Missão

Nossa missão é divulgar artigos de pesquisas científicas a respeito da arqueologia, antropologia, geografia, sociologia, cronologia, história, linguística, genética e outras ciências relacionadas à cultura de “O Livro de Mórmon - Outro Testamento de Jesus Cristo”.

O Livro de Mórmon conta a verdadeira história dos descendentes do povo de Leí, profeta da casa de Manassés que saiu de Jerusalém no ano 600 a.C. (pouco antes do Cativeiro Babilônico) e viajou durante 8 anos pelo deserto da Arábia às margens do Mar Vermelho, até chegar na América (após 2 anos de navegação).

O desembarque provavelmente aconteceu na Mesoamérica (região que inclui o sul do México, a Guatemala, Belize, El Salvador, Honduras, Nicarágua e parte de Costa Rica), mais precisamente na região vizinha à cidade de Izapa, no sul do México.

Esta é a região onde, presumem os estudiosos, tenha sido o local do assentamento da primeira povoação desses colonizadores hebreus.

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terça-feira, 10 de maio de 2011

Comentário Doutrinário do Livro de Mórmon - 001

Autoria de 
Rafael Danton Teixeira da Cunha

De 1 NÉFI a MOSIAS

“...minha alma se deleita em esclarecer o meu povo, para que aprenda."
(II Néfi 25:4)

I NÉFI
Capitulo 1
1 - Eu, Néfi, tendo nascido de bons pais, recebi, portanto alguma instrução em todo o conhecimento de meu pai; e tendo passado muitas aflições no decurso de meus dias, fui não obstante, altamente favorecido pelo senhor em todos os meus dias; sim havendo adquirido um grande conhecimento da bondade e dos mistérios de Deus, faço por isso um registro de meus feitos durante minha vida.
2 – Sim faço um registro na língua de meu pai, que consiste no conhecimento dos judeus e na língua dos egípcios.
3 – E sei que o registro que faço é verdadeiro; e faço-o com minhas próprias mãos e faço-o de acordo com o meu conhecimento.

COMENTÁRIO

Versículos 1 a 3 - O primeiro ensinamento que tiramos destes versículos é o da necessidade de pertencermos a uma família legalmente constituída, cujos pais estão unidos e que mantenham a família unida dentro dos parâmetros estabelecidos pelo Senhor.
Sem nos alongarmos em como deve ser uma família, tendo em vista a Proclamação ao Mundo feita pela Primeira Presidência, enfatizamos que bons pais, geralmente geram bons filhos. Uma árvore boa tende a dar bons frutos. Uma arvore má tende a dar maus frutos. Vem daí nosso esforço no sentido de conduzir as famílias até a Casa de Santidade e lá realizar o selamento dos casais para toda a eternidade.

Um casal comprometido com os laços indissolúveis do casamento eterno e tendo seu relacionamento alicerçado sobre os convênios realizados diante dos altares sagrados da Casa do Senhor, dificilmente se separa e dificilmente cria maus filhos. Obviamente que alguns podem eventualmente se afastar da verdade; podem ser engolfados pelo mundo, entrar de cabeça no pecado e na devassidão, porém se fizermos uma estatística, veremos que o número dos que assim procedem é ínfimo, comparado com os que se mantêm dentro dos limites estabelecidos pelo Senhor.

Em inúmeras escrituras o Senhor vincula o nosso progresso eterno à aquisição de conhecimento. Sem conhecimento não podemos progredir. O Senhor fala em conhecimento puro, ou o conhecimento da verdade, ou ainda o conhecimento que nos é dado através do Espírito Santo.

(Alma 18:35)
“E uma porção desse Espírito habita em mim, dando-me conhecimento e também poder segundo minha fé e desejos que estão em Deus”.

(D&C 121:42
“Com bondade e conhecimento puro, que grandemente expandirão a alma, sem hipocrisia e sem dolo”.

(D&C 130:19)
“E se nesta vida uma pessoa, por sua diligência e obediência, adquirir mais conhecimento e inteligência do que outra, ela terá tanto mais vantagem no mundo futuro “. 

Ninguém pode adquirir conhecimento se não tiver instrução, assim devemos envidar nossos esforços no sentido de adquirir uma instrução razoável, que nos permita alavancar o conhecimento necessário para o nosso progresso eterno.  No orçamento familiar devemos separar um dinheiro para a instrução de nossos filhos. Como pode um homem conhecer a vontade de Deus se não pode discerni-la?

Existe quase que uma fobia com relação a aflição. As seitas chamadas cristãs pregam que "benção é fazer com que a pessoa não sofra nada"; então a aflição passa a ser vista como um castigo de Deus. No entanto é somente através das aflições que podemos discernir um conhecimento da bondade e dos mistérios de Deus.

Em 1 Reis 24: 24, Davi dá uma lição a Arauna, dizendo:

“Não; porém por certo preço to comprarei, porque não oferecerei ao Senhor meu Deus holocaustos que me não custem nada”.

Estêvão sofreu a morte em defesa dos princípios que acreditava, Paulo foi preso pelos princípios que defendia, Pedro foi morto, conforme diz a tradição, crucificado de cabeça para baixo em defesa do seu testemunho; Paulo foi morto mais tarde defendendo o que pregara, Jesus Cristo foi morto para expiar os pecados da humanidade. José Smith morreu selando com seu sangue o seu testemunho.

(D&C 136:37 – 39):
“(...) a José Smith, ao qual chamei por meio dos meus servos ministradores, e pela minha própria voz desde os céus, para realizar minha obra; cujo alicerce ele estabeleceu; e foi fiel e tomei-o para mim. Muitos se têm maravilhado por causa de sua morte; mas era preciso que ele selasse o seu testemunho com o próprio sangue, para que ele fosse honrado e os iníquos fossem condenados”.

Mas o conhecimento que adquirimos ao longo de nossa vida não pode ficar conosco, precisa ser dividido, compartilhado. Nosso alcance de ensinamento é muito curto. Em nossa vida podemos ensinar nossos filhos e netos com certeza, alguns chegam a alcançar os bisnetos, mas são poucos que conseguem viver até que estes alcancem a idade do entendimento e compreensão plena.

Assim, nos é requerido pelo Senhor que registremos tudo o que nos acontece. Um diário nos é requerido. Nele devemos registrar nossos ensinamentos e aprendizado, nossa vivência, nossos dissabores, frustrações e sofrimentos, alegrias e vitórias, para que no futuro nossos pósteros possam beber desta experiência e adquirir sabedoria com nossas vidas. Este registro deve ser verdadeiro, deve refletir com exatidão nossos sentimentos. Este registro não deve refletir os fatos ocorridos com outros, deve embasar-se na nossa vivência, ou como diz a escritura: ‘ de acordo com o meu conhecimento’.

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