Missão

Nossa missão é divulgar artigos de pesquisas científicas a respeito da arqueologia, antropologia, geografia, sociologia, cronologia, história, linguística, genética e outras ciências relacionadas à cultura de “O Livro de Mórmon - Outro Testamento de Jesus Cristo”.

O Livro de Mórmon conta a verdadeira história dos descendentes do povo de Leí, profeta da casa de Manassés que saiu de Jerusalém no ano 600 a.C. (pouco antes do Cativeiro Babilônico) e viajou durante 8 anos pelo deserto da Arábia às margens do Mar Vermelho, até chegar na América (após 2 anos de navegação).

O desembarque provavelmente aconteceu na Mesoamérica (região que inclui o sul do México, a Guatemala, Belize, El Salvador, Honduras, Nicarágua e parte de Costa Rica), mais precisamente na região vizinha à cidade de Izapa, no sul do México.

Esta é a região onde, presumem os estudiosos, tenha sido o local do assentamento da primeira povoação desses colonizadores hebreus.

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sábado, 26 de junho de 2010

Nova Luz Sobre as Pedras Brilhantes dos Jareditas

John W. Welch e Melvin J. Thorne
"Pressing Forward with the Book of Mormon"

Pesquisa de Nicholas Read, Jae R. Ballif, John W. Welch,
Bill Evenson, Kathleen Reynolds Gee, e Matthew Roper
Publicado originalmente como uma atualização do FARMS (Julho 1992)
http://www.ancientamerica.org

Tradutor Elson Carlos Ferreira - Curitiba/Brasil - 1992

"Portanto, que desejais que eu prepare para vós, a fim de que tenhais luz...?" (Éter 2:25)

A preparação de fontes de luz para os barcos jareditas tem sido um enigma para os leitores do Livro de Mórmon. O Senhor indicou a impraticabilidade de usar fontes normais de luz dentro dos barcos, dizendo:

“Porque eis que não podeis ter janelas, porque seriam despedaçadas; nem levareis fogo convosco, porque não ireis pela luz do fogo... Portanto, que desejais que eu prepare para vós, a fim de que tenhais luz...?" (Éter 2:23, 25).

Em resposta, o irmão de Jarede “...fundiu dezesseis pequenas pedras; e elas eram brancas e límpidas, como vidro transparente” (Éter 3:1). Colocando-as diante do Senhor ele pediu: "...  com o teu dedo toca estas pedras, ó Senhor, e prepara-as para que brilhem na escuridão... para que tenhamos luz enquanto cruzarmos o mar" (Éter 3:4). Tocando as pedras o Senhor de alguma forma transformou-as, fazendo com que emitissem luz suficiente para iluminar o interior dos barcos.

A natureza física inusitada de tais fontes de luz, entretanto, tem sido causa de considerável zombaria contra o Livro de Mórmon. Tais comentários, como o abaixo, são comuns:

A estória das pedras-luminárias é por demais fantástica... estas dezesseis pedras-luminárias dão luz para oito barcos enquanto atravessam o oceano em direção à América. Quem está ansioso para acreditar nessa estória? Nós acreditaremos nela simplesmente porque não podemos provar que ela não é verdadeira? Alguém diz que há um “homem na lua” e que “a lua é feita de queijo verde”, e nós não podemos provar o contrário - vamos, portanto, acreditar? (n.1) 

Mais recentemente, Weldon Langield expressou sua opinião a respeito das pedras brilhantes: "As palavras 'patentemente ridículo' parecem boas demais ". (n.2) Muitos críticos descartam completamente o Livro de Mórmon porque eles não podem acreditar que uma fonte de luz como esta seja fisicamente factível.

Os Laboratórios da Sandia National, do Novo México desenvolveram recentemente luz radioluminescente que convidam-nos a algumas comparações interessantes com as pedras brilhantes dos jareditas. Elas têm o objetivo de "servir as necessidades de luz onde a eletricidade não está prontamente disponível". (n.3) Sua vida útil é de aproximadamente 20 anos, e são descritas como  sendo “brilhantes” e muito “intensas”.

As luzes radioluminescentes são feitas de sílica altamente porosa -"aerogel"- na qual um fosfato como o zinco sulfídico é dispersado. A fonte radioativa da luz é o gás trício (isótopo de hidrogênio), que quando incorporado ao aerogel torna-se quimicamente ligado à matriz do aerogel. (n.4) A radioatividade do trício resulta em decomposição beta. As partículas beta (elétrons) "permeiam-se através dos espaços abertos do aerogel e ataca as partículas do fosfato, excitando-as, fazendo com que emitam luz." (n.5) A maioria da luz que é emitida escapa para o exterior, enquanto que a radiação beta fica contida dentro da matriz. Portanto, não há radiação externa sensível.

A luz radioluminescente é consistente e fornece um intrigante paralelo, adequado à natureza das pedras brilhantes dos barcos jareditas: elas são pequenas, de longa duração, e fisicamente inóquas. É possível que as pedras brilhantes dos jareditas tenham sido criadas num formato similar, de acordo com as leis físicas existentes. Embora para fazer as pedras fundidas provavelmente o trício presente nelas teria se aquecido, é concebível a idéia de que o Senhor pudesse ter alterado alguma outra molécula da pedra para criar o isótopo radioativo que produzisse o efeito incandescente. Também é possível que Ele pudesse simplesmente ter infundido as pedras com gás trício como os pesquisadores dos laboratórios Sandia fizeram. Curiosamente, anos atrás o Elder Spencer W. Kimball propôs que talvez as pedras brilhantes dos jareditas eram iluminadas “com radium ou alguma outra substância ainda não descoberta pelos nossos cientistas". (n.6)

Certamente nós podemos apenas especular a respeito do processo que produziu luz para os barcos jareditas, e mesmo os pesquisadores dos laboratórios Sandia são rápidos em advertir que o conhecimento científico a respeito da luz radioluminescente ainda está nos primeiros estágios de desenvolvimento. Futuras descobertas e novos desenvolvimentos podem esclarecer mais precisamente a maneira pela qual as pedras fundidas dos jareditas foram induzidas a fluorescer, mas por enquanto os últimos desenvolvimentos científicos certamente nos ajudam a entender que o Livro de Mórmon refere-se a realidades que nós apenas agora estamos redescobrindo.

 Notes

1. William Sheldon, Mormonism Examined (Brodhead, Wis.: By the author, 1876), 139-40.
2. Weldon Langfield, The Truth About Mormonism (Bakersfield, Calif.: Weldon Langfield, 1991), 45.
3. Sandia National laboratories, News Release, Albuquerque, New Mexico, September 27, 1990, p.1.
4. See ibid., p.3.
5. Ibid.
6. Spencer W. Kimball, untitled talk, Conference Report (April 1963): 64.

A Ancient America Foundation AAF (Fundação América Antiga) 

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