as construções gramaticais, os padrões de pensamento, a frazeologia exata, ou ao quê?

 Um estudioso do Livro de Mórmon teorizou que "Néfi escreveu na linguagem dos hebreus mas usou caracteres egípcios (ou escrita) no mesmo senso que um estenógrafo usa caracteres gregos para expressar palavras no idioma inglês" (Sidney B. Sperry, Our Book of Mormon Bookcraft, 1950, p. 31). . . Se a declaração de Néfi ("a língua dos egípcios") não nos dá uma pista quanto à atual linguagem [ou caracteres de escrita] usados nas Placas Menores de Néfi, então somos deixados quase completamente no escuro com respeito a esta questão, conquanto o assunto não é mencionado novamente por Néfi em outros registros nas Placas de Néfi. Entretanto, nos é dada alguma ajuda quanto aos caracteres escritos das Placas de Mórmon se seguirmos uma declaração de Moroni, aproximadamente no ano 400 A.D.:

"E agora, eis que escrevemos este registro de acordo com nosso conhecimento, em caracteres denominados por nós egípcio reformado, sendo transmitidos e alterados por nós segundo nossa maneira de falar.

E se nossas placas tivessem sido suficientemente grandes, teríamos escrito em hebraico; mas o hebraico também foi alterado por nós; e se tivéssemos escrito em hebraico,  eis que nenhuma imperfeição encontraríeis em nosso registro.

Mas o Senhor sabe as coisas que escrevemos e também que nenhum outro povo conhece nossa língua . . . "  (Mórmon 9:32-34).  

[Daniel Ludlow, A Companion to Your Study of the Book of Mormon, p. 88]
            
A maioria das pessoas associam a escrita egípcia com os hieroglifos, mas as palavras "língua dos egípcios" implica que as Placas Menores foram escritas em hieroglifos egípcios? Além disso, o que constitui os caracteres "egípcios reformados" dos quais fala Morôni em Mórmon 9:32-34?
            
Hugh Nibley comenta que em assunto de linguagem e composição do Livro de Mórmon desde o princípio, apresenta um padrão, um alvo bem vindo aos críticos: aqui há algo que até mesmo uma criança pode ver que é uma fraude, algo que nenhuma pessoa inteligente, muito menos um inteligente enganador poderia sonhar -- "Do egípcio reformado!!!" Exclamou Alexander Campbell, com três pontos de exclamação. 

Ninguém sabia nada a respeito de egípcio reformado naquela época . . .  [mas] "egípcio reformado" é um termo tão bom quanto nenhum outro para descrever aquele estilo peculiar e notadamente abreviado de "escrita cursiva [que] desenvolveu-se do hierático por uma abreviação sistemática desde o Século VIII até o Século XIV, que gozava de da heyday de sua popularidade internacional no próprio tempo de Leí. [Hugh Nibley, Since Cumorah, F.A.R.M.S., p. 149]  

Assim, poderíamos chamar o estilo de caracteres escritos nas Placas Menores de "egípcio reformado" mas esse estilo provavelmente não era exatamente igual ao "egípcio reformado" dos tempos de Mórmon e Morôni porque, de acordo com Morôni, quanto à escrita manual, ela foi "alterado por nós segundo a nossa maneira de falar" (Mórmon 9:32).  [Alan C. Miner, Personal Notes]

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Um comentário:

  1. Sabe dizer algo a respeito da linguagem escrita tribo Mik Mac (índios da região da fronteira americo-canadense)) comparada ao egípcio. Lembram demais os caracteres copiados no manuscrito de Charles Anthon

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