Missão

Nossa missão é divulgar artigos de pesquisas científicas a respeito da arqueologia, antropologia, geografia, sociologia, cronologia, história, linguística, genética e outras ciências relacionadas à cultura de “O Livro de Mórmon - Outro Testamento de Jesus Cristo”.

O Livro de Mórmon conta a verdadeira história dos descendentes do povo de Leí, profeta da casa de Manassés que saiu de Jerusalém no ano 600 a.C. (pouco antes do Cativeiro Babilônico) e viajou durante 8 anos pelo deserto da Arábia às margens do Mar Vermelho, até chegar na América (após 2 anos de navegação).

O desembarque provavelmente aconteceu na Mesoamérica (região que inclui o sul do México, a Guatemala, Belize, El Salvador, Honduras, Nicarágua e parte de Costa Rica), mais precisamente na região vizinha à cidade de Izapa, no sul do México.

Esta é a região onde, presumem os estudiosos, tenha sido o local do assentamento da primeira povoação desses colonizadores hebreus.

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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

GEOGRAFIA - Em Busca da Trilha de Leí - Parte 1 - A Preparação

Em Busca da Trilha de Leí - A Preparação

Lynn M. e Hope A. Hilton

Quando traduzi originalmente este artigo eu o tirei do site Meridian Magazines. Anos depois, lendo on line um número das revistas internacionais da Igreja eu me deparei com esse mesmo artigo publicado na Ensign, portanto, podemos estar certos da fonte donde provém essa matéria mais que jornalística, eu diria histórica e de amplo interesse para os santos dos últimos dias, uma vez que revela de modo bem documentado o caminho percorrido no deserto por Leí e sua família, desde Jerusalém até o mar, no Golfo de Aqaba, onde foi construído o navio que os trouxe até as Américas.
Jerusalém.

Tradutor Elson Carlos Ferreira - Curitiba/Brasil - Setembro/2010

Nota do Editor: Por 146 anos, os leitores do Livro de Mórmon têm se imaginado viajando e acampando com Leí enquanto ele solenemente levava sua família de Jerusalém, marchando em direção ao sul, para o Mar Vermelho e se mudando periodicamente pela costa do Mar Vermelho até o grupo que o grupo se voltou para o interior e encontraram “muita aflição” antes de chegar na zona costeira que eles chamaram de Abundância. Os leitores têm contemplado aquela histórica jornada, onde o grupo de Leí parou, onde eles construíram seu navio, e onde eles atracaram no hemisfério ocidental, a terra prometida de Leí.
Para nós, há milhares de anos e distantes do Oriente Médio, as histórias da Bíblia criam vida mais facilmente quando vemos fotografias das montanhas, vales e cidades da Palestina, e as regiões do mundo romano no qual o evangelho do Novo Testamento foi levado pelos apóstolos.


O Monte Hérmon visto do conselho local de Rosh Pina (Israel).

A idéia de investigar a área geral da jornada de Leí foi apresentada para Lynn M. Hilton e sua esposa Hope, pelos editores das Revistas da Igreja. Em anos passados os Hiltons haviam feito dezenas de viagens para a Europa, Oriente Médio, África e Ásia, como proprietários de uma agência de viagens e como parte do programa de cursos de educação de adultos da Brigham Young University. Eles amam o Oriente Médio e têm muitos amigos nesse lugar, e tinham visitado suas cidades várias vezes. Eles haviam estudado suas linguagens, sua história e cultura mas não não haviam alcançado ainda graus avançados de estudos do Oriente Médio. Eles amam O Livro de Mórmon e têm sinceros testemunhos de sua veracidade.

O irmão Gerald Silver, fotógrafo do Deseret News, jornal diário d’A Igreja, foi solicitado acompanhar os Hiltons para registrar as cenas dessa aventura.

As conclusões dos Hiltons e do irmão Silver quanto aos locais da jornada de Leí são apenas localizações possíveis, mas eles iluminam alguns dos elementos vitais da história do Livro de Mórmon, bem como nos apresentam as contribuições da cultura árabe para a história do Livro de Mórmon.

Nós o convidamos a gozar dessa fascinante odisséia mórmon: “Em Busca da Trilha de Leí.”— Jay M. Todd, editor gerente.

Nossa jornada em busca dos lugares onde Leí pudesse ter viajado foi um tempo de milagres, pequenos e grandes. Nós a havíamos começado com com a trepidação de um coração vibrante. Nós a terminamos com o coração grato, tendo sentido verdadeiramente a mão do Senhor em nossas vidas. Por exemplo:

—Visitas prévias ao Oriente Médio haviam inevitavelmente interposto alguns dias de doença; na nossa jornada experimentamos quatro semanas de uma saúde vigorosa.

—Numa tempestade de neve em Amã, na Jordânia, havíamos acabado de nos afastar do décimo hotel superlotado que não tinha sido capaz de nos acomodar quando um completo estranho apareceu e nos ofereceu o quarto de hotel de um amigo que havia deixado a cidade por três dias. Ele recusou pagamento por essa bondade.

—Devido a uma questão de padrão político, dois dos países que precisávamos visitar simpesmente não admitem turistas por nenhuma razão, entretanto nós recebemos vistos para aquelas terras em que sentíamos que Leí também visitara. Um morador de um desses países nos disse que ele nunca havia ouvido falar de pessoas que tenham recebido vistos como nós havíamos.

—Certa vez estávamos numa zona de guerra, tão perto que podíamos ouvir o estalido dos tiros dos fuzis nos montes ao redor; entretanto nós vimos o que precisávamos ver e saímos sem sofrermos nenhum  dano.

—Filmar e fotografar era desaconselhado em muitas áreas, tanto por razões militares quanto culturais, apesar de não ser proibido, entretanto Jerry Silver, nosso fotógrafo, levou para casa 6.100 fotos coloridas, tendo somente três rolos de filme apreendidos pelas autoridades.

—Na grande cidade de Jiddah, cheia de empresários internacionais ali estabelecidos pelas oportunidade de negócios nos reinos ricos em petróleo da Arábia Saudita, outro milagre aconteceu, que nunca vamos esquecer. Como Lynn mais tarde relatou: “Minha esposa e filha chegaram em Jiddah dois dias antes de mim. Devíamos nos encontrar num hotel agendado anteriormente, ou se isso não desse certo, através de um amigo nosso, mas Hope e Cynthia tiveram problemas em encontrar o hotel, pois quase nunca viajaram sozinhas para o Oriente Médio, e quando eu cansei de as procurar, descobri que o número do telefone do nosso amigo havia sido escrito errado. Cheguei perto do desespero; há quase um milhão de pessoas em Jiddah. Eu decidi voltar para o hotel e novamente perguntar ao recepcionista se havia algum recado para mim. Já havia passado da meia noite quando virei a esquina que não havia notado antes. Me passou pela cabeça o pensamento de que este poderia ser um atalho para o hotel. De repente, no meio da quadra, algo me sussurrou em minha alma, “Procure lá por Hope e Cynthia.” Eu estava em frente do Al-Rihab Hotel, um entre as centenas de hotéis da cidade. Minutos mais tarde, nós estávamos juntos com lágrimas de gratidão e alegria.”

Resultado de imagem para Jiddah, Arábia Saudita
Jiddah, Arábia Saudita

—Antes de nossa viagem, questionamos se nossos amigos no Oriente Médio aceitariam nossa missão e nos ajudariam a alcançar nossa meta. Eles o fizeram. Eles fizeram mais: eles tomaram a meta para si mesmos. O Sr. Rihab Ouri, de Beirut, um bom amigo muçulmano, resumiu numa carta, escrita depois do nosso retorno, o tipo de cooperação que recebemos “Você encontrou os antigos mórmons da Arábia Saudita?”

Estes foram apenas alguns dos milagres que o Senhor realizou por meio, tanto por amigos quanto por completos estranhos ao longo do nosso caminho, auxiliadores cujo conhecimento e influência nos capacitou a abrir as portas certas e interpretar o que vimos dentro; e sabemos que nossa busca poderia ter sido impossível, até mesmo tola e ridícula, sem essa ajuda.
Vista da cidade de Aqaba e do golfo de Aqaba, a única saída para o mar do país.

Basta considerar a dimensão do desafio que nos foi dado! Vamos seguir uma trilha que tem sido ventilada por mais de 2.500 anos — uma trilha que está a meio mundo de distância num território devastado pela guerra, agora dividido entre Oman, Arábia Saudita, Jordânia, e Israel. Todas as pistas da rota de Leí estão contidas em meros dezoito capítulos que Néfi escreveu anos depois em seu diário, e o principal propósito do registro não era registrar a geografia e as rotas da caravana, mas as maravilhosas visões dadas a seu pai e mais tarde a ele próprio. Mas temos uma designação, nós sabemos que O Livro de Mórmon é verdadeiro.

Mascate, capital do país de Oman

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