Missão

Nossa missão é divulgar artigos de pesquisas científicas a respeito da arqueologia, antropologia, geografia, sociologia, cronologia, história, linguística, genética e outras ciências relacionadas à cultura de “O Livro de Mórmon - Outro Testamento de Jesus Cristo”.

O Livro de Mórmon conta a verdadeira história dos descendentes do povo de Leí, profeta da casa de Manassés que saiu de Jerusalém no ano 600 a.C. (pouco antes do Cativeiro Babilônico) e viajou durante 8 anos pelo deserto da Arábia às margens do Mar Vermelho, até chegar na América (após 2 anos de navegação).

O desembarque provavelmente aconteceu na Mesoamérica (região que inclui o sul do México, a Guatemala, Belize, El Salvador, Honduras, Nicarágua e parte de Costa Rica), mais precisamente na região vizinha à cidade de Izapa, no sul do México.

Esta é a região onde, presumem os estudiosos, tenha sido o local do assentamento da primeira povoação desses colonizadores hebreus.

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quarta-feira, 8 de setembro de 2010

ARQUEOLOGIA - Izapa

Estatueta em pedra sabão de Izapa, 300 a.C. - 250 d.C.

Izapa é um grande sítio arqueológico pré-Colombiano localizado no Estado mexicano de Chiapas; foi ocupada durante o Período pré-Formatico. O sítio está situado junto ao Rio Izapa, um afluente do Rio
Suchiate, junto à base do vulcão Tacaná, a quarta maior montanha do México.
A colônia de Izapa se estende por mais de 3,5 Km, tornando-o o maior sítio em Chiapas. O lugar chegou ao seu apogeu entre os anos 600 a.C. e 100 d.C.; vários arqueólogos teorizam que Izapa pode ter sido colonizada até antes de 1500 a.C., fazendo dela o mais antigo sítio Olmeca de San Lorenzo Tenochtitlán e La Venta. Izapa permaneceu ocupada através do antigo Período Clássico. O período de height de Izapa ainda é desconhecido devido ao pouco material para datação de carbono, por isso o assundo ainda é largamente debatido.

Devido à abundância de monumentos esculpidos em Izapa stelae, o termo “Estilo de Izapa” é usado para descrever obras similarmente executadas nas ilhas do Pacífico e nos altiplanos, incluindo alguns encontrados em Takalik Abaj e Kaminaljuyu.[1]



Izapa fica localizada numa terra úmida e montanhosa feita de solo vulcânico, embora seja um solo fértil para a agricultura. O clima é muito quente e úmido. A área ao redor de Izapa foi uma grande região produtora de cacau conhecida como a região de Soconusco, que foi usada pelos Astecas.


Traçado do local e arquitetura


Izapa foi o maior sítio que incluia extensivos monumentos e arquitetura. O local tem oito grupos de montes com 80 e 130 montes no total, dos quais apenas a metade tenha sido restaurada. A arquitetura de Izapa soma aproximadamente 250 mil metros cúbicos, quando somados. O sítio inclui pirâmides, semitérios e praças, e possivelmente dois  campos esportivos. Há duas grandes áreas abertas que parecem campos de jogo de bola encontrados em outros sítios mesoamericanos, mas não é claro se estes dois campos eram usados mesmo para jogos com bola. O monte 30A era onde uma pirâmide cp, escadaroas foi construída. Esta pirâmide tinha algo em torno de dez metros de altura e provavelmente era usada para propósitos religiosos e cerimoniais.


Igual a muitos sítios mesoamericanos, Izapa  foi construída bem a leste do norte verdadeiro, e está alinhada como o vulcão Tacaná e também parece estar situada na direção do horizonte do solstício de Dezembro.

Izapa e outros locais do Período Formativo.



Izapa e outras civilizações mesoamericanas


Michael Coe descreve Izapa como sendo uma conexão entre os Olmecas e os primeiros Maias. Ele sustenta seu argumento com um grande montante de motivos de estilo Olmeca usados na arte de Izapa, inclusive o jaguar, bocas humanas viradas para baixo, a Cruz de São Andrew, sobrancelhas de chamas, céus e nuvens enrolados, e estatuetas com rosto de bebê. Também usado em apoio à hipótese de Coe, estão elementos da cultura maia, apesar de serem derivados de motivos izapeanos, inclusive similaridades nos estilos de arte e arquitetura, continuidade entre monumentos maias e izapeanos, e deidades compartilhadas.


Outros arqueólogos argumentam que ainda não se sabe o suficiente para apoiar a hipótese de Coe e que o termo “Estilo Izapeano” deve somente ser usado quando se quizer descrever a arte proveniente de Izapa. Virginia Smith argumenta que a arte de Izapa é um estilo tão único e diferente para ser resultado da influência olmeca ou o precursor da arte maia. Ela diz que a arte de Izapa é de um local muito específico e não se espalhou para muito longe desse local. A arte de Izapa muito provavelmente influenciou indiretamente a arte maia, e que seria apenas uma das muitas influência sobre os maias.


Izapa também é incluída no debate da origem do calendário de 260 dias, que originalmente se pensava ser uma invenção Maia, mas recentemente foi levantada a hipótese de que esse calendário se originou em Izapa. Esta hipótese é apoiada pelo fato de que Izapa se encaixa nas condições históricas e geográficas, melhor do que os locais em que anteriormente se pensava ser os de sua origem.








Stela 2 de Izapa


Arte monumental de Izapa


Izapa ganhou fama por causa de seu estilo artístico. A arte encontrada nesse sítio inclui escultuas de pedra (stelae) e também altares que se parecem com a forma de rãs. As stelae e altares geralmente estão juntos,  onde os sapos simbolizam a chuva. Muito da arte de Izapa, cuja característica inclui grandes de pessoas, e não apenas indivíduos. Há características comuns na arte de Izapa, tais como objetos alados, divindades com longos lábios muito parecidas com o Chaac dos maias,[2] turbilhões no céu como dos Olmecas e nuvens, boca de felinos usadas como corpos, representação de animais (crocodilos, jaguares, rãs, peixes, pássaros), -like swirling sky and clouds, feline mouth used as frame, representation of animals (crocodile, jaguar, frog, fish, birds), sobreposiçõe e desencontros.


O grande número de esculturas supera o de qualquer outro sítio contemporâneo. Garth Norman contou 89 stelae, 61 altares, 3 tronos e 68 outros monumentos em Izapa. Em contraste às esculturas da cultura Epi-Olmeca a 550 km através do Isthmo de Tehuantepec, a escultura de Izapa tem característica mitológica e assuntos religiosoa, e é cerimonial e frequentemente natureza narrativa.[3]



Também em contraste com os monumentos Epi-Olmeca e com as stelae maias, os monumentos de Izapa raramente contém glifos. Apesar de que isto pode implicar em que na cultura de Izapa havia a falta de sistema de escrita, Julia Guernsey, autora de uma obra definitiva sobre a escultura de Izapa, propõe que os monumentos eram intencionalmente livres de linguagem escrita e que "a posição de Izapa na juntura de duas regiões lingüísticas [i.e. Mixe-Zoque e Miya] pode terfomentado a propenção para uma estratégia não-verbal de comunicação."[4]



Monumentos notáveis


Divindades características com longos lábios que Coe descreve como a primeira versão de Chaac, o deus maia da chuva e do trovão. Em Stela I, essa divindade está andando sobre as águas enquanto reúne peixes numa cesta e também leva outra cesta nas costas.

Izapa Stela 2

Como Stela 25, tem sido ligada à batalha dos Heróis Gêmeos dos Maias contra Vucub Caquix, um poderoso governante pássaro-demônio do sub-mundo maia, também conhecido como Arara Sete.


Izapa Stela 3

Mostra uma divindade brandindo um bastão. As pernas dessa divingade se transforma numa serpente se enrolando em seu corpo. Pode ser uma forma primitiva da divindade K dos maias, que levava o cajado.

Izapa Stela 4 

Mostra a dança de um pássaro, que apresenta um rei sendo transformado num pássaro. A cena é muito provavelmente ligada ao Princípio do Pássaro Deus. Esta transformação pode simbolizar xamanismo e êstase, significando que o xaman governante usou alucinógenos para viajar para outro mundo. O tipo de sistema político que era usado em Izapa ainda é desconhecido, apesar de que Stela 4 pode sugerir que o xaman era um governante. Este xaman-governante poderia desempenhar o papel de líder político e religioso.


Apresenta talvez o relevo mais complexo em Izapa. A imagem central é uma grande árvore, que é rodeada por doze figuras humanas e dezenas de outras imagens.


Izapa Stela 6


Izapa Stela 8


Mostra um governante assentado num trono. Esta cena frequentemente é comparada ao Trono 1, que está localizado no pilar central de Izapa.

Izapa Stela 11



Izapa Stela 14


Izapa Stela 21

É uma rara apresentação envolvendo violência envolvendo divindades. Ilustra um guerreiro segurando a cabeça decaptada de uma divindade.


Izapa Stela 25 


Possivelmente contém cena do Popol Vuh. A imagem mostrada em Stela 25 provavelmente é dos Heróis Gêmeos dos Maias alvejando um pássaro divindade com uma zarabatana. Esta cena também é mostrada num pote maia chamado "Blowgunner Pot"(sopro ou golpe do caçador). Também sugere-se que Stela 25 pode ser visto como um mapa do ceú noturno que foi usado para contar a história dos Heróis Gêmeos alvejando o pássaro divindade.


Izapa Stela 27


Izapa Stela 50
Izapa Stela 50,  Museu Nacional de Antropologia,  Cidade do México.


*

O Cenário da Criação  de Izapa
A praça quadrangular do Gropo B era o foco da atuvudade ritual em 300 a.C. Embora a praça do Gropo B contenha muitas combinações entre stelae e altares, ela é mais famosa por seus arranjos triádicos de pilares. Cada um dos três pilares, de cerca de 130 cm de altura, porta uma esfera de pedra de 70 cm de diâmetro.

O aranjo triádico dos pilares é o equivalente às Três Pedras da Criação, que também se reflete no céu noturno nos tres altares do cinturão da constelação Orion.

Notes


  1. ^ Pool, p. 264.

  2. ^ Pool, p. 272.

  3. ^ Pool (p. 272) and Guernsey (p. 60) both refer to Izapan art's "narrative" quality.

  4. ^ Guernsey, p. 15.

Referências


Evans, Susan Toby. Ancient Mexico & Central America, Thames and Hudson, London, 2004.

Guernsey, Julia (2006) Ritual and Power in Stone: The Performance of Rulership in Mesoamerican Izapan Style Art, University of Texas Press, Austin, Texas,ISBN 978-0292713239.

Norman, V. Garth, (1973) Izapa Sculpture, Part 1: Album. Papers of the New World Archaeological Foundation 30. Brigham Young University, Provo

Pool, Christopher (2007) Olmec Archaeology and Early Mesoamerica, Cambridge University Press, ISBN 978-0-521-78882-3.


Smith, Virginia G., Izapa Relief Carving: Form, Content, Rules for Design, and Role in Mesoamerican Art History and Archaeology, Dumbarton Oaks, 1984

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