Missão

Nossa missão é divulgar artigos de pesquisas científicas a respeito da arqueologia, antropologia, geografia, sociologia, cronologia, história, linguística, genética e outras ciências relacionadas à cultura de “O Livro de Mórmon - Outro Testamento de Jesus Cristo”.

O Livro de Mórmon conta a verdadeira história dos descendentes do povo de Leí, profeta da casa de Manassés que saiu de Jerusalém no ano 600 a.C. (pouco antes do Cativeiro Babilônico) e viajou durante 8 anos pelo deserto da Arábia às margens do Mar Vermelho, até chegar na América (após 2 anos de navegação).

O desembarque provavelmente aconteceu na Mesoamérica (região que inclui o sul do México, a Guatemala, Belize, El Salvador, Honduras, Nicarágua e parte de Costa Rica), mais precisamente na região vizinha à cidade de Izapa, no sul do México.

Esta é a região onde, presumem os estudiosos, tenha sido o local do assentamento da primeira povoação desses colonizadores hebreus.

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segunda-feira, 5 de julho de 2010

Aço é Mencionado no Livro de Mórmon

William Hamblin


Traduzor Elson Carlos Ferreira – Curitiba/Brasil – Setembro/2005

Uma vez que tem havido alguma crítica por parte de anti-Mórmons a respeito do uso do
aço pelos Nefitas, pode ser útil ver o que próprio Livro de Mórmon nos diz com respeito ao ferre e ao aço.


Há dois grandes sofismas na discussão deste tópico:

Primeiro: O problema da hermenêutica (ciência da interpretação de textos sagrados e composições literárias antigas) do hiper-cepticismo. Aplicar os mesmos padrões hermenêuticos para qualquer texto antigo cria alguns absurdos óbvios. Eu o descreverei rapidamente.

Segundo: A ilusão semântica, que consiste em argüir a respeito do significado das palavras em vez da realidade do que as palavras estão tentando descrever. Uma simples realidade antiga pode ser descrita de um grande número de maneiras diferentes. Os povos antigos freqüentemente descreviam sua percepção da realidade diferentemente da maneira com que nós o fazemos. Estes erros são onipresentes entre muitos anti-Mórmons.

O Aço Descrito no Texto do Livro de Mórmon

O aço é mencionado apenas cinco vezes no Livro de Mórmon:

1- Uma vez no livro de Éter (7:9)
2- Quatro vezes nos registros nefitas: 1 Néfi 4:9, 1 Néfi 16: 18, 2 Néfi 5:15, Jarom 1:8

Destas, duas se referem às armas do Oriente Próximo dos primeiros seis séculos antes de Cristo.

O registro de 1 Néfi 4:9 declara que a lâmina da espada de Labão era feita “do mais precioso aço”. O arco de aço do Oriente Próximo de Néfi “era feito de aço puro” (1 Ne 16:18). As duas próximas referências são a respeito do aço entre uma lista genérica de metais. A primeira é do tempo de Néfi, aproximadamente no ano 580 a.C.:

"E ensinei meu povo a construir edifícios e a trabalhar em toda espécie de madeira e de ferro e de cobre e de latão e de aço e de ouro e de prata e de minerais preciosos, que existiam em grande abundância". (2 Ne 5:15)

O segundo é de Jarom 1:8, aproximadamente no ano 400 a.C.:

"E multiplicamo-nos consideravelmente e espalhamo-nos sobre a face da terra e tornamo-nos imensamente ricos em ouro e em prata e em coisas preciosas; e em excelentes trabalhos de madeira, em edifícios e em maquinaria; e também em ferro e cobre e bronze e aço, fazendo todo tipo de ferramentas de toda espécie para cultivar o solo; e armas de guerra – sim, a flecha pontiaguda e a aljava e o dardo e a lança e todos os preparativos para a guerra”.

Note que estes dois textos são o que é chamado de “vértice literário” (topos), que é uma descrição literária estilizada que repete algumas idéias, eventos ou itens, de uma maneira padronizada na mesma ordem e forma.

Néfi: "de madeira e de ferro e de cobre e de latão e de aço e de outro e de prata e de minerais preciosos"

Jarom: "em ouro e em prata e em coisas preciosas;... de madeira... em ferro e cobre e bronze a aço... a flecha pontiaguda e a aljava e o dardo e a lança"

O uso do vértice literário é um bastante comum antigo artifício literário encontrado extensivamente no Livro de Mórmon, (e é também incidentalmente, uma evidência da antigüidade de seu texto). Os pesquisadores freqüentemente são cépticos a respeito da autenticidade por trás do vértice literário; normalmente ele é pouco claro ou evidente se for meramente um artifício literário ou se intenciona descrever circunstâncias únicas e específicas.

Note também que apesar de Jarom mencionar um número de “armas de guerra”, sua lista notadamente não faz menção da espada, em vez disso ele inclui “a flecha pontiaguda e a aljava e o dardo e a lança". Se espadas de ferro e aço fossem extensivamente usadas pelos exércitos do Livro de Mórmon, por que elas estão notadamente ausentes de sua lista de armas, a única lista que menciona especialmente o aço?

De maneira significativa, não há referências nefitas ao aço depois de 400 a.C.

Juntando todas essas informações, temos o seguinte:

A espada de aço é uma arma do Oriente Próximo. Fica limitado seu uso a Néfi na primeira geração, apesar de que não estamos certos que a cópia feita por ele seja de função, forma, material ou as três alternativas juntas.

Espadas de aço não foram mais mencionadas no Livro de Mórmon depois da primeira geração.

O aço foi mencionado uma vez, em 400 a.C., numa lista de vértice literário, que é notável também por sua falha em mencionar as espadas de aço ou de qualquer outro tipo de material.

A interpretação milimalista e estreita desta evidência é que Néfi tinha uma espada de aço trazida do Oriente Próximo. Que ele tenha tentado copiar esta espada, seja em função, forma ou material não está claro. Seus descendentes aparentemente abandonaram esta tecnologia antes do ano 400 a.C. Baseado numa cuidadosa leitura do texto do Livro de Mórmon, não há terreno para declarar, como os anti-Mórmons repetidamente o fazem, que O Livro de Mórmon descreve uma massiva indústria de aço com milhares de soldados usando espadas de aço no Novo Mundo.

As Camadas Lingüísticas e o Aço

Historicamente, o Livro de Mórmon teria, pelo menos, sete diferentes camadas lingüísticas:

O idioma inglês do início do Século XIX;
O idioma inglês Jacobiano da Versão do Rei Tiago (VRT) da Bíblia;
A linguagem de Morôni do Século IV antes de Cristo (Mórmon 9:33-34);
As linguagens mesoamericanas;
O idioma hebreu do Século VI antes de Cristo;
O idioma egípcio do Século VI antes de Cristo;
A linguagem Jaredita.

Até mesmo uma pessoa que rejeita a historicidade do Livro de Mórmon deve concordar que os níveis 1 e 2 certamente são encontrados neste livro. Sabemos que a categoria lingüística número 1 (acima) não foi usada na produção do texto em inglês do Livro de Mórmon, que é de terminologia científica anteriores ao Século XXI,  já que esta versão deste idioma não existia na época de 1820.

A falácia fundamental dos críticos do Livro de Mórmon é que eles ignoram a complexidade lingüística, nivelando as categorias do inglês do Século XXI com os conceitos daquelas outras categorias. Se você deseja trazer um argumento sério contra o Livro de Mórmon, você deve argüir com as categorias lingüísticas anteriores ao Século XXI, ou estaria menosprezando a questão. É algo completamente sem propósito argüir que devido ao fato de o Livro de Mórmon não se correlacionar com as categorias lingüísticas anteriores ao Século XXI, de certo modo seria uma evidência de que O Livro de Mórmon não é um registro histórico.

A questão importante é o quê, precisamente, significa “aço” no Livro de Mórmon. Baseado na Camada Lingüística número 2, "aço" traduz a palavra nechushah/nechosheth que significa cobre ou bronze (algumas vezes “latão” na VRT). Certamente O Livro de Mórmon não se refere ao aço usado no Século XXI, já que o processo de Bessemer, pelo qual a produção moderna é baseada, não foi inventado até 1846.

No tempo de Joseph Smith já havia sérias disjunções lingüísticas entre o idioma hebreu, o inglês Jacobiano, e o inglês falado na América antes do Século XIX. Na VRT o termo hebreu nechosheth (e vários cognatos) traduz-se como latão (ou cognatos) 144 vezes, correntes ou cadeias 8 times, (i.e ser "colocado em cobre " no idioma hebreu significa ser colocado sob guarda policial), aço 4 times, e cobre uma vez. O termo hebreu nechushah/nechosheth pode descrever o cobre ou alguma liga metálica baseada principalmente no cobre (Baumgartner, Hebrew and Aramaic Lexicon of the Old Testament [Brill, 2001] 1:691)[Dicionário Hebreu e Aramaico do Velho Testamento de Baungartner].

Observe, e isto é importante, que não há um simples termo no idioma inglês que pode traduzir corretamente o termo hebreu nechushah/nechosheth; além do mais, o termo hebreu cobre, no mínimo, tem três categorias distintas no inglês moderno: cobre; bronze (liga de cobre e estanho) e latão (liga de cobre e zinco). Note, finalmente, que nos dias de Joseph Smith, havia uma combinação entre latão e bronze.

Uma chave interessante para resolver este problema é o arco de aço de Néfi (1 Ne 16:18). Minha suposição é que esta frase significa descrever o mesmo arco que foi chamado de "arco de aço" na Versão do Rei Tiago da Bíblia. Penso que isso seja óbvio se Joseph Smith tivesse inventado o texto ou se ele é um texto antigo.

A frase “arco de aço” ocorre três vezes na VRT: 2 Sam 22: 35, Jó 20: 24, e Salmos 18: 34. Em todos estes casos, traduz-se a frase em hebreu qeshet nechushah com traduções modernas consistentemente, e corretamente, traduzida como "bronze." Há outra referência para “aço” na VRT em Jeremias 15:12, também referindo-se ao bronze. O metal é aparentemente chamado de “aço” na VRT porque o bronze é um cobre "acerado" (fortalecido) através da liga dele com estanho, ou através de algum outro processo. De modo semelhante, nos dias de Joseph Smith, aço não significa necessariamente o processo de fazer algo de metal; seu significado básico é duro ou forte.

Entre os significados para “aço” no dicionário de Webster de 1828, encontra-se "dureza extrema". Para a forma verbal, um dos seus significados é “fazer algo duro ou extremamente duro", enquanto que um dos significados de "acerado” é "endurecido”, “acerar” significa “dar grande dureza”; um dos significados de  “acerar” é “endurecer” e um dos significados de “acerado” é “duro, firme”. O termo “aço” é ainda usado desse modo no idioma inglês moderno, tal como quando se diz que alguém tem steely eyes (olhos de aço). O conceito de "aço” (o metal) parece derivar de “aço”, significando duro ou forte, e não o contrário.

De qualquer modo, fica claro que não precisamos necessariamente presumir que o aço do Livro de Mórmon esteja relacionado ao aço dos tempos modernos.

Novamente, é necessário examinar estes assuntos na sua lingüística original, no contexto textual e cultural, para entender o que o texto está dizendo.

O Aço no Oriente Próximo

De acordo com R. Maddin1, há duas formas do antigo ferro “acerado”:

Temperando, carbonizando através de tomar o ferro aquecido, martelando-o e dobrando-o para que as moléculas de carbono do carvão vegetal sejam incorporadas ao ferro.

"Por extinção, um processo no qual o ferro quente [nota: não derretido] é mergulhado na água fria, o ferro pode ser endurecido"2

Antigamente, no Oriente Médio, o ferro nunca era derretido ou fundido. Os primeiros exemplares conhecidos de ferro fundido e liquefeito são da China, do quarto século antes de Cristo. "Devido ao seu alto ponto de fusão (1540º C), o ferro nunca era trabalhado como um metal líquido durante a Idade do Ferro no Oriente Médio... O ferro tinha que ser martelado. O ferreiro primeiro reforçava uma esponja quente de ferro, ainda misturada à escória. Ao martelar a escória ele era capaz de produzir um pedaço de ferro. A fim de usar este ferro, entretanto, era necessário reaquecê-lo e forjar o metal quente no formato desejado”3

Observe que o termo “fundido” nunca é usado no Livro de Mórmon. Isto é uma combinação moderna de conceitos e práticas modernas e antigas.

O Aço Entre os Jareditas

Éter menciona a manufatura de “aço” somente uma vez (Éter 7:9), apenas umas poucas gerações depois de Jarede. Não menciona como muitas espadas foram feitas. Os anti-mórmons freqüentemente afirmam que isto necessita  uma produção em larga escala e uma indústria de aço. Esta interpretação não é exigida pelo texto. Éter não faz esta declaração de qualquer forma explícita. Este é um exemplo clássico do engano do hiper-cepticismo.

 Considerar um contra-exemplo ajudará para ilustrar o absurdo dessa falácia.

Foi encontrada na sepultura real de Alaca Hoyuk, na Turquia (cerca 2500-2200 a.C.), uma adaga de aproximadamente nove polegadas de ferro, com punho de ouro.4 Tutankhamun (Século XIV a.C.) tinha uma adaga em seu túmulo. Aplicando a falácia anti-Mórmon que insiste em que um simples exemplo necessita de uso universal, nós insistiríamos que todos os soldados do Oriente Médio, desde 2.300 a.C até 1.300 a.C. teriam adagas de ferro.

A realidade, entretanto, é que estas duas adagas são exemplos únicos do Século VIII antes de Cristo. 5 Além do mais, o “ferro não parece ter sido produzido no Egito em larga escala até o fim do Terceiro Período Intermediário”6

Assim, a aceitação do fato de que uma simples referência a “espadas de aço” no livro de Éter necessita que todos os soldados Jareditas em todas as eras tivessem “espadas de aço”, se consistentemente aplicada ao Oriente Médio, requereria igualmente que estes dois exemplos de adagas de ferro significassem que todos os soldados do Oriente em todas as eras também teriam adagas de ferro. Mas este não é o caso. Os críticos que aplicam a falácia do hiper-cepticismo ignoram o conceito das armas da elite versus armas comuns e o fato da transformação dos tipos de armas através do tempo.

Imagine se não tivesse sido descoberta a tumba de Alaca Hoyuk, na Turquia, onde foi encontrada uma adaga de ferro do Século XXIII antes de Cristo. Imagine ainda, se a tumba tivesse sido saqueada na antigüidade e estivesse localizada perto de outras tumbas faraônicas. O resultado seria que não haveria evidência arqueológica para armas de ferro e aço antes do Século VIII antes de Cristo, e isto claramente estaria errado. Há uma única adaga real de ferro conhecida que data da Idade do Bronze no Egito, enquanto que todos os outros soldados tinham armas de bronze ou de pederneira, e aquela foi encontrada por pura sorte. Por que rejeitaríamos a possibilidade da existência de similaridade de uma única ou muito rara arma de metal nos tempos do Livro de Mórmon, quando a maioria dos plebeus usava armas de pedra? Rejeitar essa possibilidade é um grosseiro argumento anti-Mórmon.

Além disso, os povos do Oriente Próximo usavam a hematita, a magnetida e o ferro meteorítico, juntamente com outros tipos de minério de ferro. Teriam eles palavras diferentes para designar o que nós, em moderna linguagem científica, consideramos diferentes tipos de ferro? Tanto quanto eu estou ciente, eles não tinham.

Além disso, a mais antiga palavra para “ferro” é o termo “bi3 m pet” ou “cobre do céu”, o que significa dizer que nos tempos arcaicos eles nem mesmo faziam distinção entre cobre e ferro. Para os antigos egípcios, o ferro era um tipo de cobre! Mais tarde eles passaram a usar a palavra banpi ou benpi (que, provavelmente são contrações da palavra “bi3 m pet”), e este termo continua em uso até os tempos Copticos com a palavra benipe. O idioma hebreu bem como outras linguagens do Oriente Próximo, são precisamente os mesmos. Há apenas um termo para todos os tipos de ferro em toda a Bíblia, que é a palavra barzal, que é cognata com a palavra aramaica parzal. Ambos os termos são derivados da palavra Akkadiana (antiga linguagem semítica da Assíria e Babilônia) parzillu.

Assim, os anti-Mórmons insistem que O Livro de Mórmon deve ser avaliado em base da moderna tecnologia metalúrgica, a qual tem categorias e distinções completamente estranhas aos antigos povos tais quais os antigos egípcios e hebreus, que tinham uma única palavra para designar o que atualmente é dividido em muitas categorias. Se a falha do Livro de Mórmon em ser compatível com as modernas categorias semânticas dos tipos de ferro prova que os Nefitas não existiram, não deve também a falha dos hebreus e egípcios em compatibilizar-se igualmente com as categorias semânticas, demonstrar que não houve os hebreus ou egípcios. Ou há uma alternativa melhor?

Outra possibilidade é que em Éter 7:9 existe um texto “lendário”, uma lembrança de uma antiga e heróica “idade do ouro”, quando os homens tinham armas de ferro e aço. Um exemplo deste tipo de fenômeno é encontrado nos Textos das Pirâmides (TP) do Egito (cerca de 2.400 a.C) que descreve tronos e implementos de ferro, que nenhum faraó realmente possuía. De acordo com estes textos, os deuses do céu assentavam-se em “tronos de ferro” que o rei compartilhava depois da vida terrena7 o rei recebe um “cetro de ferro”, 8 e o deus Horus veste “faixas de ferro” em seus braços”.9 Na ressurreição, os ossos do rei serão de ferro,10 forte e eterno, e os portões do castelo celestial dos deuses são protegidos por “portas de ferro”11 Já que temos conhecimento de que os egípcios de 2.400 a.C. viveram mais de mil anos antes da Idade do Ferro, o que faríamos destas declarações? Devemos insistir, seguindo a metodologia hiper-céptica dos anti-mórmons, que os egípcios não existiram porque eles descrevem o amplo uso de ferro, que arqueologicamente sabemos que eles não possuíam? Ou é este um conto de um grande herói cultural, fazendo milagrosamente uma única espada tirada de materiais celestiais – o “metal dos céus” (ferro meteórico)?

Observemos, finalmente, que os Olmecas realmente trabalharam o ferro. Várias toneladas de ferro trabalhado foram encontradas.12

Notas

1 R. Madden, "How the Iron Age Began," Scientific American 237 (October 1977): 131.
2 Oxford Encyclopedia of Ancient Egypt, Vol. 2 (Oxford University Press, 2000): 182.
3 Civilizations of the Ancient Near East, 3:1514-1515.
4 Museum of Anatolian Civilizations, 83 #111.
5 There may be an iron dagger from Tell Asmar (Eshnunna) in central Iraq that may be from this period, but I haven't been able to track down the precise data yet.
6 Oxford Encyclopedia of Ancient Egypt, Vol. 2 (Oxford University Press, 2000): 183.
7 PT 21, 424, 461, 483, 509, 536, 610, 667, 667A, 669, 689.
8 PT 665C.
9 PT 214.
10 PT 570, 684, 724.
11 PT 469.
12 See Richard A. Diehl, The Olmecs: America's First Civilization (Thames & Hudson, 2004), 93-94.

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