Missão

Nossa missão é divulgar artigos de pesquisas científicas a respeito da arqueologia, antropologia, geografia, sociologia, cronologia, história, linguística, genética e outras ciências relacionadas à cultura de “O Livro de Mórmon - Outro Testamento de Jesus Cristo”.

O Livro de Mórmon conta a verdadeira história dos descendentes do povo de Leí, profeta da casa de Manassés que saiu de Jerusalém no ano 600 a.C. (pouco antes do Cativeiro Babilônico) e viajou durante 8 anos pelo deserto da Arábia às margens do Mar Vermelho, até chegar na América (após 2 anos de navegação).

O desembarque provavelmente aconteceu na Mesoamérica (região que inclui o sul do México, a Guatemala, Belize, El Salvador, Honduras, Nicarágua e parte de Costa Rica), mais precisamente na região vizinha à cidade de Izapa, no sul do México.

Esta é a região onde, presumem os estudiosos, tenha sido o local do assentamento da primeira povoação desses colonizadores hebreus.

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segunda-feira, 25 de abril de 2011

HISTÓRIA - O Deus Branco Apareceu aos Peruanos

George Potter 

Tradutor: Gustavo Moroni Stoer -Curitiba/Brasil – Fevereiro/2011 
de.jerusalem.as.americas.@gmail.com

As comparações entre as tradições orais dos Incas sobre a visitação física de seu Deus branco, Viracocha, ao Peru e o relato da visitação de Jesus Cristo no Livro de Mórmon são verdadeiramente impressionantes.
H. Osborne escreve da aparência de Viracocha aos antigos Incas:

“...lá, de repente apareceu, vindo do sul, um homem branco de grande estatura e com autoridade. Este homem tinha um poder tão grande que mudou as colinas em vales, e de vales ele fez grandes montes, fazendo rios fluírem da pedra…”[i]

8 "E eis que fiz com que a cidade de Gadiândi e a cidade de Gadiomna e a cidade de Jacó e a cidade de Gingimno afundassem; e fiz com que, em seu lugar, aparecessem colinas e vales; e enterrei seus habitantes nas profundezas da terra para esconder de minha face suas iniquidades e abominações, para que o sangue dos profetas e dos santos não mais subisse a mim contra eles." (3 Néfi 9:8). 
O historiador peruano Cabello Valboa atribui esses eventos ao evento que ocorreu quando Cristo foi crucificado. Ele escreveu: 

Existe uma história passada como tradição de pai para filho, que um dia, de repente, a terra tremeu e o sol (fora de sua trajetória normal) escureceu, e as rochas foram divididas por esmagamento umas contra as outras, e muitos túmulos, de homens mortos há muito tempo, foram vistos abertos. Os animais estavam grandemente perturbados. Por conjectura e numerosas indicações, isto parece ter acontecido no santo dia da crucificação e morte de nosso Redentor Jesus Cristo, porque também foi dito que poucos anos antes haviam sido vistos em algumas áreas do Peru, certos homens de venerável presença e aparência e com longas barbas que tratavam justamente a todos.[ii]

David Calderwood cita Padre Francisco na descrição de Ávila (1598) desse antigo evento:

Nos tempos antigos o sol morreu.Por causa de sua [do sol] morte ficou noite por cinco dias.
Rochas batiam umas contra as outros.
Pilões e pedras de moagem (mós) começaram a engolir pessoas.
Lhamas-machos começaram a expulsar os homens. [iii]

Calderwood continua:

“Padre Francisco de Avila inseriu sua opinião a respeito do evento quando exclamou que 'Aqui está o que nós cristãos pensamos sobre isso: Nós pensamos que essas histórias falam da escuridão que seguiu a morte do nosso Senhor Jesus Cristo. Talves seja isso o que tenha acontecido.’”[iv]

Citando o cronista Cieza de León, Hammond Innes relatou:

Antes dos Incas começarem a reinar nesses reinos ou fossem conhecidos lá, esses índios dizem uma coisa que ultrapassa tudo o eles dizem .Eles afirmam que muito tempo passou em que “não viram o sol…” Ele finalmente emergiu do lago Titicaca e, pouco depois “das regiões do sul veio e apareceu entre eles um homem branco, de larga estatura, cuja pessoa despertou grande respeito e veneração.” Porque ele podia operar milagres, “tornando planos os montes e das planícies fez montanhas, e fazendo fontes jorrarem da rocha viva,” eles o chamaram de “o Criador de todas as coisas, o Princípio, Pai do Sol…” Eles diziam que em muitos lugares ele instruiu as pessoas a como que elas deviam viver e disse a eles amorosa e humildemente, exortando-os a serem bons e a não ofenderem ou injuriarem uns aos outros, mas sim amar uns aos outros, mas amarem-se uns aos outros e usarem de caridade para com todos.[v]
Osborne continua:

Viracocha era “a homem barbado de alta estatura, vestindo uma túnica branca que descia até os pés e que usava cinto na cintura.”[vi] He andava com um cajado e abordava os nativos com amor, chamando-os de filhos e filhas. Enquanto atravessava toda a terra, fazia milagres. Ele curava os doentes com um toque. Ele falava cada língua até mesmo melhor que os próprios nativos. Eles o chamavam de Thunupa ou Tarpaca, Viracocha-rapacha ou Pacaccan…”[vii]

Para aqueles que não tenham lido o relato do Livro de Mómon, pode parecer estranho que o deus peruano pareça ter tido a mesma roupa, maneiras e aparência de um homem santo da Palestina durante a era da missão terrena de Cristo. Urton observa:

“O cronista nativo Pachacuti Yamqui fortemente asseverou que o criador, conhecido por eles pelos nomes Thunupa, Tarapaca e Thunupa Viracocha, era o apóstolo São Tomé, enquanto que cronista nativo Guaman Poma identificou Viracocha como São Bartolomeu.” [viii]

É fácil ver o motivo pelo qual Viracocha se destacou dos nativos peruanos; ele era “um homem branco de grande estatura, cuja a pessoa despertou grande respeito e veneração veneração", e tinha olhos azuis. 

Mito inca sobre QUN TIQSI WIRAQUTRA (ou Com Titi Wiracocha, ou simplesmente Wiracocha) e a origem dTiwanaku, copilada por Betanzos, cronista do século XVI: 

Da lagoa de Collasuyo saiu QUN TIQSI WIRAQUTRA
Senhor muito poderoso
que criou o Céu e a Terra
e os seres humanos,
deixando tudo na escuridão.
Por sua desobediência,estes primeiros homens
provocaram a cólera do Deus
que os transformou em pedras.
Este período é chamado PURUM PACHA.

Logo, QUN TIQSI WIRAQUTRA
saiu pela segunda vez da Lagoa de Titicaca
e se dirigiu às proximidades do lago
até um lugar chamado Tiahuanaco
E ali, criou o Sol e o Dia
e ordenou ao Sol iniciar sua carreira
que continua até hoje.

Depois, criou a Lua e as estrelas
e modelou uns homens-pedra
assim como um príncipe para governá-los.
Os mensageiros de QUN TIQSI WIRAQUTRA
percorreram todo o Andes
e vivificaram os homens-pedra
ordenando-os que saissem das grutas, dos rios e dos mananciais
de onde haviam nascido, para ir povoar o território
e instalar-se em diversas províncias.
Assim, pouco a pouco, se povoou toda a terra,
depois do Dilúvio HUNO PACHACUTI,
que havia destruído a primeira humanidade.
É em Tiwanaku
que QUN TIQSI WIRAQUTRA
deu vida ao primeiro homem de pedra:WIRAQUTRA, seu filho,
um homem branco, vestido de branco
e levando um cetro de ouro.
Vindo para civilizar os homens
lhes transmitiu leis justas,
triunfando assim de seus inimigos.
Pecorreu os Andes até a costa
e andando sobre as ondas desapareceu no mar.
Já que andava sobre as águas
- como a espuma -
foi chamado de WIRAQUTRA: "espuma do mar".
QUN TIQSI WIRAQUTRA é o Deus
ordenador do mundo.
Sua obra se manifestou nos três mundos:
no céu, na terra e no abismo.
Cria o movimento diurno e noturno:
o Sol e a Lua.
Seu corpo constitui o eixo vertical do mundo.
Seu impulso, o eixo horizontal.
Nessa nova ordem, os tres mundos podem se manifestar:
- A TERRA, com o cedro duplo
- O CÉU, com o cetro do condor
- O ABISMO, com o cetro da perdiz


[i] Molina, Fr., ‘Relacion de las fabulas y ritos de los Yngas,’ in H. Osborne, South American Mythology 74. 
[ii] Miguel Cabello Valboa, Miscelánea Antártica, Una Historia del Peru Antiguo. Written in manuscript form in 1586. (Introduction and Notes by Luis E. Vacarcel. First published by the Universidad Nacional Mayor de San Marcos, Facultad de Letras, Instituto de Etnología, Lima 1951), 237.
[iii] David Calderwood, 125. Quoting Father Francisco de Avila, The Huarochiri Manuscript, A Testament of Ancient and Colonial Andean Religion. This version was translated from Quechua by Frank Salomon and George L. Urioste. (Published by the University of Texas Press, Austin, 1991).
[iv] Ibid.
[v] Innes, The Conquistadors, quoted by Arthur J. Kocherhans, Nephi to Zarahemla (Orem, Utah: Granite Publishing, 2002), 133-134.
[vi] Osborne, 78.
[vii] Osborne, 81.
[viii] Gary Urton, The Legendary Past, Inca Myths (Austin: University of Texas Press, 1999), 37.

Um comentário:

  1. Sinta-se à vontade... O texto, na verdade, não é meu, mas Betanzos.
    Bênçãos.

    HERNE

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